sexta-feira, 30 de julho de 2010

Evolução do ensino: você já imaginou estudar ou ser treinado pelo celular?

 

Algumas empresas estão adotando essa metodologia para capacitar seus profissionais. O Brasil já é o 4º país que mais usa a ferramenta no mundo

Por Redação Administradores, www.administradores.com.br

Há 20 anos, poderia parecer loucura pensar no sucesso da educação à distância. No entanto, hoje, essa é uma realidade vivida tanto por estudantes universitários e de pós-graduação, como por profissionais que participam de treinamentos corporativos através dessa modalidade.

Isso foi permitido pelo avanço tecnológico e pela implantação de novos formatos na transmissão da informação ao aluno. Só que, nessa constante inovação, surge um novo método de aprendizado, na qual, o ensino migra para o aparelho celular.

Hoje, já existem no mercado empresas especializadas em treinamentos a distância que adaptam ferramentas de ensino para serem acessadas por meio desses aparelhos.

Uma das empresas que visualizou esse campo promissor e adaptou a solução modular Moodle para projetos de educação corporativa e acadêmica foi a empresa Digital SK (www.digitalsk.com.br). De acordo com a companhia, existe um procura crescente, principalmente, de empresas brasileiras para utilizar esse tipo plataforma no treinamento. "Essa é uma ótima opção para otimização dos negócios, já que reduz custos ao reduzir tempo e deslocamentos de pessoas para treinamentos. Hoje, o Brasil já é o 4º país que mais usa a ferramenta em todo o planeta", informa a empresa.

Público atual e funcionamento


O ensino Moodle Mobile é utilizado pelo público que precisa se locomover com frequência, como representantes de vendas, técnicos de serviços autorizados, entre outros, além de profissionais que não têm acesso a computadores em função de espaço físico.

Essa ferramenta já está se tornando realidade para muitas empresas do ramo varejista e farmacêutico, que precisam treinar seus colaboradores em um reduzido espaço de tempo entre os lançamentos, sem prejudicar o dia-dia de cada funcionário.

A versão mobile possibilita o acesso a todos os recursos do treinamento feito pela internet tradicional e também está disponível no iPhone. Ou seja, um mesmo treinamento pode ser acessado via desktop ou internet móvel. Ao acessar tanto um quanto o outro ambiente, o aluno não perde nenhum recurso disponível no curso, como textos, visualização de perfis, fóruns e debates.

Com esta nova forma de acesso ao ambiente de ensino, acompanhando as tendências tecnológicas, se ampliam as opções de treinamento para o mercado corporativo e acadêmico no país. Agora, é esperar para ver se esse ensino via celular se firmará e se tornará complemento na educação brasileira.

Em defesa do computador na mão do aluno

“Da mesma maneira que não se questiona o papel alfabetizador da escola, não podemos mais abrir mão da presença dos computadores na rotina escolar”, Denise Vilardo

Por Marcus Tavares

Para quem ainda tem dúvidas sobre a importância de os alunos estarem munidos, em sala de aula, de computadores conectados à internet, Denise Vilardo destaca: “O sucesso escolar não depende das máquinas, mas certamente o uso que se fará delas nos trará inúmeras possibilidades de novos conhecimentos, de circulação de informação mais atualizada e de uma ressignificação da aprendizagem com mais sentido”.

Professora e supervisora escolar da Secretaria Municipal de Educação do Rio e coordenadora pedagógica do Colégio Graham Bell, Denise Vilardo é uma das defensoras do Programa Um Computador por Aluno, que funciona como um projeto piloto do Governo Federal em algumas cidades do país há pelos menos três anos e que acaba de ser lançado oficialmente, como programa, de fato, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Denise conhece o assunto. É dela a iniciativa de promover o chamado Encontro sobre Laptop na Educação. Já foram realizadas duas edições. A terceira está prevista para setembro ou outubro deste ano. Aberto a todos os interessados, o encontro tem um único objetivo: socializar as informações sobre o projeto.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Fisioterapeuta avalia desenvolvimento motor de bebês.

