quinta-feira, 23 de dezembro de 2010


Para todos que contribuem para o sucesso deste blog,para todos que acompanham as postagens, para os que visitam e compartilham... Desejo Muita Paz e Alegria neste Natal e no Ano de 2011.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Atividades físicas promovem bem-estar em crianças com limitações físicas

As brincadeiras no parquinho podem ser um evento desafiador para as crianças que começam a entender o significado de “fazer parte de uma turma”. Aquelas crianças com algum tipo de limitação, em especial, são impactadas ainda mais fortemente, pois ser aceito e valorizado por seus companheiros se torna algo ainda mais importante.

Atividades físicas promovem bem-estar em crianças com limitações físicasUm estudo feito por Nancy Spencer-Cavaliere, pesquisadora da Universidade de Alberta, EUA, e publicado no periódico Physical Activity Quarterly,entrevistou crianças com algum tipo de limitação física e mapeou seus sentimentos sobre a inclusão e a rejeição em atividades que incluíam recreação, jogos e algum tipo de esporte.

“As crianças eram convidadas a imaginar situações em que crianças fictícias – personagens criadas com os pesquisadores – tinham problemas parecidos com os delas”, descreve a pesquisadora. Nas histórias, o sentimento de rejeição por não serem convidadas – ou mesmo proibidas – para participar de um jogo ou brincadeira ficaram evidentes. “Isso só comprovou que esse tipo de ambiente é realmente desafiador para essas crianças, e pode influenciar no seu desenvolvimento saudável”, explica.

Até mesmo os professores se mostraram uma figura que poderia ajudar a aliviar esse sentimento de rejeição, porém as entrevistas mostraram que havia uma distância desses indivíduos quando era necessário chegar a uma resolução desse tipo de problema.

“Quando esse tipo de problema era resolvido de forma apropriada, os sentimentos relacionados pelos participantes eram de ‘legitimação’”, indica Spencer-Cavaliere. “Fazer parte do jogo ou da brincadeira trazia à tona o sentimento de que elas tinham valor”, diz.

Outro ponto importante analisado pela pesquisa foi o quanto os círculos sociais eram importantes para essas crianças. Ter alguém em quem confiar, para elas, permitia que tivessem menos preocupações com suas performances e maior foco no prazer do jogo ou da brincadeira, momentos que eram descritos como muito excepcionais e que aumentavam o sentimento de bem-estar físico e mental.

“É interessante que quando se discute inclusão, dificilmente as pessoas mencionam a educação física como algo importante”, diz a pesquisadora. “Isso pode indicar que as pessoas não consideram isso algo inclusivo ou que a inclusão seja pensada por adultos e as brincadeiras fazem parte do mundo das crianças, e apenas elas devem decidir as regras sobre esse tipo de comportamento” aponta Spencer-Cavaliere.

Esse tipo de atitude – deixar as crianças regularem as regras para brincadeiras e jogos – pode comprometer as crianças com algum tipo de limitação física, pois elas acabam dependendo de indivíduos não necessariamente maduros ao ponto de entender e promover a integração com as pessoas diferentes.

“Todas as crianças precisam se sentir incluídas, independentemente de terem ou não limitações físicas, e as escolas precisam ensinar as crianças a fazer escolhas legítimas nessa direção, experimentando variações nas atividades físicas e não se limitando a reproduzir regras preestabelecidas”, finaliza.

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com informações do Physical Activity Quarterly

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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Estímulos na infância levam jovem com síndrome de down a fazer pós

Pais apostaram em exercícios e na inclusão em escolas comuns.
Hoje, aos 29 anos, Ana Carolina Fruit conquistou independência financeira.

Do G1, em São Paulo

Estímulos físicos, motores e neurológicos feitos pelos pais durante a infância da portadora de síndrome de down Ana Carolina Fruit, de Joinville, em Santa Catarina, foram decisivos para determinar o futuro da garota. Hoje, aos 29 anos, a jovem tem pós-graduação, que completou no ano passado, trabalha em uma multinacional e conquistou a independência financeira.

Com síndrome de down, Ana Carolina Fruit chegou à pós-graduaçãoAna Carolina Fruit, de 29 anos, ao lado da mãe, Gina Fruit (Foto: Jessé Giotti/A Notícia/Agência RBS)

Apaixonada por crianças, a jovem se formou em pedagogia e depois se especializou em educação infantil. Desinteressou-se pelo trabalho na área após alguns estágios. “Tem que ter paciência, lidar com os pais, que parece o mais difícil”, afirmou. Na empresa em que trabalha, Ana Carolina já passou por várias áreas e agora está no setor comercial.

Quem conversa com ela por telefone percebe uma ótima dicção e articulação perfeita entre palavras e ideias. A evolução intelectual foi fruto de intensos exercícios feitos pelos pais com a garota dos 6 aos 9 anos sob orientação médica.

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“Era uma programação bem intensa. Rastejava, engatinhava, corria. Tinha estímulo dos cinco sentidos. Dou graças a Deus”, afirmou Ana Carolina, que fazia ainda jazz e natação como atividades extracurriculares.

A rotina, que incluía exercícios motores e lúdicos, era toda voltada ao desenvolvimento da filha, segundo a mãe da jovem, Gina Fruit, de 52 anos, que abandonou o trabalho como professora de educação física para cuidar da filha. “Era cansativo e desgastante. Às vezes, ela sofria, chorava, mas depois vimos o resultado”, disse Gina.

O programa seguido por Ana Carolina foi criado nos Estados Unidos na década de 1950 pelo fisioterapeuta Glenn Doman e é desenvolvido no Brasil pelo Instituto Véras, no Rio de Janeiro. De acordo com a diretora do instituto, Conceição Véras, que é professora especializada em reabilitação, os estímulos motores e sensoriais, como contrastes luminosos, sons, contraste entre calor e frio, buscam a organização cerebral. "Entendemos a síndrome como causadora de uma desordem das funções cerebrais", disse Conceição.

Os exercícios têm alta frequência, intensidade e baixa duração. São feitos durante um a dois minutos dez a doze vezes por dia. "O propósito é ajudar a criança a ter um desenvolvimento normal, como o de qualquer criança. O programa faz com que tenha necessidade de se moviemntar", disse Conceição. O tipo de exercício a ser feito e a forma e a duração depende de cada caso. "A evolução depende da criança, do ambiente e da família", disse. O instituto cobra para desenvolver o programa com a família.

Questionada, Ana Carolina diz que as épocas da escola, que fez inteira em turmas comuns, da faculdade e da pós foram tranquilas. “Nunca percebi preconceito. Tinha um relacionamento legal com meus colegas e professores”, afirmou.

Atualmente, a jovem é independente e mora com os pais porque quer. “Ela ganha mais do que muito pai de família. Está feliz e realizada”, disse Gina.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Obras sobre a educação reúnem grandes autores do Brasil e do exterior

Terça-feira, 30 de novembro de 2010 - 11:36

O Ministério da Educação vai distribuir, entre dezembro deste ano e janeiro de 2011, a Coleção Educadores. Nela estarão reunidos 31 autores brasileiros e 30 pensadores estrangeiros que exercem influência sobre a educação nacional. Serão distribuídos 185 mil conjuntos da coleção em escolas públicas da educação básica, em bibliotecas de universidades, de faculdades de educação e públicas.
O lançamento faz parte das atividades de comemoração dos 80 anos de criação do MEC, celebrado no dia 14 último, e integra as iniciativas do governo federal de formação inicial e continuada de professores das redes públicas estaduais e municipais. Cada volume traz uma apresentação do ministro da Educação, Fernando Haddad, um ensaio sobre o autor, a trajetória de sua produção intelectual na área, uma seleção de textos — corresponde a 30% do livro — e cronologia. A última parte apresenta a bibliografia do autor e das obras sobre ele. Cada volume tem, em média, 150 páginas.
Na apresentação, Haddad explica que a coleção surgiu da necessidade de pôr à disposição dos professores brasileiros obras de qualidade para mostrar o que pensaram e fizeram alguns dos principais expoentes da história educacional e do pensamento pedagógico nacional e internacional. Divulgar e democratizar conhecimentos na área são objetivos da iniciativa do MEC.
Para a identificação e a escolha dos educadores que compõem a coleção, o ministro instituiu comissão técnica em abril de 2006. Coube aos integrantes dessa comissão estabelecer critérios e orientações para a execução dos trabalhos e fazer as recomendações à Editora Massangana, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), responsável pela edição dos textos. A publicação é uma iniciativa do Ministério da Educação em parceria com a Fundaj, órgão vinculado ao MEC, e com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). A distribuição ficará sob responsabilidade do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Divulgação — Uma série de atividades antecederá a chegada da coleção às escolas e mostrará aos professores a importância das obras. De dezembro deste ano a abril de 2011, a Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão do MEC responsável pelo Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica, promoverá ciclo de webconferências sobre cada um dos 61 autores. A Secretaria de Educação a Distância (Seed) do MEC vai apresentar, na TV Escola, uma série de documentários sobre esses educadores e o Centro de Memória da Educação e Cultura no Brasil, que funciona no Palácio Capanema, no Rio de Janeiro, organizará seminários sobre os autores.
Ionice Lorenzoni

