terça-feira, 29 de novembro de 2011

Cabecear bola de futebol pode afetar memória e coordenação, diz estudo

 

Pesquisa que faz o alerta ainda é preliminar, ressalta médico.
Mapeamento do cérebro mostra sinais semelhantes aos da concussão.

Tadeu MeniconiDo G1, em São Paulo

O cabeceio é um movimento natural para qualquer jogador de futebol. Ele é treinado para isso e, se não estiver bem marcado, consegue jogar a bola onde bem entender. Porém, mesmo com toda a prática, o impacto é forte e pode deixar sua marca no corpo.

Uma pesquisa apresentada nesta terça-feira (29) no encontro anual da Sociedade Radiológica Norte-americana aponta a relação entre cabeçadas no jogo de futebol e lesões no cérebro, que podem levar a diversos problemas, incluindo perda de memória e reação motora.

O estudo clínico liderado por Michael Lipton, da Faculdade de Medicina Albert Einstein, da Universidade Yeshiva, em Nova York (EUA), avaliou imagens de ressonância magnética do cérebro de 38 atletas amadores que praticam o esporte desde a infância.

Cada participante respondeu a um questionário elaborado por especialistas no esporte para determinar quem cabeceava a bola mais ou menos vezes. Aqueles que usam a cabeça com mais frequência – acima de 1,5 mil cabeçadas em um ano – tiveram exames parecidos com o de pessoas que sofreram concussões – um tipo leve de traumatismo craniano.

O português Cristiano Ronaldo e o bósnio Edin Dzeko disputam bola no ar; jogada corriqueira ou perigosa? (Foto: Reuters/Rafael Marchante)O português Cristiano Ronaldo e o bósnio Edin Dzeko disputam bola no ar; jogada corriqueira ou perigosa? (Foto: Reuters/Rafael Marchante)

Esses jogadores também tiveram piores resultados em testes de atenção, memória e reação motora, um possível sinal de que as funções do cérebro já estão sendo afetadas.

“As pessoas pensam que concussão não é tão séria assim, mas cerca de 20% das pessoas não conseguem voltar a trabalhar”, disse Lipton ao G1. “Eu não entendo o que tem de tão leve no traumatismo leve”.

Além disso, as concussões aumentam o risco do surgimento do mal de Alzheimer na terceira idade, segundo o médico norte-americano.

'Chacoalhada' no cérebro
Em geral, jogadores de futebol preferem usar a testa e acreditam que ela seja mais resistente. A pesquisa não levou em conta a parte da cabeça na jogada, mas Lipton não acredita que isso faça diferença.

“O principal aqui é a aceleração – e desaceleração – da cabeça”, diz Lipton. Em outras palavras, o cérebro “chacoalha” dentro do crânio.

Também por isso, o especialista não acredita que seria inútil usar algum tipo de capacete, como o usado pelo goleiro tcheco Petr Cech, do clube inglês Chelsea, e por vários jogadores de rugby.

“Acredito que reduzir o número de cabeceios é uma boa ideia para diminuir o risco de lesões”, diz Lipton. No entanto, ele ressalta que os dados são preliminares e que somente com futuras pesquisas seria possível estabelecer uma relação definitiva entre a jogada e problemas no cérebro.

Toda a proteção do goleiro Petr Cech seria inútil se ele precisasse cabecear a bola (Foto: Reuters/Wolfgang Rattay)Toda a proteção do goleiro Petr Cech seria inútil se ele precisasse cabecear a bola (Foto: Reuters/Wolfgang Rattay)

Para servir de alerta
“É um trabalho ótimo para servir de alerta”, avalia o médico Júlio Nardelli, do grupo de medicina esportiva do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HC/USP).

Para Nardelli, um atleta de fim de semana dificilmente chega à marca de 1,5 mil cabeceios em um ano. “A preocupação maior é para o atleta de alto rendimento”, acredita o especialista, que trabalha também com a seleção brasileira feminina de vôlei.

Para um jogador profissional, é impossível evitar o cabeceio, um fundamento importante do jogo. Por isso, a solução tem que ser outra: o acompanhamento médico.

“Hoje em dia, você consegue o diagnóstico precoce”, diz Nardelli “Esse exame [ressonância magnética, como a usada na pesquisa de Lipton] tem que fazer parte da rotina desde a categoria de base”, opina o médico.

Também desde cedo, seria possível fazer exercícios preventivos, estimulando o cérebro para neutralizar os efeitos das lesões provocadas pela bola.

Um problema grave, para Nardelli, é a vida do jogador depois que se aposenta. Se a ameaça é em longo prazo, como é o caso do Alzheimer, os atletas deveriam continuar fazendo exames regularmente, mas raramente o fazem.

Além disso, não são raros os casos de alcoolismo e dependência de drogas entre ex-jogadores, que agravam o quadro.

“Nós temos que tomar cuidado para proteger o atleta como homem, como pessoa normal”, preocupa-se Nardelli. “É preciso prepará-lo para ser uma pessoa normal do ponto de vista psíquico e do ponto de vista biomecânico”, conclui.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Cérebros de crianças autistas têm mais neurônios, diz estudo

O autismo inclui um amplo espectro de diferentes desenvolvimentosOs pesquisadores encontraram 67% mais neurônios no córtex pré-frontal e 17,7% mais peso

As crianças autistas têm mais neurônios e apresentam um cérebro mais pesado que as demais, revela um estudo publicado na terça-feira (8) no Journal of the American Medical Association (JAMA). O estudo, baseado em análises de cérebros de crianças autistas falecidas, sugere que a anomalía na zona pré-frontal do cérebro pode ter origem no útero, destacam seus autores.

Os cientistas examinaram os cérebros de sete crianças autistas, com idade entre 2 e 16 anos, a maioria morta por afogamento. Ao comparar os cérebros dos autistas com os de outras crianças, a maioria morta em acidentes de trânsito, os pesquisadores encontraram 67% mais neurônios no córtex pré-frontal e 17,7% mais peso, em média, no primeiro grupo.

"Já que os neurônios corticais não são gerados após o nascimento, este aumento patológico no número de neurônios em crianças autistas indica causas pré-natais", destaca o estudo. O córtex pré-frontal é responsável pela linguagem, comunicação e comportamentos como o ânimo, a atenção e as habilidades sociais. Habitualmente, as crianças autistas têm problemas nestas áreas.

"Os fatores que normalmente organizam o cérebro parecem estar desconectados", destacam Janet Lainhart, da Universidade de Utah, e Nicholas Lange, da faculdade de Medicina e Saúde Pública de Harvard.

"Devido ao fato de que os neurônios em todas as zonas do cérebro, exceto no bulbo olfativo e no hipocampo, são gerados antes do nascimento, estas descobertas se somam à crescente evidência biológica de que a neuropatologia do desenvolvimento do autismo começa antes do nascimento, possivelmente em todos os casos".

Estudos prévios sugeriam que os sinais clínicos do autismo tendem a convergir com um período de crescimento anormal da cabeça e do cérebro que começa a ser evidente entre os nove e os 18 meses.

O autismo inclui um amplo espectro de diferentes desenvolvimentos, desde a dificuldade para as relações sociais até a incapacidade de comunicação, passando pela execução de movimentos repetitivos, extrema sensibilidade a certas luzes e sons e problemas de comportamento.