Bebês pequenos para a idade gestacional - ou PIG, como são chamados pelos especialistas - apresentam grandes chances de ter um desenvolvimento motor prejudicado, especialmente aqueles expostos a ambiente familiar desfavorável. Uma avaliação realizada na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) pela fisioterapeuta Denise Campos em 95 bebês apontou que os nascidos PIG apresentaram diferenças significativas no desenvolvimento motor nos primeiros meses de vida em relação aos bebês adequados para a idade gestacional, denominados AIG. Os bebês PIG consistem em um dos alvos de pesquisa do Grupo Interdisciplinar de Avaliação do Desenvolvimento Infantil (Giadi) da FCM, que até o início do ano era coordenado pela neurologista Vanda Maria Gimenes Gonçalves, falecida recentemente, também orientadora da tese de doutorado defendida por Denise Campos.

Os dois grupos de voluntários da pesquisa nasceram dentro do prazo ideal de gestação, ou seja, a partir de 37 semanas. No entanto, os pequenos sofreram algum tipo de restrição de crescimento já no útero materno. Em geral, mães fumantes, com hipertensão ou com quadro de desnutrição podem ocasionar o nascimento de um bebê PIG. Esta criança, não necessariamente, nasce com baixo peso ou prematuro. Mas, a grande maioria dos bebês PIG é também baixo peso, ou seja, nascem com menos de 2,5 quilos.

Segundo Denise Campos, as principais diferenças ocorreram no segundo e sexto mês de vida da criança. Ou seja, dentro do primeiro ano, no período de maior aquisição motora dos bebês, pois justamente nesta fase eles aprendem a rolar, sentar, engatinhar e andar. "O fato de se encontrar diferenças não quer dizer que a criança irá continuar nesta mesma escala de dificuldade o resto da vida. Mas, é bom que se observe o desempenho motor deste grupo com maior rigor para que não haja um comprometimento futuro", destaca a fisioterapeuta.

Os bebês foram avaliados com a escala americana Bayley de desenvolvimento infantil, que inclui um total de 48 provas para avaliação motora dos primeiros seis meses de vida. Além de terem uma pontuação geral em níveis mais baixos, os bebês PIG também desempenharam algumas atividades com menor frequência. No segundo mês de vida, por exemplo, os movimentos alternantes para se arrastar de barriga para baixo, virar de barriga para cima e equilibrar a cabeça, ficaram aquém dos números observados nos bebês AIG. Já no sexto mês de vida, a principal dificuldade dos pequenos foi sentar-se sozinho, equilibrando por um tempo entre dois e trinta segundos. As avaliações foram feitas ainda no primeiro e terceiro meses, sendo que nesses períodos nenhuma diferença estatística foi observada.

Num segundo momento, a fisioterapeuta investigou outros fatores que poderiam contribuir para as diferenças encontradas entre os bebês PIG e AIG. Para isso, foram colhidas informações sobre as características familiares dos bebês, a partir de um questionário respondido pelos pais. Verificou-se diferença significativa quanto à ocupação materna, escolaridade materna e renda per capita, sendo que no grupo PIG houve maior frequência de mães que não trabalhavam fora de casa, que apresentavam menos de oito anos de estudo e com baixa renda familiar.

"Acreditamos que as características familiares tenham contribuído para as diferenças motoras encontradas. O ambiente em que a criança vive pode afetar seu desenvolvimento, principalmente no caso dos bebês PIG. Um ambiente rico em estímulo ajuda a minimizar os riscos de comprometimento futuro. Já o contrário, um ambiente com pouca estimulação e superproteção, pode contribuir para o atraso no desenvolvimento motor", explica Denise. Neste sentido, a pesquisa serve para destacar a necessidade de políticas públicas voltadas para a orientação dos pais, e divulgação de estratégias para estimular o desenvolvimento motor desde o nascimento, a fim de prevenir ou minimizar alterações motoras.

Texto: Raquel do Carmo Santos
Fonte: Jornal da Unicamp

Publicado em: 26/07/2010

terça-feira, 27 de julho de 2010

Decreto regulamenta o Programa Um Computador por Aluno

 