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Horas e horas em frente ao PC? Veja como evitar problemas de saúde

Horas e horas em frente ao PC? Veja como evitar problemas de saúde

 

Medidas simples como alongamentos e educação postural podem previnir dores de cabeça, problemas de coluna e tendinite

Horas e horas em frente ao computador, posição incorreta e distância não indicada da tela do seu monitor podem ser uma bomba para a sua saúde. Mas não há como fugir, o micro já faz parte da rotina de muitos, como é o caso do programador Denis Moraes. Entre atividades do trabalho e da faculdade, ele chega a passar 17 horas em frente ao computador, o que já lhe rendeu sérios problemas.
“Uma época da minha vida eu trabalhava muito, acredito que postura errada, muito stress no trabalho, teve um dia que eu acordei e eu não conseguia me mexer, aí foi constatado que eu estava com meu nervo ciático inflamado”, conta Denis Moraes, programador.
Tendinites, bursites e problemas de coluna costumam surgir principalmente devido à posição incorreta do usuário em frente ao PC. Já os problemas de visão não costumam ser causados por seu uso, mas sim descobertos com ele.
“Até hoje não existe nenhuma doença conhecida desencadeada pelo computador, por outro lado, pessoas que têm alterações de visão, podem ter mais desconforto com o uso do monitor. Então, pessoas que tem problemas de visão, seja miopia, astigmatismo, pequenos estrabismos que passavam despercebidos, podem ser percebidos com o uso do  monitor”, explica o oftalmologista Flávio Vilella.
Além dos tratamentos como fisioterapia e acupuntura, os médicos indicam que o usuário mantenha sempre os cotovelos apoiados sobre a cadeira, coluna e pernas sempre retas, formando um ângulo de 90 graus. Praticar esportes para fortalecer a musculatura e fazer pausas durante o uso da máquina é outra dica.
“As pausas são muito importantes para a pessoa fazer um alongamento, soltar um pouquinho a musculatura. A cada uma hora, se a pessoa puder parar em torno de cinco a dez minutos, vai ser bastante benéfico para a pessoa não sobrecarregar a musculatura”, recomenda Ricardo Galotti, ortopedista.
Olhos secos e dor de cabeça são as maiores reclamações de quem passa muito tempo em frente ao pc. Além da lubrificação constante por meio de colírios, a dica é sempre manter o monitor 15 cm abaixo do nível dos olhos e ficar atento se há um constraste muito grande da iluminação da tela em relação ao ambiente. Ambientes mais homegêneos obrigam o usuário a forçar menos  a visão.
“Ambientes muito iluminados, que produzem reflexo na tela do monitor ou monitores que produzem uma iluminação excessiva, são mais desconfortáveis. Monitores antigos, ou monitores sem proteção de tela causam mais desconforto que monitores mais moderno com tela de cristal liquido”, diz Flávio Vilella.
Muitas empresas não respeitam ou mesmo desconhecem sua existência, mas existe uma lei que as obrigam a oferecerem ambientes favoráveis ao uso dos computadores. de forma a não comprometer a saúde de seus funcionários. Por isso, se você está sentindo algum desconforto, a primeira indicação é procurar ajuda médica e prestar atenção ao seu ambiente de trabalho.

sábado, 20 de novembro de 2010

A Escola também é sua

Sobre a Promoção

O Educar para Crescer quer identificar alguns dos milhares de cidadãos brasileiros engajados na causa da Educação de qualidade. Para isso, queremos conhecer a sua história.

Ajudar a pintar a escola para que os alunos tenham um ambiente de ensino mais agradável ou realizar um trabalho voluntário na escola da sua cidade. Estes são pequenos exemplos do que você, como cidadão brasileiro, pode fazer pela melhoria do ensino nas escolas do país.

Conte-nos o que você já fez ou faz por alguma escola brasileira e ganhe a oportunidade de ajudar mais um colégio.

Acesse todos os detalhes da promoção em:

http://educarparacrescer.abril.com.br/sua-escola/

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Um passarinho me contou...Uso do Twitter na Educação Básica

 

Claudemir Edson Viana *
Sônia Bertocchi **

Tecnologia inspirada em ditado popular

Quem ainda não ouviu falar em Twitter? Lançado em 2006, é uma das mídias sociais mais movimentadas no Brasil atualmente. Serviço gratuito, pode ser utilizado por qualquer usuário da Internet. Não exige convite e permite publicar textos de até 140 caracteres no máximo. É um microblog.
Pode ser que você não tenha ouvido falar no Twitter, mas o dito popular  "Um passarinho me contou..." você certametne conhece. Pois bem, entre o Twitter e esse dito há muito em comum. Veja: twit, um post do Twitter, pode significar: arreliar, censurar, repreender, zombar. Twitteiro é aquele que posta mensagens no Twitter, e significa o gorgeio, o trinado, o chilrear de um pardal. E, sabemos que, quando um passarinho canta, seus parceiros logo respondem... Ou seja: twittar é fazer barulho, ser ouvido, ser visto, ser notado, ser lido… enfim: INTERAGIR!

Twitter na escola – Por que não? Por que sim?


Clive Thompson, colunista da conceituada revista New York Times e da Wired tem uma fala (26/06/07) sobre o Twitter que impressiona - para não dizer assusta -  quem pensa em usar o recurso em sala de aula: "Twitter is the app that everyone loves to hate" (Twitter é o aplicativo que todo mundo adora odiar). Quando os planos são para usar o aplicativo em projetos educativos, há que se considerar sensivelmente essa fala e partir para uma análise mais cuidada desse app: suas características, atrativos, dificuldades, possibilidades e riscos.
Ainda no mesmo artigo, Clive Thompson faz uma aposta em relação ao futuro do Twitter: "Critics sneer at Twitter and Dodgeball as hipster narcissism, but the real appeal of Twitter is almost the inverse of narcissism. It's practically collectivist — you're creating a shared understanding larger than yourself. But here's my bet: The animating genius behind Twitter will live on in future apps. That tactile sense of your community is simply too much fun, too useful — and it makes the group more than the sum of its parts" (Críticos do Twitter dizem que ele explora um narcisismo moderno, mas o recurso real do Twitter é quase o inverso do narcisismo. É praticamente coletivista – você está criando uma compreensão compartilhada maior do que a sua própria. Mas aqui está a minha aposta: o gênio animador por trás do Twitter vai viver em aplicações futuras. Essa sensação tátil de sua comunidade é simplesmente muito divertida, muito útil – e torna o grupo maior que a soma de suas partes.)
Tendo como um dos atrativos principais a simplicidade da ferramenta e da sua proposta inicial, os usuários em geral têm se apropriado fácil e rapidamente do recurso e criado usos interessantes para o aplicativo. Um dos primeiros exemplos é o uso do Twitter como mídia jornalística, considerando o potencial comunicativo que a ferramenta apresenta.
Da mesma forma, esse mesmo potencial - aliado ao caráter colaborativo/cooperativo da ferramenta, à possibilidade de acesso rápido à informação, ao aumento das trocas culturais, ao poder de criação e síntese, às facilidades de uso e às inúmeras possibilidades de interação - é o que justificaria, para educadores,  seu uso em projetos educativos on line, especialmente em comunidades virtuais de aprendizagem, articulado às demais atividades do processo de ensino-aprendizagem promovidas na escola ou fora dela.
* Bacharel e licenciado em História (USP-1992), especialista em Educomunicação (USP-2003), mestre e doutor em Ciências da Comunicação pela ECA/USP (2000-2005) e gestor da comunidade virtual Minha Terra, do Portal EducaRede, desde 2007.
** Bacharel e licenciada em Letras (FFCLSanto André - 1973), master em Gestão e Produção de e-Learning pela Universidade Carlos III de Madrid, gestora de Comunidades Virtuais de Aprendizagem do Portal EducaRede Brasil.

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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Twitter chega à sala de aula como ferramenta para aprender técnica literária

Escola usa regra básica do microblog, o limite de 140 caracteres por mensagem, para que alunos desenvolvam narrativa e concisão em minicontos

Lais Cattassini, do Jornal da Tarde - O Estado de S.Paulo


Alunos do 8ª série do ensino fundamental Talissa Ancona Lopez, Pedro Rubens Oliveira e Davi Yan Schmidt Cunha (à dir.): literatura em microcontos
"O telefone tocou. Seria ele? O que ele queria? Ela já não havia dito que era o fim? Ela atendeu o telefone. Não era ele, era pior." Em apenas 140 caracteres, o permitido para cada post no microblog Twitter, adolescentes aprenderam, em sala de aula, a usar a rede social como plataforma para contar pequenas histórias como essa.