Fonte: AFP – R7

 

http://www.portaleducacao.com.br/educacao/noticias/45293/cerebros-de-criancas-autistas-tem-mais-neuronios-diz-estudo/?utm_source=twitter&utm_medium=noticias&utm_content=8020&utm_campaign=twitter

sábado, 22 de outubro de 2011

Quatro dicas para diminuir o estresse no trabalho

A prática de exercícios podem ajudar a aliviar a pressão do dia-a-dia e evitar problemas como a Síndrome de Burnout

O autoconhecimento e o pensamento positivo também contribuem para diminuir estresse

O autoconhecimento e o pensamento positivo também contribuem para diminuir estresse

 

Durante a consulta, Celina, que atua como gerente da área de TI de uma instituição financeira, não sabia dizer exatamente quando os sintomas começaram porque fora algo progressivo, há meses sofria constantemente de dores de cabeça, insônia, sensação de exaustão e problemas gastrointestinais. Aliado a isso, o estado emocional de Celina com relação ao trabalho também não era dos melhores. Sentia-se irritada, pressionada pelo trabalho, tinha problemas com a chefia, trabalhava com prazos impossíveis de serem cumpridos, com uma equipe e um sistema falhos, o que a deixava com uma constante sensação de falta de eficácia e falta de esperança no trabalho. Por mais que se empenhasse, tinha a sensação de que nunca iria alcançar as metas estipuladas.
Com o tempo, foi adoecendo com mais facilidade, e as gripes, que antes eram facilmente controladas com analgésicos, agora a derrubavam na cama, e, nos últimos tempos, problemas cardíacos começaram a surgir obrigando-a a faltar no serviço e buscar ajuda médica. Mais tarde, conversando com seu médico, percebeu que seus problemas de saúde foram ocasionados pela exposição crônica a agentes estressores no trabalho. E foi assim que Celina conheceu a Síndrome de Burnout.
A Síndrome de Burnout é um estresse relacionado ao trabalho que resulta da luta prolongada do paciente contra agentes estressores no trabalho, e está sendo cada vez mais estudada por conta de sua correlação com o baixo rendimento e comprometimento com a empresa, absenteísmo (falta no trabalho), aumento de acidentes no trabalho, intenção de deixar o emprego e alta rotatividade.
Os sintomas físicos do Burnout podem incluir dores de cabeça, transtornos gastrointestinais, tensão muscular, hipertensão, episódios de resfriado/gripe, distúrbios do sono, problemas cardíacos, dor lombar, ansiedade e depressão.
Na área de serviços, o Burnout é composto por três elementos principais:
• Exaustão emocional: caracterizada pela falta de energia e sensação de esgotamento dos recursos emocionais.
• Despersonalização: marcada pelo tratamento dos clientes como se fossem objetos e não pessoas.
• Não realização profissional: caracterizada pela tendência de avaliar a si mesmo de forma negativa.
Pesquisas apontam que a questão emocional é de grande importância na vivência do estresse. A pesquisa de Sheena Johson e cols (2005) mostrou que algumas profissões como policiais, professores, enfermeiros e até mesmo Call Center, podem ser mais vulneráveis ao estresse por serem profissões que exigem: 1) interação direta ou por telefone com clientes; 2) as emoções mostradas nesses empregos têm por objetivo influenciar as atitudes e comportamentos de outras pessoas; e 3) a demonstração dessas emoções devem seguir regras. Em outras palavras, todos eles devem manter a calma, serem cordiais e mostrarem autocontrole. Outros estudos apontam para o fato de que essa dissonância emocional, que é sentir uma coisa e ter que demonstrar outra, pode resultar em sensações de hipocrisia, levando à baixa auto-estima e até mesmo à depressão.
Entretanto, os estudos também apontam que a propensão ao estresse não é igual para todas as pessoas. Algumas serão mais e outras menos atingidas, e outras não sofrerão estresse. O que diferencia são os traços de personalidade e os recursos internos que as pessoas possuem para lidarem com as adversidades do trabalho, esses recursos serão mais eficientes quanto maior for o conhecimento de si mesmo.
Portanto, a boa notícia é que boa parte da solução também pode estar ao seu alcance, ou seja, você pode amenizar o impacto negativo dos problemas relacionados ao trabalho sobre sua qualidade de vida física e psíquica.
É claro que não há fórmula certa contra o estresse, justamente por ser um conjunto de variáveis externas (relacionados ao ambiente) e internas (relacionado às questões psíquicas) que nos torna mais ou menos vulneráveis ao estresse. Mas é possível adotar algumas medidas que auxiliam na manutenção da saúde contra o estresse, seguem algumas dicas:
• Pratique exercícios: o estresse lesa menos pessoas fisicamente ativas. Procure fazer algo que sinta prazer: caminhadas leves, natação, ginástica localizada, yoga, etc.
• Tenha um hobby: caso o seu trabalho não lhe proporcione prazer, mas você se sente impossibilitado de sair imediatamente por questões financeiras, uma saída é desenvolver um hobby. É preciso encontrar prazer de alguma forma no trabalho, o hobby seria uma espécie de segundo trabalho, onde a pessoa pode focar a atenção sem tantas interrupções, em ambiente mais controlado e encontrar prazer no próprio processo do trabalho. Já vi vários casos em que o hobby se tornou profissão. Pense nisso!
• Procure pensar positivo: tenha consciência de que preocupação demais não solucionará o problema. Criatividade só vem quando a mente está tranqüila.
• Conheça a si mesmo: só assim você descobrirá as melhores formas de lidar com as adversidades da vida e superar os desafios de forma mais positiva e sadia. Lembre-se que todos nós temos problemas, o que diferencia é a forma de lidar com os eles.
Meiry Kamia - é psicóloga, Mestre em Administração de Empresas, consultora e palestrante. Diretora da Human Value Consultoria, Meiry desenvolve palestras e treinamentos vivenciais utilizando técnicas lúdicas diferenciadas que contribuem para o auto-conhecimento e mudança de comportamento.

Fonte: http://www.portaleducacao.com.br/educacao/noticias/44715/quatro-dicas-para-diminuir-o-estresse-no-trabalho/?utm_source=twitter&utm_medium=noticias&utm_content=8020&utm_campaign=twitter

sábado, 15 de outubro de 2011

Homenagem ao Dia do Professor

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O Exercício de SER Professor

Fátima Miguez

Como operários em construção do conhecimento, assumimos, um dia, uma sala de aula e tudo desconhecíamos da missionária ação de ensinar. Como podíamos compreender que a paixão de educar traz dor, decepções e, também, alegrias, emoções inesquecíveis. Como podíamos, tão inexperientes, perceber que o exercício de ser professor mobiliza nossa capacidade de renovação fraterna.

Aos poucos, construindo vivências, divisamos que o professor faz o aluno e que este responde/corresponde, interativamente, à ação docente, similar aos versos do "Operário em construção", do poeta Vinícius de Moraes, ao poetizar que "o operário faz a coisa / e a coisa faz o operário".[1]Compreendemos, franciscanamente, que é dando que recebemos e que é com os pés descalços que caminhamos quando queremos sentir a firmeza dos passos no contato com o chão.

É dentro da percepção de cada instante vivido, experimentado no edifício da construção humana que crescemos como Seres e ampliamos, também, a entrega apaixonada à profissão-amada. Como já disse Vinícius de Moraes, no poema citado, aludindo aos artífices de casas e pensamentos, o operário dos seus versos "não cresceu em vão / pois além do que sabia / - exercer a profissão - / o operário adquiriu uma nova dimensão: / a dimensão da poesia."[2]

Como operários, na construção do saber, cimentamos nossos ideais de transformação no tempo / templo de nossas aulas e lançamos rimas de conhecimento na humana engenharia do crescimento. Somos operários na construção poética do amanhã. Viver o vigor da Poesia no projeto educacional é enxergar e enfrentar, dignamente, os percalços da vida com suas contradições. É saber dizer sim, mas, principalmente, dizer não, afrontando os riscos e comprometimentos do exercício profissional. É lutar por seu trabalho com "uma esperança sincera cresc(endo) no coração"[3], como o operário da construção poética de Vinícius de Moraes. É libertar-se do egoísmo limitador para valorizar aqueles que estão no processo de aprendizagem. Enfim, viver o apelo docente é saber reconhecer o Sonho como alicerce da profissão e procurar transformar essa utopia humana em realidade no tempo / templo sagrado de nossas aulas. Atender com determinação e competência a esse chamado vocacional é a meta, é o rumo, é a rota do verdadeiro mestre.

(In: Nas arte-manhas do imaginário infantil. Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira, 2003, páginas 135-136.)

domingo, 18 de setembro de 2011

Seis passos para melhorar qualidade de vida do professor.

1. Organização do tempo

Um dos grandes problemas do professor é o tempo. O professor deve organizá-lo em torno de suas prioridades, cortando ou otimizando o tempo de seus afazeres menores.

2. Exercícios físicos

O professor sempre está em duas posições, em pé ou sentado. Neste intervalo, recomenda-se praticar de cinco minutos a duas horas de exercício, seja na academia ou simples alongamentos. Cinco minutos podem parecer pouco, mas em longo prazo a diferença é visível.