Luana Lourenço

Repórter da Agência Brasil


Brasília - O governo publicou hoje (27), no Diário Oficial da União, decreto que regulamenta o Programa Um Computador por Aluno (Prouca) e detalha as regras para compra dos equipamentos, com o Regime Especial de Aquisição de Computadores para Uso Educacional (Recompe). O programa já funciona de forma experimental desde 2008.
A compra será feita por licitação. O decreto prevê que as especificações técnicas dos equipamentos serão definidas pelos ministérios da Educação e da Fazenda, que também poderão determinar preço mínimo e máximo para os computadores. Na última licitação, o preço pago pelo governo por laptop foi R$ 550. De acordo com o MEC, o edital deve ser lançado em até três semanas.
Terão prioridade equipamentos que utilizem software livre e de código aberto, sem custos de licenças. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai oferecer uma linha de crédito de R$ 660 milhões para que estados e municípios comprem os laptops.
O Recompe prevê isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), PIS/Pasep, Cofins, Imposto de Importação e da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para o vencedor da licitação.
Até agora, o governo comprou 150 mil computadores, que devem ser distribuídos a 300 escolas da rede pública até o fim de 2010. Os atuais computadores têm 512 megabytes de memória, tela de cristal líquido de sete polegadas, bateria com autonomia mínima de três horas e peso de 1,5 quilo.
Edição: Antonio Arrais

Técnica ajuda tetraplégico a usar respiração para escrever no computador

 

DA FRANCE PRESSE, EM WASHINGTON

As pessoas que sofrem de alguma incapacidade motora grave em breve conseguirão escrever, conduzir sua cadeira de rodas ou navegar na internet graças a um novo aparelho que funciona a partir de sua própria respiração, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (26) nos Estados Unidos.

O aparelho funciona graças à pressão exercida pela respiração do nariz, que percorre o véu do pálato, explica o estudo divulgado na revista "PNAS".

"O véu do pálato é controlado pelos nervos cranianos, que se mantêm bem conservados por trás de um ferimento grave", explicou Noam Sobel, professor de neurobiologia do Instituto Weizmann de Rehovot, em Israel, um dos principais autores do estudo.

"É por essa razão que o piscar dos olhos pode ser usado na comunicação com as pessoas gravemente feridas. Ele também é controlado pelos nervos cranianos", explica o especialista.

Noam Sobel trabalhou com colegas do Instituto Weizmann e da Faculdade de Medicina Sackler da Universidade de Tel Aviv para desenvolver um meio de transformar a respiração em sinais elétricos.

O aparelho, um pequeno tubo instalado na entrada da narina e conectado a um sensor que mede a pressão, se parece com os tubos usados para administrar oxigênio em pacientes nos hospitais. Os deficientes que o testaram conseguiram rapidamente jogar games no computador ou escrever utilizando sua respiração.

Estimulados por esses resultados, os pesquisadores decidiram testar o aparelho com pessoas tetraplégicas ou com claustrofobia: uma moça tetraplégica que sofre de esclerose severa conseguiu escrever pela primeira vez em dez anos, aprendeu a mover um cursor na tela graças à respiração e, desde então, utiliza o aparelho para enviar e-mails.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

O transtorno de aprendizado precisa ser notado pelos pais, que muitas vezes consideram a letra feia como preguiça dos filhos

Fora da moda, o caderno de caligrafia foi substituído pelos computadores, um reflexo da era digital. O problema é que, sem treinar a grafia da letra cursiva, e com a falta de incentivo dentro das salas de aulas, as crianças estão escrevendo de maneira feia, ficando difícil o entendimento, tanto para quem lê, como para quem escreve. O agravante é que na idade de alfabetização, escrever com uma letra inelegível, pode ser um transtorno de aprendizagem conhecido como disgrafia.

Segundo especialistas, o transtorno de aprendizagem – disgrafia – afeta a capacidade de escrever ou copiar letras, palavras e números. O centro do problema está no sistema nervoso, mais precisamente nos circuitos neurológicos responsáveis pela escrita. De acordo com o neurologista do Instituto Glia de Cognição e Desenvolvimento, Marco Antônio Arruda, a disgrafia pura ocorre durante a gestação e já nasce com a criança.

Estudos apontam ainda que a disgrafia seja mais comum em meninos e é detectada na infância, depois que o processo de alfabetização é consolidado, por volta dos oito ou nove anos. O problema é como os pais podem saber quando a letra ilegível vai além da preguiça ou pressa e deve ser tratada como transtorno.

De acordo com a coordenadora do serviço de orientação educacional do Colégio Dante Alighieri, o rendimento escolar de quem tem disgrafia não compromete o desenvolvimento intelectual da criança. Ela alerta que, muito pelo contrário, os disgráficos são alunos muito inteligentes. “A comunicação oral deles é muito boa, mas, na hora de colocar as ideias no papel, eles têm muita dificuldade”, conta.