A técnica literária, conhecida como microconto, nanoconto ou miniconto, foi praticada pelos alunos do Colégio Hugo Sarmento no perfil @hs_micro_contos do Twitter.

Para escrever uma história coerente em tão poucas palavras, os estudantes tiveram de ficar atentos à narrativa, à concisão e ao sentido do que era postado, algumas habilidades já dominadas pelos adolescentes, acostumado com a rapidez da internet.

Embora o Twitter seja usado com mais frequência para relatos e comentários do cotidiano, não ficcionais, os microcontos já têm adeptos na rede social. Há perfis totalmente dedicados à técnica e usuários que costumam escrever mini-histórias, como a cantora Rita Lee (@LitaRee_real).

"Cada história precisava ter um começo, meio e fim. Não dava, por exemplo, pra ficar descrevendo o cenário", conta Pedro Rubens Oliveira, de 13 anos, que participou do projeto.

O professor de língua portuguesa do ensino fundamental Tiago Calles, que propôs o exercício na escola, conta que aproveitou os limites de espaço da rede para trabalhar a estrutura da narrativa e as poesias concretas, abordadas em aula, de uma maneira diferente. "O fato de envolver uma outra plataforma interessou os alunos, que se sentiram mais motivados", afirma.

Talissa Ancona Lopes, de 13 anos, conhecia pouco do Twitter antes de usar a plataforma na escola. "Tive um perfil por algum tempo, mas depois excluí", conta. Dona de perfis em outras redes sociais, ela encontrou uma nova utilidade para a rede. "É mais divertido aprender dessa maneira."

A diversão costuma estar associada às redes sociais. Segundo a assessora de tecnologia educacional da Escola Viva, Elizabeth Fantauzzi, os estudantes têm dificuldade para enxergar o Twitter como uma ferramenta de aprendizado. "Para eles, aquilo não pode ser usado em aula, mas é um material muito rico se for aproveitado com um sentido pedagógico", diz.

Tecnologia. Não só a familiaridade com a internet estimulou a exploração do tema em sala de aula, mas também a fluência na linguagem tecnológica dos alunos. Na Escola Viva, estudantes do fundamental fizeram um projeto em que usaram conversas por mensagem de celular para montarem micro-histórias.

"Os adolescentes têm fluência na linguagem digital. Cabe aos professores aproveitar isso e aplicarem em sala de aula", afirma Elizabeth.

A intenção das escolas é transformar a facilidade com a escrita da internet - com seus símbolos e abreviações - em habilidades também nas redações mais acadêmicas. No Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano passado, o desempenho dos estudantes na área de Linguagens e Códigos foi justamente o que mais deixou a desejar. Em nenhum colégio a média de 700 pontos - em uma escala que vai de zero a mil - foi atingida.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Contato com novas tecnologias deve acontecer na idade correta

Para muitos educadores, as novas tecnologias podem ser consideradas instrumentos eficazes de aprendizagem e desenvolvimento das crianças e dos jovens. Entretanto, para que o seu uso seja realmente benéfico, é importante que o contato com essas novidades tecnológicas aconteça na idade certa. Confira abaixo as orientações de especialistas a esse respeito.

0-3 anos

Fase de formação motora e visual. Os objetos devem estimular os sentidos. Brinquedos coloridos, que emitam sons e que possam ser levados à boca, são os ideais. A criança pode usar o computador, mas sempre acompanhada por um adulto

Dica

Alguns vídeos e sites infantis estimulam a percepção visual e auditiva das crianças. Exposição excessiva a essas ferramentas pode interferir no desenvolvimento motor, da visão, da fala e da criatividade, já que a capacidade de abstração pode ser afetada

3-7 anos

Idade do faz-de-conta. Jogos que simulam esportes estimulam imaginação, criatividade e agilidade, mas é preciso cuidado com excessos. A partir dos cinco anos, “brincar” com máquina fotográfica ajuda na noção do real e do virtual e aguça a coordenação motora

Dica

É preferível que as crianças brinquem em computadores com um tamanho comum de tela, e não menores, como nos computadores de brinquedo que diminuem a imagem, em vez de ampliá-la -o que é mais indicado para o aprendizado

7-10 anos

Fase da formação de grupos. A noção de amizade se intensifica e é comum dormir na casa de colegas. Nessas ocasiões, a criança pode receber um celular emprestado, para contatar os pais. Não se recomenda ter celulares antes da adolescência

Dica

Até os dez anos está se concluindo o processo de alfabetização. É importante que a escrita manual seja preservada. Trocar a leitura feita em livros pela tela do computador e aparelhos como iPad exige cuidados para não prejudicar a visão

10-12 anos

Os pré-adolescentes ainda precisam de orientação dos pais para o uso de computador, internet e TV. Conteúdo e tempo de exposição devem ser controlados. Jogos de estratégia e interativos são os mais recomendados, pois desenvolvem o raciocínio lógico e abstrato

Dica

É possível consultar na internet que jogos e filmes são inadequados para cada idade. Para conferir classificação indicativa, basta entrar no site do Ministério da Justiça (portal.mj.gov.br/classificacao)

12-15 anos

É nessa faixa etária que o uso do celular é mais aceito entre especialistas. Há mais consciência dos riscos, como contato com estranhos e gastos excessivos. O celular pode servir como ferramenta educativa, porém, ainda é visto com ressalvas por muitas Escolas, que proíbem seu uso na aula

Dica

Por ter informações sempre à mão, no celular, o jovem pode perder a capacidade de planejamento do seu dia a dia. É preciso, então, que tenham orientação contínua de pais e professores para que não descuidem de suas tarefas e mantenham a organização

15 em diante

Amadurecimento do conceito de vida em sociedade. Aptos a usar redes sociais como um instrumento de aprendizado e troca de conteúdo. É necessário valorizar os encontros presenciais e ter cuidado com o conteúdo postado nas redes _empresas buscam informações sobre candidatos a emprego também em sites de relacionamento

Dica

Em qualquer idade, é recomendável não utilizar o computador cerca de duas horas antes de dormir. O uso do equipamento prejudica o sono e, consequentemente, a capacidade de aprender. Dormir bem é importante para a consolidação de memórias e a organização cerebral

Fontes: Maria Beatriz de Oliveira, psicopedagoga da Unesp; Teresa Helena Ferreira, psicopedagoga da Unifesp; Neide Noffs, coordenadora do curso de psicopedagogia da PUC-SP; Ceres de Araujo, psicóloga da PUC-SP; Elvira Souza Lima, consultora em educação e pesquisadora em neurociência; Adriana Friedmann, educadora

Fonte: Jornal Folha de S. Paulo (SP)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Mudanças no mobiliário escolar da rede pública virão em 2011

 

Terça-feira, 26 de outubro de 2010 - 17:54

São Paulo – Em audiência pública realizada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) nesta terça-feira, 26, em São Paulo, representantes da autarquia e da indústria de móveis debateram melhorias na produção de mesas e cadeiras ergonômicas para alunos e professores da rede pública de ensino.
Entre as mudanças propostas, destacam-se a eliminação de vãos nos assentos e novas medidas para o encosto das cadeiras. Também foram sugeridos a troca do sistema de fixação do tampo das mesas, que passará a ser preso com buchas, e o redesenho da curvatura do anteparo do porta-livro. As alterações valerão a partir de 2011, quando será homologado o novo pregão eletrônico de registro de preços para aquisição do mobiliário escolar por estados e municípios.
“O processo de padronização do mobiliário escolar no Brasil é irreversível, o que só aumenta nossa responsabilidade em propor melhorias contínuas”, diz José Carlos Freitas, diretor de administração e tecnologia do FNDE. “A compra centralizada por meio da ata de registro de preços cria um parâmetro de eficiência para o mercado.”
Ergonomia – As especificações do mobiliário escolar decorrem de acordo entre a autarquia e a Fundação de Desenvolvimento da Educação (FDE), de São Paulo, que cedeu o projeto de móveis escolares baseado na regulamentação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O mobiliário é composto pelo conjunto do aluno (carteira e cadeira), conjunto do professor (mesa e cadeira) e por mesa acessível para estudantes cadeirantes, todos concebidos ergonomicamente, para atender a educação básica. A carteira e a cadeira do aluno encontram-se disponíveis em três tamanhos, conforme a estatura do estudante.
Assessoria de Comunicação Social do FNDE

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Saiba como calcular o índice de massa corporal (IMC)

Saiba como calcular o índice de massa corporal (IMC)

Do Bom Dia Rio

O índice de adultos obesos no país já chega a 13,9%, com um avanço nos últimos quatro anos, segundo dados do Ministério da Saúde. Um dos levantamento mais recentes também aponta que, de 2006 a 2009, a proporção de pessoas com excesso de peso subiu de 42,7% para 46,6%. O percentual de obesos cresceu de 11,4% para 13,9% no mesmo período.

