terça-feira, 30 de novembro de 2010

Obras sobre a educação reúnem grandes autores do Brasil e do exterior

Terça-feira, 30 de novembro de 2010 - 11:36

O Ministério da Educação vai distribuir, entre dezembro deste ano e janeiro de 2011, a Coleção Educadores. Nela estarão reunidos 31 autores brasileiros e 30 pensadores estrangeiros que exercem influência sobre a educação nacional. Serão distribuídos 185 mil conjuntos da coleção em escolas públicas da educação básica, em bibliotecas de universidades, de faculdades de educação e públicas.
O lançamento faz parte das atividades de comemoração dos 80 anos de criação do MEC, celebrado no dia 14 último, e integra as iniciativas do governo federal de formação inicial e continuada de professores das redes públicas estaduais e municipais. Cada volume traz uma apresentação do ministro da Educação, Fernando Haddad, um ensaio sobre o autor, a trajetória de sua produção intelectual na área, uma seleção de textos — corresponde a 30% do livro — e cronologia. A última parte apresenta a bibliografia do autor e das obras sobre ele. Cada volume tem, em média, 150 páginas.
Na apresentação, Haddad explica que a coleção surgiu da necessidade de pôr à disposição dos professores brasileiros obras de qualidade para mostrar o que pensaram e fizeram alguns dos principais expoentes da história educacional e do pensamento pedagógico nacional e internacional. Divulgar e democratizar conhecimentos na área são objetivos da iniciativa do MEC.
Para a identificação e a escolha dos educadores que compõem a coleção, o ministro instituiu comissão técnica em abril de 2006. Coube aos integrantes dessa comissão estabelecer critérios e orientações para a execução dos trabalhos e fazer as recomendações à Editora Massangana, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), responsável pela edição dos textos. A publicação é uma iniciativa do Ministério da Educação em parceria com a Fundaj, órgão vinculado ao MEC, e com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). A distribuição ficará sob responsabilidade do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Divulgação — Uma série de atividades antecederá a chegada da coleção às escolas e mostrará aos professores a importância das obras. De dezembro deste ano a abril de 2011, a Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão do MEC responsável pelo Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica, promoverá ciclo de webconferências sobre cada um dos 61 autores. A Secretaria de Educação a Distância (Seed) do MEC vai apresentar, na TV Escola, uma série de documentários sobre esses educadores e o Centro de Memória da Educação e Cultura no Brasil, que funciona no Palácio Capanema, no Rio de Janeiro, organizará seminários sobre os autores.
Ionice Lorenzoni

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Horas e horas em frente ao PC? Veja como evitar problemas de saúde

Horas e horas em frente ao PC? Veja como evitar problemas de saúde

 

Medidas simples como alongamentos e educação postural podem previnir dores de cabeça, problemas de coluna e tendinite

Horas e horas em frente ao computador, posição incorreta e distância não indicada da tela do seu monitor podem ser uma bomba para a sua saúde. Mas não há como fugir, o micro já faz parte da rotina de muitos, como é o caso do programador Denis Moraes. Entre atividades do trabalho e da faculdade, ele chega a passar 17 horas em frente ao computador, o que já lhe rendeu sérios problemas.
“Uma época da minha vida eu trabalhava muito, acredito que postura errada, muito stress no trabalho, teve um dia que eu acordei e eu não conseguia me mexer, aí foi constatado que eu estava com meu nervo ciático inflamado”, conta Denis Moraes, programador.
Tendinites, bursites e problemas de coluna costumam surgir principalmente devido à posição incorreta do usuário em frente ao PC. Já os problemas de visão não costumam ser causados por seu uso, mas sim descobertos com ele.
“Até hoje não existe nenhuma doença conhecida desencadeada pelo computador, por outro lado, pessoas que têm alterações de visão, podem ter mais desconforto com o uso do monitor. Então, pessoas que tem problemas de visão, seja miopia, astigmatismo, pequenos estrabismos que passavam despercebidos, podem ser percebidos com o uso do  monitor”, explica o oftalmologista Flávio Vilella.
Além dos tratamentos como fisioterapia e acupuntura, os médicos indicam que o usuário mantenha sempre os cotovelos apoiados sobre a cadeira, coluna e pernas sempre retas, formando um ângulo de 90 graus. Praticar esportes para fortalecer a musculatura e fazer pausas durante o uso da máquina é outra dica.
“As pausas são muito importantes para a pessoa fazer um alongamento, soltar um pouquinho a musculatura. A cada uma hora, se a pessoa puder parar em torno de cinco a dez minutos, vai ser bastante benéfico para a pessoa não sobrecarregar a musculatura”, recomenda Ricardo Galotti, ortopedista.
Olhos secos e dor de cabeça são as maiores reclamações de quem passa muito tempo em frente ao pc. Além da lubrificação constante por meio de colírios, a dica é sempre manter o monitor 15 cm abaixo do nível dos olhos e ficar atento se há um constraste muito grande da iluminação da tela em relação ao ambiente. Ambientes mais homegêneos obrigam o usuário a forçar menos  a visão.
“Ambientes muito iluminados, que produzem reflexo na tela do monitor ou monitores que produzem uma iluminação excessiva, são mais desconfortáveis. Monitores antigos, ou monitores sem proteção de tela causam mais desconforto que monitores mais moderno com tela de cristal liquido”, diz Flávio Vilella.
Muitas empresas não respeitam ou mesmo desconhecem sua existência, mas existe uma lei que as obrigam a oferecerem ambientes favoráveis ao uso dos computadores. de forma a não comprometer a saúde de seus funcionários. Por isso, se você está sentindo algum desconforto, a primeira indicação é procurar ajuda médica e prestar atenção ao seu ambiente de trabalho.

