terça-feira, 15 de maio de 2012

Corredor amador: conheça prós e contras dos terrenos

 

Destaco aqui a importância de orientação quando se trata de atividade física. O profissional certo é professor de Educação Física.Veja nesta reportagem as orientações para quem quer praticar a corrida como atividade.

                                                                                               Fátima Costa

 

Por Renata Demôro
Correr queima calorias e melhora o condicionamento cardiovascular, mas exige uma série de escolhas que podem interferir no seu desempenho e na sua saúde. De acordo com Marcelo Duarte, coordenador técnico da equipe MD Runners, no Rio de Janeiro variar os terrenos pode ser uma boa maneira de aproveitar o melhor de cada solo. “O corredor amador só não pode esquecer a especificidade de cada prova: se for realizada no asfalto, você não pode treinar apenas na grama, para evitar o impacto nas articulações”, explica o treinador.
Subidas íngremes ou declives acentuam a dificuldade e o gasto calórico, mas devem ser selecionadas com critério. “Quanto maior for o esforço, maior será o gasto calórico. Ao mesmo tempo, quanto maior for o esforço, menor será o tempo tolerado no exercício. Antes de se inscrever em diferentes provas de rua, é preciso realizar uma avaliação médica e procurar a orientação de um treinador”, explica Marcelo. A seguir, conheça os prós e contras de treinar em cada tipo de terreno:

  • 1

    Asfalto

    “Nada como treinar no piso em que você vai disputar a prova”, diz o treinador Marcelo Duarte. Para os corredores de rua, ele recomenda reservar pelo menos um dia da semana para este tipo de terreno.Márcia Ferreira, triatleta e proprietária de assessoria esportiva que leva seu nome, explica que o asfalto é uma superfície relativamente dura e que proporciona baixa absorção do impacto.

  • 2

    Terra batida

    “A terra batida é considerada a superfície perfeita para a prática da corrida, oferecendo excelente absorção do impacto. O tênis sujo após o treino, principalmente em dias de chuva, é um dos problemas deste tipo de terreno”, diz Márcia Ferreira. Para o treinador Marcelo Duarte, é difícil encontrar grandes extensões deste tipo de solo nas metrópoles, mas ele pode ser excelente para quebrar a rotina do treino.

  • 3

    Grama

    “Assim como a terra batida, absorve muito o impacto, aliviando tornozelos e joelhos. Requer cuidado nos dias de chuva, ou logo pela manhã, já que o orvalho deixa a grama escorregadia. Torna-se muito complicado treinar apenas na grama em cidades como Rio e São Paulo, locais onde não existem grandes distâncias neste tipo de terreno”, orienta Marcelo Duarte. Para a treinadora Márcia Ferreira, “quando desnivelado, este tipo de solo aumenta a probabilidade de lesões”.

  • 4

    Areia

    Segundo o treinador Marcelo Duarte, “o treino na areia fofa proporciona o ganho de força e velocidade ao corredor, além de fortalecer a musculatura da coxa, mas pode agravar problemas ósseos ou articulares preexistentes”. Já a corrida na areia molhada trabalha toda a musculatura dos membros inferiores, mas também exige mais desta região do corpo. “Na areia, o centro de gravidade do corredor é deslocado, forçando a coluna e o quadril. A superfície desnivelada também não é a ideal e como a maioria das praias urbanas é de tombo, ou seja, possui inclinação nas proximidades da água do mar, o declive pode agravar um problema já existente”, explica ele.

  • 5

    Esteira

    Para Marcelo Duarte, “a esteira proporciona mais amortecimento do impacto quando comparado aos treinos externos, mas alguns corredores consideram-na monótona. Também é interessante em dias frios ou chuvosos e ainda para quem busca um treino com inclinação, mas não tem ladeiras por perto, já que basta um clique para encontrar a posição ideal”.  Márcia Ferreira ressalta a facilidade de manter o ritmo da corrida. “Ela não pode ser a base do treino, já que a mecânica é muito diferente de uma prova de rua”, diz a triatleta.

  • 6

    Cimento

    Marcelo Duarte explica que o cimento é pouco utilizado para treinos de corrida. “Levanta muita poeira e existem poucos locais com este tipo de terreno nas grandes cidades”, diz o treinador. Segundo a triatleta Márcia Ferreira, “o cimento é uma superfície muito dura, com baixa absorção de impacto e alto risco de lesões articulares”.  Entre os prós de correr neste tipo de terreno, a triatleta Márcia Ferreira destaca a facilidade de correr em um solo nivelado sem o risco de tropeçar.

Matéria publicada em: http://gnt.globo.com/saude/exercicios/Especial-corredor-amador--conheca-pros-e-contras-dos-terrenos.shtml