Os dados fazem parte da pesquisa de vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas do Ministério da Saúde, que entrevistou 54 mil adultos em todo o país. Para especialistas, fatores genéticos, sedentarismo e padrões alimentares inadequados estão entre as principais razões para o aumento dessa estatística.

Ainda segundo o levantamento, o problema entre os homens é mais comum a partir dos 35 anos, mas chega a 59,6% na faixa de 55 a 64 anos. Já na população feminina, o índice mais que dobra na faixa etária dos 45 aos 54 anos (52,9%) em relação a à faixa entre 18 e 24 anos (24,9%).

A maioria dos médicos orienta a prática de exercícios e alimentação saudável. No entanto, para quem vive o drama da obesidade ou sobrepeso, seguir as orientações não é tão simples assim. Alguns especialistas acreditam que o maior adversário para emagrecer é o fator psicológico.

Para a psicóloga Maria Thereza Villar, o fator emocional prejudica a forma com que a pessoa obesa enxerga a dieta e a comida. Ela afirma que 80% dos obesos são gordos porque comem sem necessidade e não por fome. Para eles, a ingestão de comida funciona como mecanismo para suprir carências, uma questão emocional.

Índice de massa corporal
O IMC ou Índice de Massa Corporal é um método simples de se medir a gordura corporal. A medida foi desenvolvida na Bélgica pelo estatístico Lambert Adolphe Jacques. É calculado dividindo o peso do indivíduo em quilos pelo quadrado de sua altura em metros.

IMC = kg / m2
Equação: IMC = kg / m2

Onde kg é o peso do indivíduo e m a sua altura em metros.

Exemplo: a pessoa que pesa 100 quilos e mede 1,60 m de altura tem que dividir 100 por 1,6 X 1,6 = o resultado é 39.

A tabela diz que 39 é obesidade em segundo grau.

Tabela:
Peso normal: abaixo de 18,5-24.9
Sobre peso: entre 25 e 29,9
Obesidade grau I: entre 30 e 34
Obesidade grau II: entre 35 e 39,9
Obesidade grau III: maior ou igual a 40
Em análises clínicas, médicos levam em consideração raça, etnicidade, massa muscular, idade, sexo e outros fatores que podem influenciar a interpretação do índice.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Bullying pode começar em casa, diz cartilha do CNJ

Exemplo dos pais é fundamental para atitude dos filhos, segundo texto.
Escola é apontada como corresponsável nos casos de violência.

Do G1, em São Paulo

 

cartilhaCapa da cartilha do CNJ (Foto: Divulgação)

Cartilha do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com dicas para o combate ao bullying nas escolas, lançada nesta quarta-feira (20) em Brasília, afirma que, muitas vezes, o fenômeno começa em casa. A escola é apontada como corresponsável nos casos de violência.

Baixe a cartilha

Segundo o texto, de autoria da psiquiatra, Ana Beatriz Barbosa Silva, o exemplo dos pais é fundamental para a atitude que os filhos terão em relação aos colegas. "Os pais, muitas vezes, não questionam suas próprias condutas e valores, eximindo-se da responsabilidade de educadores", diz o texto.

A cartilha traz em forma de perguntas e respostas várias orientações sobre como identificar o fenômeno, quais são suas consequências e como evitar.

De acordo com o texto, o bullying é cometido pelos meninos com a utilização da força física e pelas menina com intrigas, fofocas e isolamento das colegas. As formas podem ser verbais, física e material, psicológica e moral, sexual, e virtual, conhecida como ciberbullying. Segundo a cartilha, características de comportamento podem mostrar que uma criança é vítima de bullying.

Na escola, elas ficam isoladas ou perto de adultos, são retraídas nas aulas, mostram-se tristes, deprimidas e aflitas. Em casos mais graves, podem apresentar hematomas, arranhões, cortes, roupas danificadas ou rasgadas.

Em casa, a criança se queixa de dores de cabeça, enjôo, dor de estômago, tonturas, vômitos, perda de apetite e insônia, de acordo com a cartilha. Outros indicadores são mudanças de humor repentinas, tentativas de faltar às aulas.

Segundo o texto, a escola é corresponsável nos casos de bullying. A cartilha orienta a direção das escolas a acionar os pais, conselhos tutelares, órgãos de proteção à criança e ao adolescente. “Caso não o faça poderá ser responsabilizada por omissão”, diz a cartilha.

O texto afirma ainda que, em casos de atos infracionais, a escola tem o dever de fazer uma ocorrência policial. “Tais procedimentos evitam a impunidade e inibem o crescimento da violência e da criminalidade infantojuvenil”, diz o texto.

No Brasil, de acordo com a cartilha, predomina o uso de violência com armas brancas. Em escolas particulares, vítimas são segregadas, principalmente, devido a hábitos ou sotaques.

A cartilha orienta os pais a observar o comportamento dos filhos e a manter diálogo franco com eles. “Os pais não devem hesitar em buscar ajuda de profissionais da área de saúde mental, para que seus filhos possam superar traumas e transtornos psíquicos”, diz o texto.

Além disso, os pais devem estimular os filhos a desenvolver talentos e habilidades inatos, para resgatar a autoestima e construir sua identidade social.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Rioeduca.net - homenagem aos professores



Homenagem do RioEduca aos professores da Rede Pública do Rio de Janeiro pelo Dia do Mestre.Me senti muito honrada de estar entre os professores homenageados.Obrigada ao RioEduca!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

M-learning... mais uma sigla?

 

Por Celso Roberti

Não, m-learning não é um ensino muito ruim ;-) ... é uma sigla para Mobile Learning. Tentando simplificar, é um conceito para a aprendizagem com uso de dispositivos móveis e uso de redes sem fio (wi-fi ou telefonia celular).

Sem dúvida, podemos pensar que um notebook é um dispositivo que se encaixa nessas características e, sendo este similar a um computador, não estaríamos falando em nada diferente do que o e-learning propriamente dito, ou ensino mediado por computador.

Mas o m-learning remete para o uso de dispositivos menores, de mais fácil manipulação, transporte e, principalmente, menor custo. Falamos aqui de celulares (smartphones), tablets (palavra estranha, mas essa é a designação do já famoso iPad) chegando até os netbooks.

Acredita-se hoje que a inclusão digital para países do porte do nosso acontecerá com o uso das redes de telefonia celular ou redes sem fio do tipo wi-fi. Os custos são menores do que a construção de uma malha física e o crescimento dessa base é rápido demais (terminamos agosto com cerca de 15 milhões de celulares acessando a Internet via tecnologia 3G e quase 190 milhões de celulares habilitados). E por que dedicar tempo a algo tão novo se mal conseguimos ter computadores nas escolas, principalmente públicas? Exatamente por isso!

Já existem faculdades nos Estados Unidos que brindam seus estudantes com um tablet com todo o conteúdo do ano, fazendo assim uma grande economia na distribuição de materiais. Faculdades no Brasil já planejam financiar netbooks aos seus alunos. Hoje um tablet simples chega à casa dos US$ 140,00 nos Estados Unidos, ou seja, um produto desse subsidiado, a que custo poderia chegar aos nossos alunos? Um pólo de uma faculdade poderia ter uma rede wi-fi para seus alunos e assim nem dependeria dos altos custos da telefonia celular. E mesmo essa pode ser trabalhada pelo governo para o acesso mais barato.

O uso do m-learning leva ao estudante o verdadeiro conceito de que a educação pode ocorrer em qualquer local, a qualquer hora. Acesso a conteúdo, testes, vídeos, além da possibilidade de troca de informações instantâneas, enriquece o processo de ensino-aprendizagem. Uso de pequenos espaços de tempo para reforço de aprendizagem pode ser de grande eficácia. Um modelo que permite uma maior interação do professor com o aluno, vital quando a presença física não acontece.

Foz do Iguaçu (PR), Parintins (AM), Ouro Preto (MG) são cidades que têm acesso a banda larga sem fio com o uso de uma tecnologia chamada WiMax. Cruzeiro do Sul (AC), Beberibe (CE), Sorriso (MT) são cidades onde a telefonia 3G já chegou e que também permite acesso a Internet via banda larga. São cidades onde um aluno poderia receber em casa um tablet com seu material e o utilizar por todo o ciclo de seu curso. Assim como estas, já são diversas espalhadas pelo nosso país.

E para pagar por isso? Há cinco anos estimava-se o gasto de R$ 11 mil por ano com um aluno do curso superior em uma instituição pública federal. Passando este a ser um aluno a distância, com certeza o custo de infraestrutura (uso de salas, laboratórios, biblioteca) diminui. Não conseguiríamos inserir um dispositivo móvel para que ele acompanhe seu curso? Tenho certeza que sim ;-) !