3. Beber água

A água desempenha duas funções fundamentais no corpo: ativar termostato e quebrar gordura. Para calcular a quantidade ideal de água que você deve beber por dia você deve multiplicar 25 ml X seu peso corporal.

4. Arrumar a postura

A má postura desencadeia várias doenças, desde as mais conhecidas, como cifose, lordose e escoliose, até bronquite e pneumonia.

5. Qualidade de tempo

Tire um tempo para você mesmo. Faça o que gosta, se dedique a um hobby, se distancie um pouco da sua vida profissional e foque na sua vida pessoal.

6. Sono

É um dos passos mais importantes, necessário para reorganizar tudo o que foi desorganizado durante o seu dia. Dormir bem altera a qualidade de vida dentro e fora de casa.

As dicas são do Daniel Garcia, Educador Físico e Massoterapeuta Quiroprático do Portal Educação.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Como usar o twitter a favor da educação?

                              
Adotar novas ferramentas de comunicação não é nada fácil! Muitas vezes o que nos passa pela cabeça é que nunca iremos conseguir dominar as inúmeras plataformas que surgem a cada segundo no mundo digital!
Descobrir qual a melhor maneira de explorar o Twitter, utilizando todos os benefícios que ele tem a oferecer, parece mais complicado ainda! A boa notícia é que, se você se sente perdido frente às novas redes sociais, atenção: você não está sozinho! Por isso é que já surgiram diversos sites que tentam instruir como fazer uso do Twitter de maneira inteligente.
Nosso objetivo, porém, é falar do uso do Twitter na educação! Como esse link pode acontecer? Como os professores podem utilizar essa ferramenta em sala de aula?
Professores que vivem na correria, sempre ocupados, com inúmeras atividades intermináveis, talvez pensem que o Twitter não valha a pena e que não conseguiriam NUNCA dominá-lo! Se pensam assim, possivelmente ainda não reconheceram que seus alunos estão em peso no microblog, trocando informações e criando redes de troca de saberes!
Por isso, a solução é se arriscar e ir atrás de dicas, manuais, sugestões que possam facilitar a familiarização com o miniblog.
Abaixo listamos alguns sites que poderão lhe ajudar nesse processo!
Autor: Carolina Prestes Yirula
 Fonte: http://cadernodia.wordpress.com/2011/07/28/351/

domingo, 10 de julho de 2011

Vídeo Institucional sobre a Educopédia


A MultiRio, a pedido da Secretaria Municipal de Educação, lançou um vídeo institucional sobre a Educopédia, plataforma digital educativa desenvolvida pela SME e que revolucionou a forma de ensinar na Rede Municipal do Rio de Janeiro. A peça, com seis minutos de duração, explica como a Educopédia mudou o ensino nas escolas, apresentando declarações dos principais usuários da plataforma: professores e alunos. O vídeo, dividido em cinco partes, seguindo o formato da ferramenta digital, ressalta a ideia revolucionária do projeto, que atende aos anseios de educadores e estudantes por um ensino moderno e antenado com as novidades tecnológicas. O vídeo está disponível no canal da MultiRio no YouTube (www.youtube.com/multiriosme).

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Redes sociais e 'twitteratura' aproximam o aluno do professor

01 de julho de 2011

Especialista defende utilização das redes sociais como forma de prender atenção dos alunos nos conteúdos. Foto: Getty Images

Especialista defende utilização das redes sociais como forma de prender atenção dos alunos nos conteúdos
Foto: Getty Images

Com informações rápidas em 140 caracteres e com uma infinidade de imagens, vídeos e links online, o maior desafio dos educadores atualmente é criar mecanismos que prendam a atenção dos alunos nos conteúdos escolares. Alguns professores perceberam que a solução para conquistar os estudantes é levar a sala de aula para o principal meio de socialização dos jovens: as redes sociais.

Enquanto o professor explica o conteúdo no quadro negro, os alunos recebem pelo microblog Twitter atualizações com links de imagens e vídeos relacionados ao que é ensinado. Depois, os alunos têm a tarefa de buscar informações adicionais e tuitar a descoberta para o educador. Assim, a escola vence as fronteiras da sala de aula e proporciona a estudantes e professores interagirem presencial e virtualmente.

O cenário descrito acima é considerado ideal para José Armando Valente, pesquisador do Núcleo de Informática Aplicada à Educação da Universidade de Capinas (Unicamp). Segundo ele, é nas redes sociais que os jovens buscam notícias, atualizações e também se relacionam com amigos. Por que não fazer uso deste meio para que eles socializem com os professores e busquem informações sobre os conteúdos aprendidos em sala de aula?

Muitos profissionais decidiram colocar a ideia em prática e acabaram conquistando a atenção dos alunos. É o caso de Roberto Carlos de Souza, professor de literatura que criou um concurso de "twitteratura" na escola Crescer PHD, de Vitória (ES). O projeto, aplicado nas turmas de ensino fundamental, consistia em publicar pequenos contos de 140 caracteres no Twitter. "Antes de realizar a atividade, eu dei duas aulas sobre redes sociais e expliquei a diferença da linguagem e da escrita utilizadas na sala de aula para aquelas usadas nas redes sociais", afirma o educador.

 

Fonte: http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5215388-EI8266,00.html

domingo, 12 de junho de 2011

ONU declara acesso à Internet como direito humano

A Organização das Nações Unidas (ONU) publicou, na última semana, um novo relatóriosobre promoção e proteção do direito à liberdade de opinião e expressão. No documento, a instituição ressalta que desconectar as pessoas da Internet é um crime e uma violação dos direitos humanos.
Impedir o acesso à informação pela web infringe, segundo a ONU, o Artigo 19, parágrafo 3, do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, de 1966. De acordo com o Artigo, todo cidadão possui direito à liberdade de expressão e de acesso à informação por qualquer tipo de veículo.
O parágrafo 3 até considera a hipótese de aqueles que tiverem transgredido algum tipo de lei, envolvendo meios de comunicação, possam sofrer restrições específicas. No entanto, não totais e apenas se as transgressões colocarem em risco os direitos e reputações de outras pessoas ou a segurança nacional.
A produção do relatório, feita pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU e o site Mashable, foi motivada por novas leis aprovadas na França e na Inglaterra que excluem da Internet pessoas consideradas como infratoras de direitos autorais.
O documento também explica que outros países já bloqueiam conteúdos específicos na rede para seus cidadãos. Em alguns casos, os denominados infratores foram excluídos totalmente do acesso à Internet. Mas, para a ONU, não importa qual o crime cometido – violação de direitos autorais ou intelectuais –, todo ser humano ainda deve ter o direito de continuar com acesso à informação e à Internet.
Por meio do relatório, a ONU pede aos países que revejam suas leis contra pessoas que tiverem cometidos violações de direitos autorais ou intelectuais e as punições adotadas, para que elas não contrariem as diretrizes divulgadas no documento da organização.
Estado e Internet
Uma empresa de monitoramento da Internet identificou, na última semana, que dois terços do acesso à rede na Síria está bloqueado, segundo o site da revista Wired.
O relatório da ONU destaca que nenhum Estado pode interromper o acesso à Internet, nem mesmo em situações de crises políticas, sejam internas ou externas. A web tem sido utilizada para a livre expressão da sociedade a favor ou contra determinados assuntos.
Um fato de grande manifestação popular via web que ganhou repercussão mundial ocorreu em 2009, durante as eleições no Irã, quando o presidente Mahmud Ahmadinejad foi considerado reeleito. No período, os meios de notícias foram proibidos de trabalhar no país. Então, as denúncias de repressão aos eleitores favoráveis ao opositor Mir Hussein Mousavi e de fraude nas eleições passaram a surgir na Internet.

*Com informações do blog Oceanogeek e da Unesco

Publicado em http://aprendiz.uol.com.br/content/nefrojoswo.mmp 08/06/2011

domingo, 29 de maio de 2011

Presas em casa, crianças estão mais fracas

 

 O Globo

RIO - Uma infância dominada por videogames, TV e computadores está deixando toda uma geração de crianças mais fraca, como comprovou, pela primeira vez, uma pesquisa realizada no Reino Unido. O estudo, liderado por Gavin Sandercock, especialista em educação física de crianças da Universidade de Essex, comparou em 2008 o desempenho em atividades comuns de um grupo de 315 meninos e meninas britânicos de 10 anos com o de outro grupo de 309 da mesma idade em 1998 e constatou que a nova geração não consegue realizar os exercícios com a mesma facilidade ou desempenho.