Para a psicomotricista, Raquel Caruso, um teste simples pode diagnosticar: “Peça para criança escrever em uma folha sem linha algumas frases. Se o resultado for uma escrita lenta, com letras irregulares, retocadas e fora das margens, é hora de preocupar-se. Além disso, os disgráficos têm dificuldades em organização espacial: daí, a escrita em que as palavras parecem subir e descer o morro”.

O alerta é que os sintomas não ficam só na escrita. Se a criança não tem ritmo de acompanhar as músicas, memória para fixar os passos e atenção aos movimentos, os pais devem ficar atentos, pois é hora de procurar um médico – incentivar a prática de exercícios físicos como correr e nadar, além de brincadeiras como amarelinha, pintura e recorte para estimular a parte motora dos pequenos. A falta dessas atividades pode comprometer o tônus muscular, piorando a já difícil situação dos disgráficos.

“No caso de diagnóstico de disgrafia o tratamento envolve o neurologista, o psicopedagogo, o fonoaudiólogo e o terapeuta. Medicamentos somente são ministrados se diagnosticado que outros distúrbios estão envolvidos”, completa a tutora do Portal Educação, Emileide L. da Costa.

terça-feira, 13 de julho de 2010

O PROJETO LIVRO FALADO

 

menina lendo para um menino cego

Nasceu com o objetivo de unir pessoas com deficiência visual e videntes através da literatura e do teatro. Somos apaixonados pelo livro e pela linguagem cênica. Acreditamos que a única coisa que podemos fazer nesta vida é nos humanizarmos, mas não se trata de humanidade por humanidade.

A base estrutural deste PROJETO é a qualificação tanto da pessoa com deficiência visual para a atuação na cena quanto do ledor voluntário para a feitura de livros falados. Nestes caminhos. buscamos criar encontros que primem pela riqueza artística onde o homem se eleve de sua condição básica. É disso que se trata este PROJETO: encontros que enriqueçam nossa humanidade.

ESTE SITE TEM POR FINALIDADES

  • Dispor livros falados para pessoas com deficiência visual.
  • Discutir o fazer teatral inclusivo.
  • Unir pessoas afins dos oito países da Língua Portuguesa.
  • Gravar e capacitar voluntários para a gravação de mais livros.
  • Dar oficina de expressividade para atores cegos
  • http://www.livrofalado.pro.br/index.php

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Práticas corporais alternativas: trabalhando o corpo e a mente.


Pilates - Objetivo: controle da respiração

Meditação, ioga, tai-chi-chuan, pilates, dança indiana... Há alguns anos, essas atividades entraram na moda e, ao contrário do que muitas pessoas previam, elas vieram para ficar. O homem moderno é caracterizado por uma vida carregada de intensos afazeres, que os impede de tomar um tempo para si mesmo. Somam-se a isso, doenças e transtornos que podem surgir como consequências desse estilo de vida agitado, como estresse intenso, transtorno de pânico, enxaqueca, asma, depressão, entre outros. Nesse sentido, a promessa de um tipo de atividade física que trabalhasse tanto o corpo como a mente se mostrou perfeita para que esse homem pudesse praticar atividade física cuidando do seu corpo e da sua cabeça.

As práticas corporais alternativas têm origens diferentes, em especial o Oriente próximo e distante: Índia, China e Japão são alguns dos países que desenvolveram essas técnicas que utilizamos hoje. Todas as práticas corporais alternativas apresentam um ponto em comum: o controle da respiração. Entende-se que é por meio do controle respiratório que o homem é capaz de atingir os estados meditativos de consciência. Quem já experienciou o pilates, a ioga ou qualquer tipo de meditação, sabe que a chave para uma prática completa é unir os movimentos corporais a ritmos respiratórios lentos e ordenados. Esse é um elemento tão fundamental que o antropólogo Marcel Mauss, em seu artigo “As técnicas do corpo” assume a possibilidade de que essas práticas corporais, de outras culturas, permitiriam ao homem a alterar seu estado de consciência, o que ele chama de “entrar em contato com Deus”. Em suas palavras:

“No meu entender, no fundo de todos os nossos estados místicos há técnicas do corpo que não foram estudadas por nós, e que foram perfeitamente estudadas pela China e pela Índia desde épocas muito remotas. Penso que há necessariamente meios biológicos de entrar em ‘comunicação com Deus’. E, embora a técnica da respiração seja o ponto fundamental na Índia e na China, creio que ela é bem mais difundida de um modo geral.”