Celso Roberti

Celso trabalha com EAD (educação a distância) há dez anos. Matemático de formação e inquieto por natureza, já passou por empresas de tecnologia e educação.

Site: www.logiko.com.br

Homenagem aos companheiros!!

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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Histórias que podem mudar histórias de vida

Escola

Iniciativa  muito importante do Itaú Criança, busca levar  e desenvolver o gosto pela leitura para crianças de até 6 anos.Projeto fundamentado no ECA,tem o objetivo de envolver pais, mães, educadores, poder público e toda a sociedade na defesa e garantia do direito a leitura.

A partir de 11 de outubro o projeto vai distribuir 8 milhões de livros. São Kits formados de 4 livros, que você pode solicitar pelo site, assumindo o compromisso de, após a leitura, repassar estes livros para outras pessoas fazerem o mesmo.Os livros serão entregues em sua casa , em qualquer lugar do Brasil.

Acessem o site www.lerfazcrescer.com.br peça o seu KIT e entre nessa corrente a favor do desenvolvimento da leitura!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Tecnologia e Educação: Formação de Professores e o Uso Ético das Ferramentas Digitais

Eliel da Silva Freitas

Imagem em preto e branco de notebook tendo tendo dentro de si uma imagem figurando dois homens dando as mãos sendo que um deles está com gravata e maleta

Atualmente é impossível falarmos de processos educativos sem citarmos a tecnologia como um dos caminhos essenciais a serviço da educação e como aliada neste processo de construção do conhecimento, pois esta já conquistou de forma positiva seu importante espaço nos ambientes escolares.

É cada vez mais comum vermos em escolas, desde a Educação Infantil até a Superior, laboratórios de Informática para que os alunos desenvolvam e aprimorem seus conhecimentos através de atividades e pesquisas, conteúdos muitas vezes já trabalhados em sala de aula, porém de uma forma mais dinâmica, interativa e lúdica, buscando um aperfeiçoamento contínuo.

Segundo Seymour Papert, na educação o construcionismo é a abordagem do construtivismo que permite ao educando construir o seu próprio conhecimento por intermédio de alguma ferramenta, como o computador, por exemplo. Para Papert, o uso do computador é defendido como auxiliar no processo de construção de conhecimentos, uma poderosa ferramenta educacional, adaptando os princípios do construtivismo cognitivo de Jean Piaget a fim de melhor aproveitar-se o uso de tecnologias (PAPERT, Seymour - 1994).

O compromisso organizacional com programas de capacitação e desenvolvimento profissional é um fator que colabora com o engajamento que se espera dos professores. É o que devemos esperar de uma organização comprometida com o sistema de ensino e empenhada em garantir uma educação cidadã aos seus alunos, e uma qualificação afinada com as tendências atuais de seu corpo docente.

Inovar requer do professor uma reflexão contínua sobre suas práticas pedagógicas, ampliação de seus conhecimentos, aprimoramento de suas habilidades, bem como disponibilidade às mudanças para oferecer uma educação de qualidade. Requer aperfeiçoamento, estudos e averiguação que possibilitem ordenar ou reordenar determinado conhecimento (ou um conjunto destes) que subsidiem a compreensão da realidade, norteando suas ações prático-pedagógicas.

Por princípio, é necessário que o professor aprenda a utilizar a tecnologia para fins pessoais.  Antes de aplicá-la em sua prática pedagógica, utilizá-la em trabalho autônomo que realiza em seu lar ou em outros ambientes fora do escolar.

Conhecimentos que podem ser adquiridos em cursos, oficinas, palestras, contribuem para que o professor não fique de fora desse contexto, deste mundo tecnológico que seus alunos dominam, pois, utilizar-se dessas ferramentas digitais é uma forma de se aproximar do aluno, adentrar em seu mundo, utilizar a sua linguagem, aproveitando o que elas podem oferecer de melhor para desenvolver habilidades e competências necessárias para esta formação ética.

O Professor engajado na prática docente, com uma atitude de reflexão sobre esta, não apenas em sua preparação, mas durante o seu desenrolar e depois dele, procurando extrair elementos que ajudem a melhorá-la. (LÜDKE, 2001a, p. 11).

Quanto mais contato prático o professor tiver com a tecnologia, maior a possibilidade de se aperfeiçoar na sua utilização, mesclando de forma criativa com os materiais didáticos tradicionais. A partir desses novos conhecimentos adquiridos, começar o desenvolvimento de novas competências docentes que envolvam o uso das tecnologias digitais. Vale lembrar que essas tecnologias não vão substituir o papel do professor, pelo contrário, a presença do educador nos processos de construção do conhecimento se torna ainda mais essencial e necessária.

Mesmo que os alunos tenham uma autonomia quanto ao uso das tecnologias atuais, é necessário oferecer suporte para que enfrentem essa demanda tecnológica com eficácia e pensamento crítico. Educação vai além do domínio da técnica, é necessário direcionar os alunos quais ferramentas digitais são as mais adequadas para alcançar seus objetivos de aprendizagem não compactuando com os “lixos eletrônicos”. Precisam entender o lado ético da utilização da tecnologia, de aprendizagem dirigida, porque sem elas não estarão aptos para discernir entre o certo e o errado.

Finalizando, a tecnologia deve estar a serviço da sociedade, tendo como objetivo principal o apoio aos processos profissionais, educacionais e sociais, não como intruso que chegou para substituir o homem. Trancar-se para a tecnologia não nos livrará do seu uso e nem dos seus excessos, pois o mundo gira em torno delas e nossos alunos as utilizarão cada vez mais em suas atuações profissionais. Para que este uso seja consciente, ético e não dominante, nós, enquanto educadores e orientadores, precisamos direcionar os educandos para que aproveitem o que essas ferramentas têm de melhor, ensinando hoje para não errarem amanhã.

Emprestamos do pretérito, mas inventamos a partir dele.
Quem apenas recolhe o já feito, assume atitude conservadora e retorna ao passado.
Quem recebe a massa da cultura e a transforma, segue para o futuro.
Quem interrompe o movimento da técnica, morre.
Roberto Romano

Referências Bibliográficas
LÜDKE, Menga (Org.). O professor e a pesquisa.  2. ed. Campinas: Papirus, 2001a
PAPERT, Seymour M. A Máquina das Crianças: Repensando a escola na era da informática (edição revisada). Nova tradução, prefácio e notas de Paulo Gileno Cysneiros. Porto Alegre, RS: Editora Artmed, 2007 (1a edição brasileira 1994; edição original EUA 1993).

Eliel da Silva Freitas é mediador de formação do Planeta Educação no município de Cubatão.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

A EDUCAÇÃO BÁSICA PRECISA DE UM CURRÍCULO MÍNIMO?

Especialistas discutem a necessidade da definição de uma proposta curricular unificada para todo o território nacional

Pedro Bottino Teixeira
Da Redação do Todos Pela Educação

A Educação Básica precisa de um currículo mínimo?

 

Desde a promulgação da atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996, cada uma das escolas brasileiras tem autonomia para definir o que, quando e como os alunos devem aprender. Embora pretenda assegurar uma formação básica comum a todos, as Diretrizes Curriculares Nacionais, atualmente em vigência, se opõem à ideia de um currículo nacional unificado, e apresentam determinações gerais a serem complementadas pelos sistemas e instituições de ensino.

Concebida para flexibilizar a definição do programa curricular, a LDB tem sido alvo de emendas parlamentares que determinam a obrigatoriedade de novos conteúdos e disciplinas. Segundo levantamento do Observatório da Educação divulgado há duas semanas, existem hoje mais de 250 propostas nesse sentido em tramitação no Congresso Nacional.

“A lei pressupunha que cada uma das escolas, norteadas pelas diretrizes estaduais, elaborassem um projeto pedagógico e definissem a própria estrutura curricular”, explica Carlos Roberto Jamil Cury, professor emérito da UFMG e ex-presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação.

Redigida com base nos princípios da Constituição Federal de 1988, a nova LDB criou o conceito de projeto pedagógico e substituiu a ideia de currículo mínimo pelas diretrizes curriculares. A legislação anterior, elaborada durante o regime militar com o objetivo de centralizar o ensino no País, estipulava uma proposta curricular única, sem autonomia para unidades da federação ou mesmo para as escolas.

Para Cury, as diretrizes partiam de um “princípio interessante”, mas mostraram-se ineficientes na prática: “Não posso deixar de ver certo idealismo”. Na avaliação de Jamil Cury, “a proposta presumia que os professores já estivessem tão bem preparados que seriam capazes de dispensar o currículo mínimo e definir os conteúdos indispensáveis para a formação de qualquer brasileiro”.

Cury, que rejeita a concepção de “currículo mínimo à moda antiga”, argumenta que é importante dar autonomia ao corpo decente e aos conselhos estaduais, mas diz que “as diretrizes foram concebidas de forma muito ampla e abandonaram elementos importantes de coesão e homogeneidade”.