De acordo com o artigo publicado no periódico "Acta Paediatrica", as crianças de 2008 fizeram menos abdominais, foram menos capazes de sustentar o peso do próprio corpo segurando uma barra e apresentaram força menor nos braços e na empunhadura do que as avaliadas 10 anos antes. Segundo os pesquisadores, as crianças da nova geração realizaram um número 27,1% menor de abdominais; tiveram uma queda de 26% na força dos braços e de 7% na empunhadura; e uma em dez não conseguiu se segurar na barra e sustentar o próprio peso, contra uma em cada 20 em 1998.

- Isso provavelmente é fruto de mudanças nos padrões de atividades das crianças de 10 anos, como participar menos de exercícios de subida em cordas nas aulas de educação física nas escolas e trepar em árvores apenas por diversão - disse Sandercock. - Estas atividades tipicamente aumentavam a força das crianças, fazendo com que elas fossem, por exemplo, capazes de levantar e sustentar seu próprio peso corporal.

O fato de 10% das crianças não terem conseguido passar pelo teste da barra e de outros 10% nem terem tentado foi "realmente chocante", reconheceu o pesquisador:

- Isso provavelmente mostra que escalar e segurar o próprio peso era algo que elas nunca tinham feito antes.

Pesquisas anteriores já haviam demonstrado que as crianças estavam ficando com uma forma física pior, menos ativas e mais sedentárias, e, em muito casos, mais pesadas. Mas o novo estudo também revelou que, em média, a geração de 2008 tinha o mesmo índice de massa corporal daquela da década anterior. Para Daniel Cohen, da Universidade Metropolitana de Londres e outro autor do artigo, isso significa que, dada a queda na força, os corpos das crianças do grupo mais recente têm mais gordura e menos músculos do que os das crianças do grupo anterior.

- Isso é realmente preocupante do ponto de vista da saúde delas - considerou. - Se, por um lado, é uma boa notícia que o índice de massa corporal não tenha aumentado, por outro é ruim saber que, quilo por quilo, elas estão provavelmente carregando mais gordura.

Diante dos resultados, os cientistas querem que o governo britânico diminua sua confiança no Programa Nacional de Medição de Crianças, que faz um levantamento regular do índice de massa corporal dos alunos do ensino fundamental do Reino Unido, e comece a realizar testes físicos nas escolas do país.

- Trepar em árvores e subir cordas costumava ser uma atividade padrão das crianças, mas as autoridades escolares e a cultura da superproteção se uniram para tirar o vigor de nossas crianças - avaliou Tam Fry, da Fundação para o Crescimento das Crianças, organização filantrópica britânica voltada para questões do desenvolvimento físico infantil. - Cair de um galho costumava ser uma boa lição para aprender a dar a volta por cima e a subir melhor numa árvore. Agora, o medo de processos judiciais nos faz impedir as crianças de subirem nas árvores em primeiro lugar.

Segundo Fry, as escolas do país promovem duas horas de atividade física por semana para as crianças, enquanto elas deveriam estar praticando pelo menos uma hora por dia. Ainda assim, ele discorda dos autores do estudo quanto à necessidade de instituir testes de aptidão física.

- Os testes podem ou não ser apropriados, mas Sandercock não devia desencorajar o uso dos levantamentos do índice de massa corporal - disse.

Já uma porta-voz do Departamento de Saúde do Reino Unido afirmou que o governo implementou diversos programas de promoção de estilos de vida mais saudáveis entre os jovens e que pesquisas sobre saúde no país indicam um aumento no nível de atividades físicas.

- O Departamento de Saúde não tem planos de introduzir testes de aptidão física para crianças - acrescentou.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2011/05/29/presas-em-casa-criancas-estao-mais-fracas-924558067.asp#ixzz1NkoJLmSe
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domingo, 22 de maio de 2011

Cientistas analisam o cérebro de crianças para estudar dislexia

A dislexia é uma condição que, em termos gerais, dificulta a capacidade de interpretação de linguagem de uma pessoa. Erros como a troca de letras (“d” por “b”) ou números (“5” por “2”) são comuns para os que sofrem da doença.

Ela é também chamada de transtorno do desenvolvimento da leitura, pois o cérebro não reconhece ou processa símbolos corretamente. As crianças com esta condição podem achar a compreensão de leitura difícil porque não se conectam com as letras e sons, portanto não podem reconhecer bem as palavras.

Agora, cientistas fizeram progressos na compreensão do que acontece no cérebro de uma pessoa com dislexia, o que não é bem compreendido. Novas pesquisas sugerem que pode ser possível dizer a partir de uma varredura do cérebro se a habilidade de leitura de uma criança com dislexia irá melhorar ao longo de alguns anos.

As descobertas vêm junto com a tendência geral da medicina personalizada, em que testes genéticos, exames cerebrais e outros podem ajudar a prever cada vez mais as condições para as quais um determinado indivíduo está em risco.

Algumas crianças com o transtorno podem “compensar”, ou ler quase normalmente, mas talvez mais lentamente do que os outros, na idade adulta. É difícil saber quem será capaz de melhorar as habilidades de leitura ao longo do tempo, e quanta ajuda extra é necessária.

Um estudo com 25 crianças disléxicas e 20 crianças sem dislexia usou imagens cerebrais para responder a esta pergunta. Os pesquisadores encontraram uma maior ativação e conectividade no hemisfério direito do cérebro em crianças disléxicas que mostraram a maior melhoria em leitura após 2 anos e meio.

Em geral, grande parte da compreensão da linguagem que se passa no cérebro acontece no hemisfério esquerdo, mas há algum envolvimento do hemisfério direito também. O estudo sugere que pessoas com dislexia que passam a ler de forma razoavelmente normal estão usando uma parte do hemisfério direito em tarefas de leitura mais do que a pessoa média.

Se amplamente divulgada, este tipo de varredura do cérebro pode ser um complemento importante para as avaliações – com base na leitura e comportamento – já disponíveis para o diagnóstico de dislexia. Se a ressonância magnética se tornar mais útil e banal, o custo (hoje alto) por varredura diminuiria.

Especialistas dizem que a varredura pode fornecer informações úteis, mas não destaca os fatores ambientais, como a qualidade do ensino em sala de aula da criança, que possam contribuir para os problemas de leitura.

Além disso, os pais de crianças disléxicas lembram que é ruim deixá-las ansiosas com mais testes, que podem desanimá-las e piorar seu desconforto em relação a sua incapacidade.

De qualquer forma, os resultados da pesquisa são premiliares, e estudos com amostras maiores precisam ser feitos para confirmar padrões.

Outro estudo recente descobriu que alguns disléxicos podem ter uma maior compreensão do espaço, apesar de uma deficiência na linguagem.

A pesquisa envolveu 20 voluntários com dislexia e 21 participantes sem a condição, e testou como as pessoas identificam formas, navegam em um ambiente virtual, e realizam outras tarefas que envolvem raciocínio espacial. Os homens disléxicos tinham mais habilidades visuais-espaciais.

Os pesquisadores acreditam que isso é uma coisa boa: eles podem criar projetos, pois geralmente podem visualizar as coisas de forma muito clara. É uma habilidade que lhes dará muitas oportunidades.

Devido a isso, letras e números tridimensionais, talvez feitos de plástico ou de barro, podem ajudar uma criança disléxica a entender melhor as formas. Segurar um “7″ na mão vai ajudá-las a confundi-lo menos com um “V”.

A intervenção mais importante é um ensinamento direto e explícito da fonética, ou como os símbolos correspondem a sons. Os cientistas também dizem que quanto mais cedo a dislexia puder ser detectada, melhor.

A personalidade da criança, entretanto, também pesa. Alguns persistem, apesar da frustração, melhor do que outros. Os pais devem falar com psicólogos sobre o melhor plano de ação para o seu filho.

Quanto ao caso de adultos que não sabiam que tinham dislexia, é mais complicado. Uma pessoa que passou por essa situação fez um treinamento em um centro de desenvolvimento de aprendizagem aos 34 anos. Para ele, usar computadores para escrever ajudou tremendamente, especialmente a verificação ortográfica ou correção automática. [CNN]

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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Aulas de educação física melhoram rendimento escolar. Para o corpo e para a mente.