sábado, 20 de novembro de 2010

A Escola também é sua

Sobre a Promoção

O Educar para Crescer quer identificar alguns dos milhares de cidadãos brasileiros engajados na causa da Educação de qualidade. Para isso, queremos conhecer a sua história.

Ajudar a pintar a escola para que os alunos tenham um ambiente de ensino mais agradável ou realizar um trabalho voluntário na escola da sua cidade. Estes são pequenos exemplos do que você, como cidadão brasileiro, pode fazer pela melhoria do ensino nas escolas do país.

Conte-nos o que você já fez ou faz por alguma escola brasileira e ganhe a oportunidade de ajudar mais um colégio.

Acesse todos os detalhes da promoção em:

http://educarparacrescer.abril.com.br/sua-escola/

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Um passarinho me contou...Uso do Twitter na Educação Básica

 

Claudemir Edson Viana *
Sônia Bertocchi **

Tecnologia inspirada em ditado popular

Quem ainda não ouviu falar em Twitter? Lançado em 2006, é uma das mídias sociais mais movimentadas no Brasil atualmente. Serviço gratuito, pode ser utilizado por qualquer usuário da Internet. Não exige convite e permite publicar textos de até 140 caracteres no máximo. É um microblog.
Pode ser que você não tenha ouvido falar no Twitter, mas o dito popular  "Um passarinho me contou..." você certametne conhece. Pois bem, entre o Twitter e esse dito há muito em comum. Veja: twit, um post do Twitter, pode significar: arreliar, censurar, repreender, zombar. Twitteiro é aquele que posta mensagens no Twitter, e significa o gorgeio, o trinado, o chilrear de um pardal. E, sabemos que, quando um passarinho canta, seus parceiros logo respondem... Ou seja: twittar é fazer barulho, ser ouvido, ser visto, ser notado, ser lido… enfim: INTERAGIR!

Twitter na escola – Por que não? Por que sim?