Currículo unificado x autonomia dos sistemas de ensino
Integrante do Conselho de Governança do Todos Pela Educação e do Conselho Nacional de Educação, César Callegari é contra um currículo unificado e padronizado para todo o País: “O Brasil é muito grande e tem muitas possibilidades de desenvolvimento educacional”. Em sua opinião, “é preciso garantir o respeito a diferentes estratégias educativas, além de considerar as peculiaridades de cada estado e região”.

Entretanto, ele considera importante “estabelecer ‘expectativas de aprendizagem’ para as diferentes etapas da Educação Básica”. Já existentes em orientações curriculares de algumas redes de ensino, essas expectativas determinam o mínimo esperado que cada aluno aprenda ao final de cada ciclo ou ano letivo, mas não têm força de lei como as DCNs.

Em função das deficiências do sistema educacional brasileiro, principalmente em relação à formação de professores, explica Callegari, “essas expectativas devem funcionar como direito dos estudantes, para que se garanta, por exemplo, que todas as crianças estejam alfabetizadas aos oito anos de idade”.

Definição do que ensinar
Na opinião de José Francisco Soares, professor da UFMG, o Brasil está atrasado em relação à estrutura curricular. “Se queremos que todo aluno seja capaz de compreender os conteúdos básicos, as escolas devem ter uma definição mais clara do que ensinar”, afirma. “É claro que, no que é marginal, as instituições podem ter propostas diferentes”, pondera. “Não se pode adotar um livro texto único. O método, a forma de ensinar, tem que variar. Mas todas devem oferecer o básico: matemática, ciências, leitura etc.”

Para Soares, o modelo atual “confunde a definição do método de ensino com a determinação dos conteúdos básicos” que, na sua avaliação, devem ser os mesmos em todo o território nacional. Segundo ele, o artigo 210 da Constituição Federal já prevê que os sistemas e instituições tenham uma proposta curricular comum: "Serão fixados conteúdos mínimos para o Ensino Fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais".

“É preciso ter os dois lados”, afirma Jamil Cury. “Sou favorável que haja um princípio que unifique a Educação do País de ponta a ponta, mas não que o currículo mínimo preencha toda a estrutura curricular.”

Criar disciplinas não é função de deputado
Sobre os projetos de lei que prevêem alteração da LDB para a inclusão de novos conteúdos obrigatórios na grade curricular, existe consenso de que esta não deveria ser atribuição do Legislativo. De 2007 até hoje, seis novas disciplinas foram incluídas na grade curricular da Educação Básica. Além de português, matemática, história, geografia e ciências, os alunos agora devem ter aulas de filosofia, sociologia, artes, música, cultura afro-brasileira e indígena e direitos das crianças e adolescentes. 

“Acho que isso é um erro, um desserviço”, critica Soares, que entende que esses conteúdos poderiam ser abordados dentro das disciplinas já existentes, de acordo com a definição de cada instituição de ensino.

"A criação de disciplinas pelos deputados provoca um tumulto na organização dos trabalhos educacionais. Esse assunto tem de ser tratado no âmbito de cada um dos sistemas de ensino”, diz Cesar Callegari, que defende que “currículo não pode ser definido por lei”. “Acho que os parlamentares envolvidos com a melhoria da qualidade da Educação têm outras formas de contribuir, como com a aprovação de emendas que elevem a quantidade de recursos destinados à Educação”, sugere.

De acordo com o Observatório da Educação, o número de propostas que criam novas disciplinais ou propõem alterações no currículo escolar em tramitação no Congresso Nacional corresponde a um quarto de todos os projetos de Educação. Entre eles estão o ensino de esperanto, Educação no trânsito e direito do consumidor.

Foto: João Bittar / MEC

Transição da web 1.0 para a web 2.0

Através deste vídeo do youtube você poderá perceber, apenas por imagens todas as mudanças na transição da web 1.0 para a web 2.0. Vale apena conferir e salvar. As imagens falam por si! Aproveitem!

http://www.youtube.com/watch?v=Bc0oDIEbYFc&feature=player_embedded

sábado, 25 de setembro de 2010

Lei torna obrigatória a notificação de casos de bullying no Rio

Rafael D'Angelo

RIO - Os casos de bullying e de violência contra crianças e adolescentes em escolas públicas e particulares do Rio terão que ser notificados à polícia. A lei instituindo a medida foi sancionada pelo governador Sérgio Cabral nesta quinta-feira e prevê multa de três a 20 salários mínimos (até R$ 10.200) para instituições de ensino que descumprirem a norma. A medida já é obrigatória em hospitais e estabelecimentos de saúde.

Pelas novas regras, professores e funcionários de escolas terão que denunciar os casos a delegacias e conselhos tutelares, o que, muitas vezes, acaba não acontecendo, de acordo com o autor do projeto de lei, deputado estadual Andrê Corrêa (PPS). A obrigatoriedade da notificação permite que os casos também sejam investigados.

"Os estabelecimentos educacionais, onde a criança e o adolescente frequentam diariamente, dotados de equipes multiprofissionais, estão capacitados a detectar estes casos", justifica Corrêa, no projeto de lei.

No fim do ano passado, uma pesquisa do IBGE revelou que cerca de um terço (30,8%) dos estudantes em todo o país informou já ter sofrido bullying. De acordo com a pesquisa, a maior proporção ocorreu em escolas privadas (35,9%). Já nas públicas, os casos atingiram 29,5% dos estudantes. A maioria das vítimas era do sexo masculino.

Publicada  no Extra Online em 23/09/2010 às 16:02

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A CAPACIDADE DO BRASIL: O PAPEL DA EDUCAÇÃO

 

setembro 21, 2010

 

Realizado nesta segunda-feira (20/09) no Espaço Reserva Cultural, o debate “A Capacidade do Brasil – O Papel da Educação”, promovido pela BBC Brasil em conjunto com a Rádio CBN, contou com a participação de Mozart Neves Ramos, Conselheiro do Todos Pela Educação.

Entre os assuntos discutidos no evento a possibilidade do novo governo abandonar o sistema de avaliações nacionais, que inclui o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), por exemplo, chamou atenção.

Outro ponto alto do evento foi a constatação do conselheiro do Todos Pela Educação, que falou sobre as pesquisas de opinião pública realizadas em 2006 e 2009. No primeiro levantamento a Educação encontrava-se em sexto lugar na lista de prioridades dos brasileiros. “Hoje ela aparece em primeiro ou segundo lugar”, afirma.

Este debate foi o segundo da série “O Futuro do Brasil”. O próximo acontece no dia 27 e terá como tema “O Brasil no Mundo – Política Externa e a Defesa do Meio Ambiente”.

Veja a matéria na íntegra no site da BBC Brasil.

http://bbc.in/cBrpY4

Lei no RJ obriga escolas e locais de provas a terem assentos para obesos

 

Da Redação*

Em São Paulo

A partir desta quarta-feira (22), escolas e locais de realização de concursos públicos do Rio de Janeiro deverão ter assentos adaptados para obesos. A nova lei foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta quarta-feira (22).

De acordo com o autor da norma, o deputado Fernando Gusmão (PCdoB), a iniciativa foi motivada pelo constrangimento e desconforto a que são submetidos os estudantes ou candidatos ao serviço público que sofrem de obesidade.

Para Gusmão, os assentos poderão melhorar o desempenho das pessoas: "Além de prevenir possíveis desconfortos causados pela inadequação, a disponibilização de lugares mais confortáveis pode auxiliar na concentração dessas pessoas".

As novas cadeiras deverão ser adquiridas de acordo com normas técnicas do Ipem-RJ (Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Rio de Janeiro). O descumprimento da norma acarretará multa em Ufir (Unidade Fiscal de Referência) de 22.132,75, valor equivalente a R$ 44.670,52.

*Com informações da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

UOL Celular

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Edgar Morin pede "regeneração permanente" do ser humano

Filósofo francês participa de conferência para educadores em Fortaleza e diz que esperança passa por reforma do pensamento

O filósofo francês Edgar Morin expressou hoje sua visão crítica do mundo ao inaugurar uma conferência da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em Fortaleza, no Ceará. Aos 89 anos, pediu pediu à humanidade que inicie um processo de "regeneração permanente", pois, segundo ele, "o que não se regenera, se degenera e morre".