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Diminuir as atividades físicas e recreativas para que os estudantes fiquem mais tempo na sala de aula, em vez de melhorar as notas, tem um impacto negativo sobre o aprendizado.
A revelação foi feita durante a reunião anual das Sociedades Acadêmicas Pediátricas, que está se realizando em Denver, nos Estados Unidos.
O estudo reforça as evidências de que as atividades físicas são benéficas não apenas para o corpo, mas também para a mente.
Atividades físicas criativas
Kathryn King e Carly Scahill, pediatras do Hospital Infantil da Universidade da Carolina do Norte, testaram um programa de atividades físicas entre crianças do primeiro ao sexto ano, todas apresentando notas abaixo da média.
Antes do programa, as crianças tinham uma única sessão de atividades físicas de 40 minutos, uma vez por semana. As aulas de educação física foram estendidas para toda a semana - 40 minutos por dia, cinco dias por semana.
Mas não se trata apenas de correr, saltar ou fazer polichinelos. O programa envolve atividade de treinamento de movimentos, como traçar formatos no chão com giz ou dar nomes às cores de cada degrau enquanto saltam para baixo ou para cima por uma escada colorida.
Crianças maiores também participaram de exercícios monitorados em aparelhos, como uma esteira que mostrava noções de geografia enquanto a criança corria ou uma parede de alpinismo cujos números vão mudando conforme a criança ascende na escalada.
Mente sã em corpo são
As pesquisadoras compararam as notas dos estudantes em testes padronizados antes e depois do programa de atividades físicas.
Os resultados mostraram que o tempo investido nas atividades físicas e lúdicas tem bom retorno.
O percentual de estudantes que atingiu a nota mínima passou de 55% antes, para 68,5% depois da participação no programa.
.........................................

Fonte do texto em português  Diário da Saúde

Notícia original no Sciencedaily  http://www.sciencedaily.com/releases/2011/05/110501183653.htm

Para assistir ao vídeo do Dr. King e Dr. Scahill discutindo a pesquisa:
http://etl2.library.musc.edu/video/scahill_king/study.html
Texto original
http://www.aap.org/advocacy/releases/pas2011/movementsun.pdf

quinta-feira, 21 de abril de 2011

A recuperação escolar sob investigação científica

 

Na época do colégio, muitos experimentam a sensação de chegar ao final de uma disciplina e não obter a nota suficiente para passar de ano. Solução? O período de reforço do aprendizado conhecido como “recuperação”, verdadeiro pesadelo para alguns!

Para o desespero dos que esperneiam dizendo que não necessitam de reforço, ou que o reforço não adianta nada, um artigo na revista Neuron de dezembro de 2009 apresenta justamente os benefícios para o cérebro dos alunos que passam por tal período de remediação.

Timothy Keller e Marcel Just, da Universidade Carnegie Mellon em Pittsburgh, EUA, recrutaram crianças em idade escolar com nível de leitura baixo e os separaram em dois grupos: um deles recebeu somente o ensino formal, enquanto o outro passou adicionalmente por aulas de reforço direcionadas para melhorar a capacidade de decodificar fonemas. Comparada às duas semanas usuais de duração da recuperação escolar, a recuperação no estudo foi anormalmente longa: os alunos passaram por 100 horas de estudo remedial, distribuídos em 6 meses, com aulas diárias de 50 minutos, 5 vezes ao semana.

Em crianças com dificuldades de leitura, já havia sido observada uma redução da substância branca semioval do cérebro, que é a porção da substância branca onde se encontram as fibras que conectam os lobos frontal, parietal e temporal, trocando informações necessárias para a leitura. Essa redução pode resultar tanto de uma deficiência de mielinização quanto de uma redução da espessura das fibras ou até do seu número. Com uma menor conectividade entre os lobos cerebrais, a leitura ficaria prejudicada.

Em comparação, Keller e Just observaram que, ao fim dos seis meses do estudo, os alunos submetidos ao programa de recuperação, e somente eles, tiveram um aumento da substância branca semioval. O aumento ocorreu no sentido do envoltório das fibras, o que leva a crer que o efeito da recuperação é um espessamento da bainha de mielina dos axônios da substância branca, que confere isolamento elétrico aos impulsos nervosos que trafegam pelos axônios, tornando a transmissão de sinais mais rápida e fidedigna – o que provavelmente facilita a leitura. De fato, as crianças que fizeram a recuperação, e não as outras, tiveram uma melhora na capacidade de decifrar palavras.

Ou seja: ficar em recuperação pode ser um sofrimento – mas, se serve de consolo, ela é sim capaz de mudar o cérebro! (PfMRI, 10/03/2010)

Fonte: Keller AT, Just MA (2009). Altering Cortical Connectivity: Remediation-Induced Changes in the White Matter of Poor Readers. Neuron. Dec;64(5): 624-631.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Solidariedade a E.M. Tasso da Silveira


Ontem foi um dia muito triste para toda a Comunidade Escolar da Prefeitura do Rio de Janeiro.A tragédia que abateu a todos da E.M. Tasso da Silveira também deixou a todos nós chocados tristes,consternados...Mas temos que seguir em frente.Temos que buscar forças em nosso alunos , nos nossos companheiros de trabalho e nas famílias!Quero demonstrar a minha solidariedade como professora da Rede Municipal do Rio de Janeiro e como mãe de dois alunos também desta Rede.Desejo muita Luz a estas famílias que perderam seus filhos!

Profª Fatima Costa

domingo, 20 de março de 2011

Um laptop para cada aluno:inciativa do Governo Federal comentada por professora da UFRJ

Em entrevista ao Canal Futura, Cristina Haguenauer, Professora da Escola de Comunicação da UFRJ e Coordenadora do LATEC(Laboratório de Pesquisa em Tecnologias da Informação e Comunicação da UFRJ), comenta a iniciativa do Governo em oferecer um laptop para cada aluno.

terça-feira, 15 de março de 2011

OPINIÃO: EDUCAÇÃO, CIDADANIA E CONSUMO

''As crianças saem da escola sabendo resolver equações álgebras, porém, não sabem comparar e entender taxas de juros de interesse das empresas'', afirma Maria de Lourdes Coelho

* Maria de Lourdes Coelho
A ideia de desenvolver um Projeto de Educação Consumerista tem origem no surgimento do “analfabetismo do consumidor”, que mostra a falha de muitos sistemas de Educação na preparação dos estudantes para o mundo real.
As crianças saem da Escola com habilidade para escrever um ensaio sobre Napoleão, mas não sabem escrever uma simples carta a um fabricante de bicicletas que apresentam defeitos; sabem resolver equações álgebras, porém, não comparam e entendem taxas de juros de interesse das empresas.
Esta Educação inapropriada causa danos entre as pessoas nos países em desenvolvimento. A grande maioria ignora o que são direitos e responsabilidades, também desconhecem como se exerce o controle social e sua inserção no sistema. Esta Educação desligada da realidade do cidadão dá vazão ao analfabetismo do consumidor, representando uma transgressão da dignidade humana e a destruição dos direitos sociais e econômicos.
Reconhecendo esta Educação errônea, organizações mundiais de consumidores promovem aEducação consumerista como uma resposta essencial às necessidades reais dos consumidores numa sociedade global tecnicamente avançada.
Mas não só as entidades de defesa do consumidor devem desenvolver e estimular Programas de Educação para o Consumo.
Os governos que se consideram democráticos têm o dever legal e ético de oportunizar um projeto educativo que possa encorajar as pessoas a agirem como consumidores capazes de fazerem escolhas adequadas, conscientes de seus direitos e responsabilidades.
Observando-se que em tais projetos deve ser dada uma especial atenção às reais carências de consumidores nas áreas urbanas e rurais, incluindo consumidores de baixa renda e aqueles de níveis baixos ou inexistentes. Projetos específicos de área rural devem ser capazes de mobilizar o consumidor no sentido de fazê-lo pensar a questão do meio ambiente, turismo rural agregado e outros.
Da mesma forma, observamos que a preservação ambiental é responsabilidade também urbana. Não se trata simplesmente de criar uma nova disciplina, mas fazer com que temas como escolhas do consumidor, propaganda, dinheiro, poder de compra, saúde e hábitos de consumo sejam inseridos nas disciplinas já existentes.
Estaremos assim indo ao encontro de Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN-MEC), oportunizando ao  aluno /consumidor compreender a cidadania como participação social e política e perceber-se integrante e agente transformador da realidade social de nosso país.
Somente dessa forma poderemos realmente celebrar o Dia Mundial do Consumidor. Entretanto, é necessário um novo olhar para as relações de consumo, ou seja, o cumprimento de nossos deveres e direitos, principalmente o Direito de Educação e de Informação.
Sabemos que o consumidor que não tem acesso ao conhecimento está realmente excluído do processo social. Citando Gabriel Marcel, “vivemos num mundo que parece construído sobre a recusa de pensar, do refletir”.
O homem esqueceu do seu ser para se concentrar no ter. Nessa relação com o mundo, o homem passa a consumir e a ser um objeto do consumo, e não um sujeito de ação. Sentimos, então, cada vez mais a necessidade de uma Educação para a relação de consumo.
Com certeza, a vida Escolar se enriquece com a introdução de conteúdos contemporâneos. O aluno passa a se interessar pelo assunto; o professor se renova.
Contudo, não se trata de criar nova disciplina, mas de buscar recursos (fundamentação teórica e experiências concretas) no cotidiano para que o professor possa construir com seus alunos critérios para formar um cidadão mais crítico, mais atuante, que lute por seus direitos e tenha consciência de seus deveres, buscando assim encontrar respostas para sua própria satisfação.
*Diretora do Centro de Educação do Consumidor