Embora com raízes bastante antigas, essas técnicas ganharam o estilo de vida moderno da sociedade ocidental. Aliás, pessoas famosas não apenas aderiram a essas práticas, como também ajudaram na sua divulgação. Um exemplo expressivo é a cantora Madonna que declarou mais de uma vez a sua adesão ao pilates e a ioga.

Como já foi dito, essas práticas vieram para ficar. Tanto que alguns cursos universitários de Educação Física incluíram as práticas corporais alternativas no seu currículo, como é o caso da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. No que se refere ao ensino fundamental e médio, essas práticas também devem ser trabalhadas nas aulas de Educação Física, segundo orientações do Ministério da Educação e da Cultura, por meio dos Parâmetros Curriculares Nacionais.

O problema que se coloca em relação a esse tipo de prática corporal é a falta de preparo dosprofissionais. Ora, se por um lado as universidades vêm aderindo a esse tipo de atividade, por outro, a inclusão dessas disciplinas no currículo universitário ainda é muito recente para que a oferta deprofissionais qualificados responda significativamente à demanda que há na sociedade hoje. Portanto, os professores que estão atuando hoje nas escolas, ou se prepararam para esse conteúdo de modo individual – procurando cursos particulares – ou não estão preparados. Por isso, embora essas práticas sejam um ótimo conteúdo para a Educação Física escolar, ela é muito pouco trabalhada. Quem sabe isso ainda poderá mudar um dia.

Por Paula Rondinelli
Colaboradora Brasil Escola
Graduada em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Mestre em Ciências da Motricidade pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Doutoranda em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo - USP

Educação Física - Brasil Escola

terça-feira, 6 de julho de 2010

Acordar mais tarde contribui para a educação de adolescentes

 

Levantar mais tarde para ir à escola torna o aluno mais alerta e com mais capacidade para absorver e reter conhecimento, aponta uma pesquisa realizada por um grupo escolar de Rhode Island, nos Estados Unidos.
De acordo com o levantamento, uma postergação de meia hora na grade tradicional do horário matutino pode proporcionar grandes benefícios aos alunos. Outros estudos do mesmo gênero já haviam chegado a conclusões semelhantes.
A escola de ensino médio de Rhode Island mediu o comportamento de 201 estudantes antes e depois do experimento, que durou nove semanas. A partir do dia em que puderam entrar meia hora mais tarde, as reclamações de sono durante a aula caíram de 49 para 20% e o volume de atrasos e de faltas caíram pela metade.

Fonte:site Revista Veja em 6/07/10

http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/acordar-mais-tarde-contribui-para-a-educacao-de-adolescentes?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Estresse afeta desempenho dos jogadores.

Pesquisa do professor Alcir Sanches, da Faculdade de Educação Física, mostra que o estresse combina combina com derrota. O pesquisador investigou as reações de 472 jogadores de futebol do Distrito Federal, entre 15 e 50 anos, em 77 situações que podem causar medo, ansiedade ou motivação. A conclusão foi que esses sentimentos podem ser decisivos no rendimento esportivo.

Jogar machucado, em uma posição improvisada e com um grupo desunido foram algumas das situações apontadas como as principais causas de estresse entre os atletas. Foi o que aconteceu com a França. “A desunião do grupo francês se refletiu no campo. Esse é o melhor exemplo dessa Copa do Mundo. O estresse foi o fator predominante na má atuação desse time”, afirmou o professor.

Ser cobrado por jornalistas, fazer um gol contra, perder um pênalti, sofrer uma goleada, terminar o primeiro tempo da partida perdendo, ser cortado do jogo no vestiário e jogar em um campo em condições ruins também foram outros fatores considerados negativos para o desempenho pelos atletas. “Até meados dos anos 70, a preparação física e a tática poderiam explicar a performance. Depois disso, passaram a considerar a psicologia como outro fator que contribui para os resultados”, explica Sanches. “Questões psicológicas se tornaram tão importantes para as equipes, que todas têm um psicólogo na comissão técnica”, completa.