O autor de "O Método", entre outras obras de sociologia, política, epistemologia e antropologia, afirmou que, apesar das ameaças permanentes de guerras e "da iminência de uma catástrofe climática", há "caminhos de esperança" que passam por uma "reforma total do pensamento", dos modelos políticos e econômicos e dos atuais padrões de consumo, para "pôr fim à lógica da dominação". As declarações foram dadas na inauguração de um seminário sobre os sete saberes necessários à educação do futuro, formulado há uma década a pedido da Unesco.  O encontro, que terminará na próxima sexta-feira, reuniu hoje em Fortaleza 1,5 mil educadores da Argentina, Bolívia, Colômbia, Espanha, França, México e Peru, entre outros países.
Em seu discurso, Morin analisou o processo de globalização, do qual comentou que engloba "o pior e o melhor" do ser humano. "É um processo de destruição do mundo, mas também é a grande oportunidade para criar definitivamente uma só pátria terrestre e ambivalente", embora isso obrigue "uma reforma do pensamento que vincule todas as disciplinas do saber", até agora separadas em diversas áreas, destacou. Morin considerou que a educação deve ser "multidisciplinar", de modo a "unificar todas as áreas do saber e do conhecimento", pois muitas "estão reservadas para uma pequena elite".

Para o filósofo, "o saber disciplinado torna impossível de se ver os problemas fundamentais do ser humano" e origina "certezas" muitas vezes equivocadas, entre as quais citou a corrente do neoliberalismo que, segundo ele, não deixou de ser uma "mera ilusão" construída pelos grandes interesses políticos e econômicos globais. Morin também criticou os atuais modelos de desenvolvimento que, segundo ele, "foram concebidos como uma fórmula standard de destruição cultural" e geram "riqueza sobre a construção constante de uma pobreza maior", afirmou.
Sobre esses modelos, ressaltou que estão "contaminados pelo veneno da incompreensão, pelos individualismos e pelos egocentrismos" que alimentam a "insaciável vontade de ganhar" do capitalismo. "Um dos saberes mais importantes é o da compreensão, que precisa de análise e empatia, e não o da explicação, que sempre é subjetiva e moldável", destacou Morin.
O intelectual acrescentou que "no mundo não há compreensão para os estrangeiros, para os outros povos ou outras culturas, assim como não há compreensão nas famílias e nos círculos de trabalho, que se baseiam na lógica da dominação". Para Morin, "quando um sistema não tem mais poder para resolver seus problemas fundamentais, se destrói e entra em metamorfose".
Além disso, sugeriu que a humanidade e o planeta poderiam estar perto do fim. No entanto, em sua visão da atual "era planetária", deixou espaço para o otimismo e se manifestou convencido de que o mundo "está em tempo de começar uma história diferente". Para isso, propôs resgatar "o papel e o valor ético e social do conhecimento", dotar "a ciência de mais consciência" e "educar para a paz", que é diferente de "ensinar que isso é melhor que a guerra, mas educar para lidar com a incerteza que a cada dia o indivíduo e as sociedades enfrentam".

    Internet obriga a pensar de forma ligeira e utilitária, diz Nicholas Carr

    Nicholas Carr cutucou a onça da internet com um argumento longo e bem-desenvolvido no livro "The Shallows What the Internet is Doing to Our Brains" (que poderia ser traduzido como "No Raso O que a Internet Está Fazendo como Nossos Cérebros" e será lançado no Brasil pela Agir). Em poucas palavras, a facilidade para achar coisas novas na rede e se distrair com elas estaria nos tornando estúpidos.

    Era o que estava implícito no título de um artigo de Carr em 2008 (ele prefere o qualificativo de "superficiais") que deu origem a uma controvérsia acesa. E, também, ao livro, que já vendeu mais de 40 mil cópias nos Estados Unidos e está sendo traduzido em 15 línguas.

    Divulgação

    Nicholas Carr recusa a pecha de alarmista, mas recomenda restrição do acesso de alunos à internet nas escolas

    Nicholas Carr recusa pecha de alarmista, mas recomenda restrição do acesso de alunos à internet nas escolas

    Carr recusa a pecha de alarmista, mas sua preocupação com os efeitos não pretendidos das "tecnologias de tela" é tanta que ele recomenda a restrição do acesso de alunos à internet nas escolas. Não descarta que a rede possa evoluir para a veiculação de ideias menos superficiais, mas tampouco vê indícios de que irá nessa direção.
    "A internet, sendo um sistema multimídia baseado em mensagens e interrupções, tem uma ética intelectual que valoriza certos tipos de pensamento utilitários", lamenta o jornalista. Ele já foi assinante de Facebook e Twitter, mas abandonou esses serviços para manter a concentração e a capacidade de refletir em profundidade.

    CARREGADORAS DE SONHOS

    CARREGADORAS DE SONHOS é um filme de longa-metragem, idealizado e custeado pelo Sindicato dos Professores de Sergipe e dirigido pelo cineasta e assessor do Sinpro/BA Deivison Fiuza (o mesmo de CASA DE ANJO).

    O filme aborda o tema da educação pública no Brasil, colocando o professor no centro do palco, e dá voz a quem pouco ou nenhum espaço possui nos meios de comunicação. Desenvolve uma crítica pesada, mas, ao mesmo tempo, envolve o espectador com leveza e emoção. É um documentário que usa a arte para se aproximar de uma realidade que não é a única, mas que, com certeza, existe e nos envergonha. 

    Será exibido no dia 23 de setembro, no Auditório Paulo Freire (CCH-UNIRIO - Av. Pasteur, 458, Urca).

    Para ver o trailer, acesse http://www.sintese-se.com.br/carregadorasdesonhos/?p=68

    Número de superdotados no país pode ser maior que o apresentado pelo Censo Escolar, diz pesquisadora

    Daiane Souza
    Da Agência UnB
    Em Brasília
    Identificar uma criança superdotada não é fácil. A professora Denise de Souza Fleith, do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília, afirma que o número de crianças e adolescentes superdotados no país pode ser maior que o apresentado no Censo Escolar, produzido pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
    O Censo aponta que 2.769 estudantes são portadores de altas habilidades/superdotação, ou seja, 0,004% dos 55,9 milhões de alunos dos ensino básico no Brasil. “Apesar de muitas dessas crianças terem sido identificadas, há ainda um quadro maior de meninos e meninas que não foram devidamente avaliados e que por isso não aparecem nos dados”, explica.
    A psicóloga diz que essa informação pode estar relacionada à má avaliação por parte dos profissionais que acompanham essas crianças. Segundo ela, o diagnóstico de superdotação deixou de ser resultado apenas da avaliação de Quociente de Inteligência, o famoso QI, no final do século XX, e outras características passaram a ser observadas para a identificação dessas crianças (vide quadro abaixo).
    Identificação e avaliação do aluno superdotado
    Desenvolvimento intelectual
    Desenvolvimento social e emocional
    Intelectualidade;
    Supersensibilidade;
    Criatividade;
    Brincadeiras individuais;
    Motivação e comprometimento com as tarefas;
    Preferência por amigos mais velhos, próximos a ele mentalmente;
    Habilidades superiores de pensamento;
    Interesse por problemas filosóficos, morais, políticos e sociais;
    Fluência e flexibilidade de ideias diante de problemas;
    Persistência;
    Facilidade para entender princípios gerais;
    Independência e autonomia;
    Generalizações;
    Liderança;
    Vocabulário avançado para a idade;
    Alto nível de energia;
    Leitura precoce;
    Senso de humor;
    Boa memória;
    Perfeccionismo;
    Boa concentração;
    Iniciativa.
    Curiosidade.
    Essas características nem sempre são observadas pelos profissionais no momento da avaliação, o que pode ser a causa dos problemas com os diagnósticos. O objetivo da avaliação psicológica não se limita a identificar se o aluno apresenta ou não comportamentos de superdotação, mas de levantar interesses, pontos fortes e necessidades desse aluno de forma a sugerir caminhos que possibilitem um crescimento saudável.
    Diagnóstico
    Olzeni Ribeiro, chefe do Núcleo de Programas Especiais da Secretaria de Educação do DF, aponta que os pais muitas vezes não imaginam que seus filhos são superdotados. Acham que eles estão com dificuldades de relacionamento na escola. ”Normalmente, os professores são os primeiros a suspeitar. Os pais, quando sabem do diagnóstico, ficam lisonjeados e não percebem que se trata de um desafio”.
    O Núcleo atende aos 1.207 estudantes identificados na rede de ensino do DF. Professores itinerantes passam pelas escolas, avaliam os alunos e os encaminham ao núcleo quando necessário. A orientação para as famílias é a de que elas respeitem a demanda da criança e do adolescente e os estimulem, sem pressioná-los.
    Atualmente não existem políticas públicas específicas para esse público. Denise explica que apesar de muita coisa já ter sido feita, é preciso mais. “É necessário investir mais no atendimento às necessidades intelectuais, acadêmicas, sociais e emocionais dessas crianças e jovens, pensando no retorno que ele pode trazer para a sociedade”, afirmou.

    Preconceito familiar dificulta inclusão de deficiente no ensino

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    O preconceito dos parentes ainda é uma barreira para a plena inserção de pessoas com deficiência na sociedade e, principalmente, na escola. Pesquisa feita entre outubro de 2008 e outubro de 2009, com 190 mil famílias que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), mostrou que 52% das famílias acreditam que não adianta colocar o deficiente na escola. O BPC atende a idosos que não recebem nenhum tipo de auxílio previdenciário e a pessoas com deficiência, incluindo crianças e adolescentes, oferecendo um salário mínimo.