Fonte: Zero Hora (RS)

sexta-feira, 11 de março de 2011

MEC amplia benefícios para estimular professor de escola pública a fazer curso superior


 

 

Cerca de 381 mil professores da educação básica – 16% dos que atuam em sala de aula – estão matriculados em cursos superiores, seja para conseguir o primeiro diploma ou complementar a formação. O Ministério da Educação (MEC) quer incrementar esse número e decidiu ampliar benefícios do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para profissionais que já atuam na rede pública.

Desde o ano passado, o programa permite a estudantes de cursos de licenciatura pagar o financiamento atuando em escolas da rede pública após a formatura. Cada mês trabalhado em regime de 20 horas semanais abate 1% da dívida – o que permite quitar o valor em oito anos e quatro meses sem custo financeiro.

A partir de uma portaria publicada no Diário Oficial da União, a medida será estendida a professores que já atuam na rede pública e querem cursar alguma licenciatura. Para aqueles que já estão na carreira, o tempo em que estiver fazendo o novo curso e trabalhando em escola pública passa a contar para o abatimento da dívida.

Levantamento feito pelo MEC em 2009 identificou que 600 mil professores que atuavam na educação básica não tinham a formação mínima adequada – ou não tinham diploma em nível superior ou eram formados em outra áreas que não as licenciaturas.

O cruzamento feito entre os dados dos censos da Educação Básica e Superior, que identificou 381 mil professores em busca do diploma, mostra que a maioria – 192 mil – está matriculada em cursos de pedagogia. Em seguida aparecem as licenciaturas em letras (44 mil), matemática (19 mil), história (14 mil), biologia (14 mil) e geografia (10 mil). Do total, 67% estão em instituições privadas.

De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, não é possível indicar se esses profissionais estão em busca de uma primeira ou de uma nova graduação. O MEC pretende depurar os dados para conhecer melhor esse público. “Mas os números nos surpreenderam positivamente. Nos dois casos [de o professor ter ou não nível superior], a busca pela formação é positiva”, disse.

Há ainda docentes matriculados em cursos que não são diretamente relacionados à prática pedagógica como direito (8 mil), administração (5 mil) e engenharia (3 mil).

Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 8 de março de 2011

INTERNET Como combater o vício na rede?

Educar

21/02/2011 12:13
Texto
Ligia Menezes

Foto: Claudia Marianno

Cada vez mais jovens se interessam pelo mundo virtual, deixando o real de escanteio. Internet em excesso, assim como álcool e drogas, pode viciar, causa abstinência, mas tem tratamento.

Seu filho chega da escola ao meio dia. A primeira coisa que faz é entrar no msn. Em seguida, almoça e se conecta a alguma rede social, que ele adora: manda recados para os amigos e joga os games oferecidos, até às três. Como se não bastasse todo o tempo que já passou online, decide pesquisar na rede o tema do trabalho que terá em classe na semana que vem (ou pelo menos é o que ele diz para você que fará). Às cinco, já com a vista cansada, ele liga o videogame na internet e joga com os amigos, conversando com eles por meio de um fone de ouvido - ele fala, inclusive, com gente que não conhece pessoalmente. Às oito vai jantar, faz rapidamente o dever de casa e volta para o msn, até a hora de dormir, depois de muita insistência sua...
Se a cena acima é comum em sua vida, você precisa entender mais sobre vício na rede, problema que tem se tornado mais comum do que imaginamos. "Estimamos que 10% dos usuários da internet já tenham se tornado dependentes", analisa o psicólogo Cristiano Nabuco de Abreu, coordenador do programa de Dependentes em Internet (www.dependenciadeinternet.com.br) do Hospital das Clínicas, em São Paulo. "Desses, 3% são jovens de até 16 anos", completa o psiquiatra infantil Fábio Barbirato, do Rio de Janeiro.
Afinal, qual é a linha entre o normal e o patológico quando o assunto é internet? Quais são os sintomas apresentados por essas crianças e adolescentes? Como tratar? Confira a seguir as dicas dos especialistas:
16 sintomas do vício:

1. Tem mais de cinco amigos virtuais, que não conhece pessoalmente;
2. Antes, vários amigos ligavam na sua casa para falar com ele, agora, isso é bem raro;
3. Fica irritado quando está há mais de uma hora sem internet;
4. Evita sair de casa quando é para ir a lugares sem computador;
5. Só fala dos jogos onlines, redes sociais e pessoas “virtuais”;
6. Mente a respeito do tempo que costuma passar conectado;
7. Vai mal na escola - as notas baixas começaram desde que ele passou a usar mais a internet;
8. Desobedece quando você o manda sair do computador - geralmente você precisa falar mais de 3 vezes e cada dia é preciso insistir mais;
9. Não tem motivação para fazer nada;
10. Está com a autoestima bem baixa;
11. Se tornou uma criança caseira e solitária;
12. Nega fazer as coisas que antes lhe davam muito prazer;
13. Se sente triste, ansioso ou deprimido na maior parte do tempo;
14. Adora frequentar lan houses e a conta fica bem cara! (Aliás, esse é o principal programa que ele faz);
15. Ele já chegou a passar mais de 10 horas online em um único dia.
16. Você já sentiu falta de alguns trocados quando seu filho vai para a lan house;

Fonte:http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/filho-viciado-em-internet-619457.shtml

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Xô , Dengue!

Exibir este vídeo nas salas de aula vai ajudar na conscientização dos alunos e torná-los multiplicadores de informação!


sábado, 12 de fevereiro de 2011


V Congresso Internacional da ABDA e IV Encuentro Latinoamericano de TDAH

V Congresso Internacional da ABDA e o IV Encuentro Latinoamericano del TDAHacontecerão juntos nos dias 4 e 5 de agosto de 2011, no Rio Sheraton Hotel & Resort. Esse evento organizado pela ABDA, em parceria com a Liga Latinoamericana del TDAH será, o maior evento de TDAH da América Latina. 
“TDAH um compromisso de todos” será o título desse evento que reunirá palestrantes nacionais e internacionais com palestras e workshops nos mais variados temas para médicos, psicólogos, profissionais de educação e saúde e portadores de TDAH e seus familiares.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Você precisa da educomunicação?