Clive Thompson, colunista da conceituada revista New York Times e da Wired tem uma fala (26/06/07) sobre o Twitter que impressiona - para não dizer assusta -  quem pensa em usar o recurso em sala de aula: "Twitter is the app that everyone loves to hate" (Twitter é o aplicativo que todo mundo adora odiar). Quando os planos são para usar o aplicativo em projetos educativos, há que se considerar sensivelmente essa fala e partir para uma análise mais cuidada desse app: suas características, atrativos, dificuldades, possibilidades e riscos.
Ainda no mesmo artigo, Clive Thompson faz uma aposta em relação ao futuro do Twitter: "Critics sneer at Twitter and Dodgeball as hipster narcissism, but the real appeal of Twitter is almost the inverse of narcissism. It's practically collectivist — you're creating a shared understanding larger than yourself. But here's my bet: The animating genius behind Twitter will live on in future apps. That tactile sense of your community is simply too much fun, too useful — and it makes the group more than the sum of its parts" (Críticos do Twitter dizem que ele explora um narcisismo moderno, mas o recurso real do Twitter é quase o inverso do narcisismo. É praticamente coletivista – você está criando uma compreensão compartilhada maior do que a sua própria. Mas aqui está a minha aposta: o gênio animador por trás do Twitter vai viver em aplicações futuras. Essa sensação tátil de sua comunidade é simplesmente muito divertida, muito útil – e torna o grupo maior que a soma de suas partes.)
Tendo como um dos atrativos principais a simplicidade da ferramenta e da sua proposta inicial, os usuários em geral têm se apropriado fácil e rapidamente do recurso e criado usos interessantes para o aplicativo. Um dos primeiros exemplos é o uso do Twitter como mídia jornalística, considerando o potencial comunicativo que a ferramenta apresenta.
Da mesma forma, esse mesmo potencial - aliado ao caráter colaborativo/cooperativo da ferramenta, à possibilidade de acesso rápido à informação, ao aumento das trocas culturais, ao poder de criação e síntese, às facilidades de uso e às inúmeras possibilidades de interação - é o que justificaria, para educadores,  seu uso em projetos educativos on line, especialmente em comunidades virtuais de aprendizagem, articulado às demais atividades do processo de ensino-aprendizagem promovidas na escola ou fora dela.
* Bacharel e licenciado em História (USP-1992), especialista em Educomunicação (USP-2003), mestre e doutor em Ciências da Comunicação pela ECA/USP (2000-2005) e gestor da comunidade virtual Minha Terra, do Portal EducaRede, desde 2007.
** Bacharel e licenciada em Letras (FFCLSanto André - 1973), master em Gestão e Produção de e-Learning pela Universidade Carlos III de Madrid, gestora de Comunidades Virtuais de Aprendizagem do Portal EducaRede Brasil.

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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Twitter chega à sala de aula como ferramenta para aprender técnica literária

Escola usa regra básica do microblog, o limite de 140 caracteres por mensagem, para que alunos desenvolvam narrativa e concisão em minicontos

Lais Cattassini, do Jornal da Tarde - O Estado de S.Paulo


Alunos do 8ª série do ensino fundamental Talissa Ancona Lopez, Pedro Rubens Oliveira e Davi Yan Schmidt Cunha (à dir.): literatura em microcontos
"O telefone tocou. Seria ele? O que ele queria? Ela já não havia dito que era o fim? Ela atendeu o telefone. Não era ele, era pior." Em apenas 140 caracteres, o permitido para cada post no microblog Twitter, adolescentes aprenderam, em sala de aula, a usar a rede social como plataforma para contar pequenas histórias como essa.

A técnica literária, conhecida como microconto, nanoconto ou miniconto, foi praticada pelos alunos do Colégio Hugo Sarmento no perfil @hs_micro_contos do Twitter.

Para escrever uma história coerente em tão poucas palavras, os estudantes tiveram de ficar atentos à narrativa, à concisão e ao sentido do que era postado, algumas habilidades já dominadas pelos adolescentes, acostumado com a rapidez da internet.

Embora o Twitter seja usado com mais frequência para relatos e comentários do cotidiano, não ficcionais, os microcontos já têm adeptos na rede social. Há perfis totalmente dedicados à técnica e usuários que costumam escrever mini-histórias, como a cantora Rita Lee (@LitaRee_real).

"Cada história precisava ter um começo, meio e fim. Não dava, por exemplo, pra ficar descrevendo o cenário", conta Pedro Rubens Oliveira, de 13 anos, que participou do projeto.

O professor de língua portuguesa do ensino fundamental Tiago Calles, que propôs o exercício na escola, conta que aproveitou os limites de espaço da rede para trabalhar a estrutura da narrativa e as poesias concretas, abordadas em aula, de uma maneira diferente. "O fato de envolver uma outra plataforma interessou os alunos, que se sentiram mais motivados", afirma.

Talissa Ancona Lopes, de 13 anos, conhecia pouco do Twitter antes de usar a plataforma na escola. "Tive um perfil por algum tempo, mas depois excluí", conta. Dona de perfis em outras redes sociais, ela encontrou uma nova utilidade para a rede. "É mais divertido aprender dessa maneira."

A diversão costuma estar associada às redes sociais. Segundo a assessora de tecnologia educacional da Escola Viva, Elizabeth Fantauzzi, os estudantes têm dificuldade para enxergar o Twitter como uma ferramenta de aprendizado. "Para eles, aquilo não pode ser usado em aula, mas é um material muito rico se for aproveitado com um sentido pedagógico", diz.

Tecnologia. Não só a familiaridade com a internet estimulou a exploração do tema em sala de aula, mas também a fluência na linguagem tecnológica dos alunos. Na Escola Viva, estudantes do fundamental fizeram um projeto em que usaram conversas por mensagem de celular para montarem micro-histórias.