BRASIL – Kaká, meia-atacante brasileiro, também teve o estresse como inimigo na partida entre o Brasil e a Costa do Marfim, no dia 20 de junho. O atleta de comportamento exemplar foi expulso pela terceira vez em nove anos de carreira. "Tomara que o substituto já tenha sido convocado", avisa Alcir. É que a pesquisa mostra também que ser convocado de última hora é ruim para os jogadores. "A espera gera muita ansiedade entre os jogadores que aguardam uma chance”, comenta o professor.

Para o pesquisador, a equipe brasileira deverá receber uma atenção especial do psicólogo da seleção. “Sempre que o Brasil entra em campo, a torcida espera um espetáculo. Ganhar, para o torcedor brasileiro, não basta. Ele espera pedalada, gols de placa e vencer de goleada”, afirma Sanches. Ele alert que as pressões da torcida e até das outras equipes, da imprensa e o próprio favoritismo do Brasil geram um estresse descomunal nos jogadores e em toda a comissão. “Nós temos a cultura de não aceitar uma medalha de prata. Como se ficar em segundo lugar não fosse um mérito. Temos sempre que estar no topo. É uma pressão muito grande e exige preparação dos jogadores para estarem entregues na partida”, explica a professora Rossana Benck, da Faculdade de Educação Física.

A torcida e a imprensa, além de exigirem o futebol bonito, criticam a escalação feita por Dunga. Sanches argumenta que o técnico pesou o lado psicológico na hora de convocar. Um exemplo disso foi ter deixado o Adriano, jogador do Flamengo, fora da Copa do Mundo. “Dunga não o chamou porque ele está desequilibrado emocionalmente. O Adriano leva os problemas pessoais para dentro do campo e acaba não rendendo. É claro que também falta preparo físico”, afirma Sanches. “Um sujeito que sempre foi craque não deixa de ser bom do dia prá noite. Questões psicológicas explicam a mudança de comportamento”, completa.

Rossana Benck lembra que cada atleta interpreta o estresse de uma maneira diferente. “Conheço pessoas que se sentem motivadas em situações consideradas estressantes. É como uma injeção de ânimo.”

VUVUZELA – A polêmica “arma” de fazer barulho, que invadiu os estádios na África do Sul, pode interferir no desempenho dos jogadores. A poluição sonora atrapalha até quem assiste aos jogos pela televisão e pode estressar quem está em campo. Para piorar, pode desconcentrar a equipe. Sanches argumenta que se o jogador tiver foco, nada do que estiver acontecendo fora dos gramados poderá afetá-lo. “Eu fui goleiro por muitos anos, quando passei a prestar atenção em quem gritava atrás do gol, a bola passou a entrar. Enquanto tive foco e estava concentrado na partida fiz bem o meu trabalho”, conta o pesquisador.

Texto: Cecília Lopes
Fonte: Secretaria de Comunicação da UnB

Publicado em: 25/06/2010

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Ideb supera metas de 2009

 

Getty Images

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A média da nota nacional do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) aumentou. Os dados, divulgados nessa quinta-feira, 1º de julho de 2010, revelaram avanços em todos os ciclos da Educação Básica:

-Ensino Fundamental I: Nos anos iniciais a nota subiu 0,8 pontos em comparação ao primeiro resultado em 2005 e foi de 3,8 para 4,6 pontos.

-Ensino Fundamental II: Nos anos finais a nota aumentou de 3,5, em 2005, para 4,0 pontos.

O Ensino Médio teve o menor crescimento, registrou aumento de 0,2 pontos em sua nota. Em 2005 o índice desse ciclo era de 3,4 pontos; em 2006 alcançou 3,6.

Embora os números não sejam altos, o Inep e o Ministério da Educação (MEC) afirmam que o crescimento está acima da meta. “Atingimos a meta de 2009, superando a de 2011. Ao interpretar esses dados temos de prestar atenção às metas”, disse o ministro da Educação Fernando Haddad. Outro avanço comemorado foi a melhora na taxa de aprovação, que mede o número de alunos aprovados em relação ao número de alunos matriculados.

O ministro Fernando Haddad também destacou a importância de ter estabelecido metas de melhoria que possibilitaram reverter o regresso da qualidade da Educação brasileira. “O fantasma da queda de qualidade que nos assombrou até o começo dos anos 2000 está ficando pra trás. Mas ainda temos um longo caminho pela frente”.