 

Rodrigo Ratier (rodrigo.ratier@abril.com.br). Com reportagem de Fernanda Salla

Como o próprio nome sugere, a educomunicação é uma área que se nutre dos saberes da Pedagogia e das Ciências da Comunicação. "Ela trata do uso das mídias no ensino, mas não só isso. Investigamos da crítica midiática à comunicação comunitária, da produção de vídeos com fins educativos à resolução de conflitos no ambiente escolar", diz Ismar de Oliveira Soares, professor da Universidade de São Paulo (USP) e responsável pelo lançamento da licenciatura em Educomunicação. O mercado, ainda incipiente, acena com oportunidades para além das escolas (veja o quadro à direita). Para os professores já na ativa, uma opção mais focada são as extensões e especializações, oferecidas por ONGs e universidades. Outra alternativa é o programa Mídias na Educação (abr.io/midia), ciclos de estudo a distância de 120 a 360 horas organizados pelo Ministério da Educação (MEC).
Onde atua o educomunicador

Ilustração: Pedro Hamdan

Local Escolas
Funções Consultor de novas tecnologias ou professor de áreas ligadas à Comunicação no Ensino Médio

Ilustração: Pedro Hamdan

Local Secretarias de Educação
Função Pesquisador em mídias e Educação, atuando no desenvolvimento de projetos para escolas

Ilustração: Pedro Hamdan

Local ONGs
Função Formador de comunicadores comunitários, coordenando a produção de jornais, vídeos e sites
Fonte: Professor Ismar de Oliveira Soares, da USP

domingo, 23 de janeiro de 2011

Concreto, abstrato e como são representados no cérebro


 

Por definição, concreto é o que se pode experimentar sensorialmente, enquanto abstrato, o oposto. Para entender como o cérebro representa esses tipos de conceitos, um artigo publicado na revista Human Brain Mapping em 2010 reuniu e analisou dados de 19 estudos de neuroimagem sobre como o cérebro lida com o abstrato e o concreto.

Lidar mentalmente com conceitos abstratos ativa mais fortemente o giro inferior frontal e o giro temporal médio, ambos do lado esquerdo, relacionados ao processamento verbal, do que conceitos concretos. Por outro lado, lidar com conceitos concretos aumenta a atividade no córtex precúneo esquerdo, giro para-hipocampal, cingulado posterior e giro fusiforme – áreas envolvidas com a percepção sensorial. O estudo sugere, portanto, que ambos os conceitos concretos e abstratos teriam uma representação comum verbal, enquanto os concretos teriam uma representação adicional por visualização mental, semelhante a uma experiência sensorial, mas que ocorre mesmo na ausência do estímulo externo.

A diferença de tratamento cerebral dedicado aos dois tipos de conceitos pode explicar como as palavras concretas são aprendidas mais cedo e reconhecidas mais rapidamente, por exemplo, graças à possibilidade de se formar imagens mentais desses conceitos: é mais fácil visualizar mentalmente um martelo do que a liberdade. (ACMAC, 25/05/2010)

Fonte: Wang J, Conder JA, Blitzer DN, Shinkareva SV (2010) Neural representation of abstract and concrete concepts: A meta-analysis of neuroimaging studies. Human Brain Mapping 27.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Conferência Online de Informática Educacional

O BRINCAR COMO AUXÍLIO NO COMPORTAMENTO DA CRIANÇA AUTISTA

 

A brincadeira é a linguagem das crianças. Pela brincadeira se pode aprender a interação social, trabalhar a atenção, seqüências, habilidades, solucionar problemas, explorar sentimentos, desenvolver causa e efeito, estimular a criatividade. Com a falta de interação social, comunicação e problemas no comportamento, muitos autistas vão necessitar de ajuda para estabelecer uma relação com outras crianças e muitos não sabem brincar, o que precisa ser ensinado.

Para começar escolha algo que funcione com o autista, o que chamaria a sua atenção (dinossauros, tubarão, fadas, jogos, bola). Deixe a criança iniciar a brincadeira, fazer uma escolha. Se a criança recusar a sua presença na brincadeira comece apenas observando-a brincar, depois introduza comentários ("nossa, este carro é bem veloz!"). Não se preocupe se a criança ignorar seus comentários, continue a introduzi-los aos poucos.

Ajude a criança a engajar-se na comunicação recíproca na brincadeira. Exemplo: a criança está brincando com um carrinho. Você pode pegar outro carro e dizer: "este carro amarelo corre melhor que o azul. Vou mostrar! Cadê o azul? Ah! aqui está". (Pegue o carro marrom e deixe a criança corrigir você). Cometa outros erros e comece uma corrida de carros com isso.

Quando a criança estiver confortável em brincadeiras recíprocas, aumente a interação.

Exemplo: Ela só quer brincar de carrinho, pegue um brinquedo de animal e peça carona, depois reclame que o cachorro está com fome proteste e insista, com o tempo a criança vai parar e brincar de alimentar o cachorro. Aumente a brincadeira e encontre alguns amigos para o lanche, como o elefante, leão, e outros, alargando o horizonte e os interesses da criança. Se for muito sobrecarregado para a criança este passo, volte um pouco para traz.

Evite questionamentos e direcionamentos. Muita estrutura e perguntas nesta hora podem inibir tanto a iniciativa da criança como o processo dela solucionar problemas. Quando a criança estiver se sentindo confortável com a brincadeira recíproca, você poderá direcionar a brincadeira para conceitos e seqüências que deseja trabalhar. Exemplo: Ela só brinca de carrinho e sempre os coloca na mesma ordem. Introduzindo o cachorro e novos problemas, a criança começará a dar atenção a outros brinquedos.

Brinque e interaja. Pretenda ser um dos brinquedos e explore isso. Exemplo: Ao invés de dizer "venha e me ajude a construir um forte", seja um personagem que está pedindo ajuda. Converse com os brinquedos. Quando a criança estiver acostumada com este tipo de brincadeira tente mudar sua estrutura. Exemplo: Se ele só quer brincar com o carro azul, peça para deixar que você brinque uma vez com o carro azul.

Se a atenção da criança for mínima, não puxe a brincadeira por muito tempo. O importante é ela aprender como é gostoso brincar com outras pessoas.

Não se preocupe se está fazendo certo ou errado. Se divirta com o processo. O único erro é não brincar ou não tentar interagir com a criança.

Fonte: Autism Asperger´s Digest Magazine

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Aprender a ler e escrever altera a forma de funcionamento do cérebro

Pesquisa mapeou, por meio de ressonância magnética, atividade cerebral de analfabetos e de alfabetizados na infância e na idade adulta e descobriu que área dedicada ao reconhecimento facial se torna ''especialista'' no reconhecimento de palavras

11 de janeiro de 2011 | 0h 00

Lígia Formenti e Alexandre Gonçalves - O Estado de S.Paulo

As mudanças provocadas pelo aprendizado da leitura não se limitam à melhora na qualidade de vida. Estudo conduzido pelo Centro Internacional de Neurociências da Rede Sarah, com a colaboração de cientistas de Portugal, França e Bélgica, demonstra que aprender a ler e escrever altera a forma de funcionamento do cérebro.

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Antonio Milena/AE-3/1/2009

Adaptação. De acordo com neurocientistas, hábito da leitura cria novas conexões cerebrais

"Há uma mudança nas redes neuronais da visão e da linguagem", afirma Lúcia Braga, presidente da Rede Sarah e coordenadora do trabalho. Os resultados indicam que o cérebro faz um rearranjo de suas funções ao iniciar o aprendizado da leitura. 

Uma área inicialmente dedicada ao reconhecimento facial se torna "especialista" no reconhecimento de palavras. Isso, no entanto, não significa que alfabetizados percam a capacidade de identificar rostos. Muito embora, nos testes, os analfabetos apresentaram um desempenho superior aos alfabetizados no reconhecimento de faces.

"Outras pesquisas precisam ser realizadas. Mas a nossa suspeita é de que, em pessoas alfabetizadas, o reconhecimento de rostos em parte seja transferido para outra região cerebral", disse Lúcia Braga.

Estímulos. A pesquisa analisou exames de ressonância magnética feitos em 63 voluntários. O grupo, formado por brasileiros e portugueses, teve a atividade cerebral mapeada enquanto era submetido a estímulos, como ouvir frases, ver palavras, rostos e outras imagens. Dos voluntários, 10 eram analfabetos, 22 haviam sido alfabetizados na idade adulta e outros 31 aprenderam a ler e escrever ainda na infância.

Os exames mostraram que o grupo de pessoas alfabetizadas apresentou uma atividade mais acentuada nas áreas do córtex associadas à visão.

Além disso, pesquisadores notaram que houve também um aumento das respostas do cérebro relacionadas à identificação de fonemas. "Isso de certa forma explica por que analfabetos não conseguem fazer a supressão do som de uma palavra: como anana de banana", contou Lúcia.