"Os adolescentes têm fluência na linguagem digital. Cabe aos professores aproveitar isso e aplicarem em sala de aula", afirma Elizabeth.

A intenção das escolas é transformar a facilidade com a escrita da internet - com seus símbolos e abreviações - em habilidades também nas redações mais acadêmicas. No Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano passado, o desempenho dos estudantes na área de Linguagens e Códigos foi justamente o que mais deixou a desejar. Em nenhum colégio a média de 700 pontos - em uma escala que vai de zero a mil - foi atingida.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Contato com novas tecnologias deve acontecer na idade correta

Para muitos educadores, as novas tecnologias podem ser consideradas instrumentos eficazes de aprendizagem e desenvolvimento das crianças e dos jovens. Entretanto, para que o seu uso seja realmente benéfico, é importante que o contato com essas novidades tecnológicas aconteça na idade certa. Confira abaixo as orientações de especialistas a esse respeito.

0-3 anos

Fase de formação motora e visual. Os objetos devem estimular os sentidos. Brinquedos coloridos, que emitam sons e que possam ser levados à boca, são os ideais. A criança pode usar o computador, mas sempre acompanhada por um adulto

Dica

Alguns vídeos e sites infantis estimulam a percepção visual e auditiva das crianças. Exposição excessiva a essas ferramentas pode interferir no desenvolvimento motor, da visão, da fala e da criatividade, já que a capacidade de abstração pode ser afetada

3-7 anos

Idade do faz-de-conta. Jogos que simulam esportes estimulam imaginação, criatividade e agilidade, mas é preciso cuidado com excessos. A partir dos cinco anos, “brincar” com máquina fotográfica ajuda na noção do real e do virtual e aguça a coordenação motora

Dica

É preferível que as crianças brinquem em computadores com um tamanho comum de tela, e não menores, como nos computadores de brinquedo que diminuem a imagem, em vez de ampliá-la -o que é mais indicado para o aprendizado

7-10 anos

Fase da formação de grupos. A noção de amizade se intensifica e é comum dormir na casa de colegas. Nessas ocasiões, a criança pode receber um celular emprestado, para contatar os pais. Não se recomenda ter celulares antes da adolescência

Dica

Até os dez anos está se concluindo o processo de alfabetização. É importante que a escrita manual seja preservada. Trocar a leitura feita em livros pela tela do computador e aparelhos como iPad exige cuidados para não prejudicar a visão

10-12 anos

Os pré-adolescentes ainda precisam de orientação dos pais para o uso de computador, internet e TV. Conteúdo e tempo de exposição devem ser controlados. Jogos de estratégia e interativos são os mais recomendados, pois desenvolvem o raciocínio lógico e abstrato

Dica

É possível consultar na internet que jogos e filmes são inadequados para cada idade. Para conferir classificação indicativa, basta entrar no site do Ministério da Justiça (portal.mj.gov.br/classificacao)

12-15 anos

É nessa faixa etária que o uso do celular é mais aceito entre especialistas. Há mais consciência dos riscos, como contato com estranhos e gastos excessivos. O celular pode servir como ferramenta educativa, porém, ainda é visto com ressalvas por muitas Escolas, que proíbem seu uso na aula

Dica

Por ter informações sempre à mão, no celular, o jovem pode perder a capacidade de planejamento do seu dia a dia. É preciso, então, que tenham orientação contínua de pais e professores para que não descuidem de suas tarefas e mantenham a organização

15 em diante

Amadurecimento do conceito de vida em sociedade. Aptos a usar redes sociais como um instrumento de aprendizado e troca de conteúdo. É necessário valorizar os encontros presenciais e ter cuidado com o conteúdo postado nas redes _empresas buscam informações sobre candidatos a emprego também em sites de relacionamento

Dica

Em qualquer idade, é recomendável não utilizar o computador cerca de duas horas antes de dormir. O uso do equipamento prejudica o sono e, consequentemente, a capacidade de aprender. Dormir bem é importante para a consolidação de memórias e a organização cerebral

Fontes: Maria Beatriz de Oliveira, psicopedagoga da Unesp; Teresa Helena Ferreira, psicopedagoga da Unifesp; Neide Noffs, coordenadora do curso de psicopedagogia da PUC-SP; Ceres de Araujo, psicóloga da PUC-SP; Elvira Souza Lima, consultora em educação e pesquisadora em neurociência; Adriana Friedmann, educadora

Fonte: Jornal Folha de S. Paulo (SP)