As notas individuais de redes e escolas serão divulgadas na segunda-feira. A partir da publicação em diário oficial as escolas terão um prazo de 30 dias para reportarem eventuais erros no levantamento.

por: Camilo Gomide

Desempenho dos estudantes brasileiros na Prova Brasil

 

A cada dois anos, estudantes do 5º e 9º anos do ensino fundamental e do ensino médio participam de uma avaliação para medir a proficiência em língua portuguesa e matemática. O desempenho tem crescido, embora em matemática em um ritmo ainda mais lento.

Inep/MEC

Para a secretária de Educação Básica, Maria do Pilar Lacerda, o desempenho mais “entusiasmante” é o obtido pelos alunos do 5º ano em língua portuguesa. “Isso é animador porque, melhorando o desempenho em língua portuguesa, o aluno também aprenderá mais matemática. Esses resultados mostram que os programas que estão sendo desenvolvidos são consistentes”, ressalta.

Pilar atribui à Provinha Brasil – avaliação aplicada para verificar o nível de alfabetização dos estudantes do 3º ano do ensino fundamental –, ao programa Pró-Letramento – que financiou capacitação para 250 mil professores – e à Olimpíada de Língua Portuguesa os bons resultados dos estudantes na Prova Brasil.

RS sanciona lei que combate bullying nas escolas

01/07/2010 - Agência Estado

Política terá como principal objetivo reduzir a prática de violência dentro e fora das instituições de ensino
Solange Spigliatti
SÃO PAULO
Foi sancionada no Rio Grande do Sul a lei que prevê políticas públicas contra o bullying nas escolas de ensino básico e de educação infantil, privadas ou públicas, em todo o Estado. A lei foi publicada na terça-feira no Diário Oficial do Estado.
A política antibullying terá como principal objetivo reduzir a prática de violência dentro e fora das instituições de ensino. Também servirá para orientar as vítimas e seus familiares, com apoio técnico e psicológico, de modo a garantir a recuperação da autoestima do agredido e minimizar os eventuais prejuízos em seu desempenho escolar.
Pela nova lei, é considerado bullying qualquer prática de violência física ou psicológica, intencional e repetitiva, que ocorra sem motivação evidente, praticada por um indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidar, agredir fisicamente, isolar ou humilhar.

Brasileiros deixam de lado atividade física, mostra estudo


Em época de Copa do Mundo, o esporte está em alta. Apesar disso, poucos são os brasileiros que jogam bola ou fazem qualquer outro tipo de exercício nos horários livres. No Brasil, em cada grupo de 100 pessoas com mais de 18 anos, só 16 fazem exercícios físicos leves e moderados - como caminhadas, hidroginástica e musculação por 30 minutos - ou atividades mais pesadas, como futebol ou corrida, por 20 minutos diários. Segundo a pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, no Rio a média é um pouco maior: 16% dos adultos fazem atividade física no tempo livre.

"A média é muito baixa. A prática de exercícios é importante porque aumenta os níveis do colesterol bom, que é um protetor cardiovascular e diminui o risco de enfartes. Além disso, reduz o risco de diabete, hipertensão e o peso. A prática de exercícios físicos regulares também aumenta a produção de endorfina, que reduz o estresse, a ansiedade e a depressão", explica o cardiologista André Triani, do Hospital municipal Paulino Werneck.

Nem as praias do Rio e os calçadões têm atraído os cariocas. Entre os homens, só 19,9% fazem exercícios nos horário livres. Já entre as mulheres, 13 em cada grupo de 100 adultas fazem uma atividade física.

"Deve-se fazer exercícios pelo menos duas ou três vezes por semana. O Rio tem áreas verdes e praias que estimulam a prática de esportes como futebol, corrida, surfe e ciclismo, e o carioca deveria aproveitar. Unindo isto a uma atividade que dê prazer, a mente relaxa e o estresse é amenizado", afirma o coordenador geral da Academia da Praia e membro da Câmara de Fitness do Conselho Regional de Educação Física, Marco Antônio Ferreira.

A pesquisa nacional mostrou ainda que o número de mulheres com mais de 65 anos que faz exercício físico é maior do que o de mulheres com idades entre 18 e 24 anos. Enquanto 10,8% das idosas praticam exercícios, apenas 9,9% das mais jovens fazem atividade física regularmente.

O trabalho indica que o carioca tem preferido a televisão. O levantamento mostra que o Rio é o estado onde o maior número de pessoas assiste três horas ou mais de televisão por dia. Enquanto a média nacional é de 25,8%, no Rio 29,1% têm esse hábito.