As mudanças nas redes neurais foram identificadas nas pessoas escolarizadas desde a infância e naquelas que aprenderam a ler na fase adulta.

"Os ganhos foram evidenciados nos dois grupos", explicou a coordenadora da pesquisa.

Essa "adaptação" do cérebro é explicada por Lúcia. "A escrita é algo relativamente novo na história da humanidade para ter influenciado uma mudança genética", disse. A saída encontrada pelo cérebro foi reciclar áreas anteriormente reservadas a outras funções para atender às novas demandas. "Quanto mais estudamos, mais conexões cerebrais nós temos", completa.

Para Lúcia, os resultados do trabalho reforçam a importância da leitura, uma espécie de "musculação", para o cérebro. "Vemos isso diariamente no trabalho de reabilitação feito no Sarah. Os resultados do trabalho são muito mais rápidos em pessoas que têm cérebro exercitado do que as que não têm."

A Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação é especializada em tratamento e pesquisa sobre paralisia cerebral, espinha bífida, traumatismo craniano, acidente vascular cerebral, doenças neuromusculares e problemas ortopédicos.

Ao todo, nove unidades integram a rede - um hospital e um Centro Internacional de Neurociências e Reabilitação, em Brasília, e unidades hospitalares em mais sete capitais.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Pais trocam material escolar para promover consumo consciente

Para evitar gastos, desperdício e ensinar o consumo consciente aos filhos, pais de alunos de escolas particulares de São Paulo têm organizado feiras para trocar livros, material escolar e até uniformes. Na Vila Madalena, zona oeste da capital, a Organização de Pais Solidários da escola Vera Cruz prepara para os dias 26, 27 e 28 de janeiro uma feira de distribuição dos materiais coletados ao longo de 2010. São livros didáticos, paradidáticos, pastas coloridas com o logo do colégio e uniformes.

Foto: Marina Morena Costa

Posto de coleta de doações na escola Vera Cruz

A ideia, batizada de Troca Solidária, começou no ano passado com poucos participantes. O projeto ganhou força em 2010 e arrecadou cerca de 200 livros didáticos, 100 pastas além de uniformes infantis. Denise Durand Kremer, mãe dos alunos Rafael, de 6 anos, e Sofia, 9, é uma das organizadoras da Troca e conta que o projeto foi motivado “pelo momento que o planeta vive” e para recuperar o sentido do coletivo. “Todo ano compramos toda a lista de material e livros, muitas vezes sem necessidade. Há um glamour em ter todo o material novo que é pura falta de consciência”, avalia.

Com o apoio da escola, a Organização de Pais Solidários enviou e-mails, distribuiu cartazes e pontos de coleta de material nas unidades do Vera Cruz. Os pais também promoveram palestras e discussões com a preocupação de estimular em seus filhos uma visão mais econômica e sustentável do mundo.

Foto: Marina Morena Costa Ampliar

Fernanda Salles explica para Glayds Atchabahian quais materiais podem ser doados

Glayds Atchabahian soube da iniciativa ao buscar na escola o filho Caio, de 6 anos. “Reciclagem é comigo mesma. Sinto que as coisas não se perdem. O que não serve mais pra gente serve para outras pessoas ou pode ser reciclado”, lembra. Daniela Padilha, mãe de Maria Clara, de 8 anos, participa da Troca Solidária e conta que a prática é uma rotina em sua casa: “Minha filha entende e é super atuante. Não só com o material escolar, mas com roupas e brinquedos também. Se não usa mais, ela passa adiante”.

Para Fernanda Salles, membro da Organização de Pais Solidários e uma das responsáveis pelo plantão de arrecadação dos materiais, a família e a escola devem trabalhar o consumismo. “Consumir com consciência precisa ser ensinado. O que se ensina na porta da escola é tão importante quanto o que é passado dentro de sala de aula”, aponta.

Perdidos valiosos

Casacos de grife, aparelhos eletrônicos, estojos repletos de canetas novas, livros didáticos abandonados. Um achados e perdidos extremamente rico e cada vez mais encorpado. Diante do pequeno cômodo embaixo de uma escada, repleto de materiais valiosos, Vilma Martins percebeu que havia algo fora da ordem na Escola Nossa Senhora das Graças, no Itaim Bibi, onde seu filho estuda. “Não acho normal um livro de R$ 100 ficar largado, esquecido o ano inteiro. Levei essa reflexão para os pais, para que eles se conscientizassem e discutissem com os filhos sobre o valor dos pertences”, conta.

Da indignação diante do abarrotado achados e perdidos, surgiu o LivroLivre. A Organização dos Pais do Gracinha (como a escola é chamada) criou o projeto de arrecadação de livros didáticos e paradidáticos. “O foco é o consumo consciente e a economia que os pais farão é um acréscimo. O mais importante é a reflexão sobre a utilização do material”, completa Maria Cecília Cesar Schiesari, membro da associação.

A escolha do nome e do logo do projeto foram feitas pelos alunos do Gracinha. O projeto arrecadou 2.300 livros ao longo de 2010, que serão distribuídos gratuitamente em uma feira no próximo dia 11 de janeiro. Cerca de 800 livros que não estão na lista de material foram doados para uma biblioteca mantida pela escola no Jardim Angela, na periferia de São Paulo.

Associações em escolas particulares de São Paulo promovem feiras de livros usados para discutir o consumo e, de quebra, economizar

Marina Morena Costa, iG São Paulo | 08/01/2011 07:05

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Livros didáticos do Rio deverão ter versões em formato digital

RIO - A partir de agora, livros técnicos e didáticos editados no estado do Rio também deverão ter à venda uma versão em formato digital acessível aos deficientes visuais. É o que determina a lei 5.859/11 publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial. As editoras têm 180 dias para adequar as novas publicações à lei, seja via download ou CD-Rom.

Para o Deputado Altineu Cortes (PR), autor do projeto e presidente da Comissão de Defesa das Pessoas com Deficiência da Alerj, isso vai facilitar e democratizar o acesso à educação já que muitos deficientes visuais, cegos ou com pouca visão, não leem em braile (sistema de leitura pelo tato).

- O braile é mais difundido entre aqueles que adquiriram a deficiência já na primeira idade, ou ainda na juventude. Felizmente, existem softwares livres que fazem a leitura de textos para quem não sabe a linguagem dos sinais - diz o parlamentar.

O Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) reconhece o propósito da lei, mas teme prejuízo.

- Somos a favor da lei, mas não temos nenhum estudo para saber qual a demanda desse tipo de produto. Pode ser um nicho de mercado ou não. O custo para converter um livro para o sistema digital é alto. Isso pode gerar um prejuízo à editora, que ainda tem o risco de sofrer alguma penalidade por não ter o produto disponível - justifica a presidente do SNEL, Sônia Machado Jardim.

Atualmente, uma portaria do Ministério da Educação (MEC) determina que todos os livros didáticos comprados pelo órgão também tenham sua versão digital distribuída de forma gratuita para as escolas. Metade do custo de produção desse material é pago pelo MEC.

Rodrigo Gomes

Publicado em O Globo Educação

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Governo aumenta em R$ 300 estimativa de investimento por aluno em 2011

04 de janeiro de 2011 | 12h 28

Agência Brasil

O valor mínimo previsto pelo governo para ser investido em cada aluno durante 2011 será cerca de R$ 300 a mais que o de 2010. A quantia passa de R$ 1.414,85 para R$ 1.722,05, de acordo com portaria ministerial da Educação e da Fazenda publicada no Diário Oficialda União.

Os recursos provém do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que deve ter uma receita de R$ 94,48 bilhões em 2011 – aumento de 13,7% em relação a 2010 (estimado em R$ 83,09 bilhões).

A contribuição dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios deve atingir R$ 86,68 bilhões. A complementação da União ao Fundeb corresponde a 10% desse montante, ou seja, R$ 8,66 bilhões.

Desse total, R$ 7,80 bilhões serão repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) a nove Estados que não devem atingir o valor mínimo anual por aluno com sua própria arrecadação: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco e Piauí.

Outros R$ 866 milhões estão reservados para complementar o pagamento do piso salarial de professores e financiar programas de melhoria da qualidade da educação.



www.estadao.com.br/noticias/educacao