    Para tentar mudar essa realidade, o Ministério da Educação reuniu na última sexta-feira, em Brasília, especialistas dos ministérios do Desenvolvimento Social (MDS) e da Saúde, além de representantes do Ministério Público e da Secretaria dos Direitos Humanos para traçar ações que ajudem na inserção de pessoas com deficiência na escola. Para isso, foi instituído o programa BPC na Escola.

    A diretora do Departamento de Benefícios Assistenciais do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Maria José de Freitas, disse que o intuito do programa é de identificar barreiras sociais no dia a dia. Segundo ela, a iniciativa deverá combater as desigualdades e o preconceito que os deficientes encontram para ter acesso à educação.

    "A ideia do BPC na Escola é promover e garantir a permanência das crianças nas escolas, tendo como eixo principal a identificação de crianças que estão fora da escola e quais as barreiras que as impedem de estudar ou, em alguns casos, de continuarem no ambiente escolar. A ação articulada é uma maneira de confrontar essa realidade e trazer soluções a esse grupo", disse.

    A pesquisa também indicou que 68% dos beneficiários atualmente vão à escola; 18% já foram, mas hoje estão fora da sala de aula, enquanto 14% nunca frequentaram o ambiente escolar. O programa BPC foi estendido à assistência escolar a fim de oferecer subsídios aos portadores de deficiência no acesso à educação.

    Outro dado importante da pesquisa destaca a dependência das pessoas com deficiência para ir à escola. De acordo com o levantamento, 80% dos beneficiários que frequentaram a escola precisavam de alguém que os levassem, e dos que estão matriculados, 73,6% necessitam de um acompanhante.

    Atualmente cerca de 2,6 mil municípios brasileiros, equivalente a 47% do total, têm o programa BPC. De acordo com a diretora, a ideia é capacitar mais técnicos para que o acesso à iniciativa abranja todos os municípios.

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      Agência Brasil

      sábado, 18 de setembro de 2010

      Caligrafia não é uma herança dos pais


      Ela pode ser alterada se a pessoa sofre uma experiência traumática



      A letra também pode ser alterada se a pessoas forem incentivadas a fazer caligrafia
      A letra também pode ser alterada se a pessoas forem incentivadas a fazer caligrafia
      Escrever com letra de mão, ou cursiva, não importa, mas a caligrafia revela muito a personalidade de cada um. Quem toma cuidado com a maneira de escrever, por exemplo, se vai ficar legível e bonita é tipicamente uma pessoa organizada. Mas se a letra é muito parecida com a dos pais, se engana quem pensa que pode ser uma herança genética.
      Quando a letra é igual aos ascendentes isso quer dizer que a criança a desenvolveu por meio de uma mistura de dons naturais e aprendizado. Isso porque vários fatos determinam o estilo e a caligrafia. “Semelhanças na escrita entre membros de uma família apenas existem quando um imita a letra de outro”, explica Richard Fraser, analista de escrita.
      “Caligrafia é moldada por experiências pessoais, o caráter de cada um e como cada pessoa foi ensinada a escrever”, explica Fraser. Só que existem pontos que determinam as mudanças das letras com o passar dos anos.
      Segundo ele, experiências traumáticas vivenciada são uma delas. O que também pode mudar a maneira de se escrever é a anatomia, já que aprendemos a técnica de segurar o lápis na escola, e quando estamos na faculdade a estrutura dos ossos das mãos não são mais os mesmos. “Coordenação entre olhos e mão, memória muscular e habilidade mental influenciam a escrita também. Quando essas características físicas e mentais mudam, a letra pode mudar junto”, completa Fraser.
      Thais Elena Carvalho, tutora do Portal Educação, explica que a escrita de uma pessoa reflete sua personalidade e traz consigo características próprias e únicas. “Mas vale o lembrete de que a caligrafia pode ser melhorada, principalmente para as crianças que têm preguiça de escrever”. 

      quarta-feira, 15 de setembro de 2010

      Novas tecnologias já podem ser usadas nas salas de aula

      Quarta-feira, 15 de setembro de 2010 - 16:00

      Diretores de escolas, coordenadores pedagógicos e professores da educação infantil já podem usar em sala de aula oito novas tecnologias educacionais pré-qualificadas pelo Ministério da Educação. As ferramentas são específicas para a educação infantil e, a partir desta quarta-feira, 15, integram o Guia de Tecnologias Educacionais.
      A chamada pública do MEC recebeu inscrições de 26 objetos educacionais produzidos por empresas, editoras, organizações sociais e institutos. De acordo com o coordenador-geral de tecnologias da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Raymundo Ferreira Filho, as tecnologias são instrumentos de apoio colocados à disposição dos gestores públicos e dos educadores. Raymundo salienta que a aplicação auxilia os professores na diversificação e no desenvolvimento das aulas, na motivação dos estudantes e na qualificação do ensino.
      Três entidades com tecnologias educacionais pré-qualificadas na área de correção de fluxo escolar foram contratadas pelo MEC, este ano, para atender 833,3 mil estudantes do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental. Os alunos, de escolas de 1.174 municípios com baixos índices de desenvolvimento da educação básica (Ideb), estão em séries incompatíveis com a idade cronológica. Segundo Raymundo, a correção de fluxo nessas escolas começou em maio, com tecnologias desenvolvidas pelos institutos Ayrton Senna e Alfa e Beto e pelo Grupo de Estudos sobre Educação, Metodologia de Pesquisa e Ação (Geempa). O objetivo da ação é superar a defasagem escolar no período letivo de 2010. 
      O Guia de Tecnologias Educacionais relaciona os 141 objetos pré-qualificados até 2009 e traz um resumo de cada uma das propostas. Este ano, serão inseridas as cinco tecnologias pré-qualificadas para as escolas rurais e as oitoda educação infantil.
      Ionice Lorenzoni

      Portal do MEC

      terça-feira, 14 de setembro de 2010

      Assim não dá! Não exibir os desenhos das crianças na escola

      Ronaldo Nunes (ronaldo.nunes@abril.com.br). Com reportagem de Elisa Meirelles, Pablo Assolini e Rita Trevisandownload (1) images (6) images (7)

      Na tentativa de criar um ambiente familiar para a meninada, muitas escolas de Educação Infantil optam por enfeitar as paredes com personagens de desenho animado e cenas de contos de fadas. A iniciativa, por mais bem intencionada que seja, não dá às crianças a chance de interagir com o espaço e pode acabar reforçando estereótipos. A escola que faz uma decoração com imagens desse tipo acaba mostrando aos pequenos que não quer que eles marquem o ambiente em que trabalha com produções próprias.
      Além disso, os personagens escolhidos nem sempre são familiares a todos. Muitos desenhos representam mais a visão que o adulto tem dos interesses infantis do que o universo em que a meninada vive.
      Em vez de pendurar em murais e varais exclusivamente as produções dos adultos, é mais interessante usá-los como espaço de reversibilidade, capaz de abrigar diferentes produções dos pequenos ao longo do ano, de acordo com o plano de trabalho desenvolvido pelo professor.
      Com isso, eles se veem naquele espaço, se identificam com o ambiente e podem perceber e comentar as semelhanças e diferenças entre seus trabalhos e os dos colegas.
      Ao participar do local em que passam boa parte do dia, os alunos entendem que a escola se interessa pelo aprendizado e valoriza o esforço de cada um. É uma ótima maneira de dar aos pequenos um ambiente familiar, em que se sintam, de fato, acolhidos e prestigiados.

      * Publicado em Nova Escola

      http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/educacao-infantil-no-brasil/nao-exibir-desenhos-criancas-escola-educacao-infantil-decoracao-sala-aula-511222.shtml

      *Imagens colhidas em Google Imagens e postadas no blog.

      E você, o que acha disso? Como acontece e sua sala de aula? Deixe aqui o seu comentário!

      domingo, 12 de setembro de 2010

      Nova enquete no ar

      Enquete sobre a utilização de laboratórios de informática em escolas
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      Está no ar mais uma enquete.Desta vez, estamos querendo saber sobre o uso das salas de informática instaladas nas escolas.Sabemos que existem muitas situações que prejudicam o uso dos laboratórios (ou salas) de informática tais como: falta de profissionais para a manutenção contínuas das máquinas; falta de atualização dos sistemas operacionais; o número de máquinas incompatível com o número de usuários; falta de acesso à internet; falta de preparo dos docentes para o uso pedagógico dos laboratórios;falta de um profissional disponível para a orientação dos alunos para a pesquisa.Colaborem nesta pesquisa marcando as opções que mais se encaixem na realidade de sua escola.Disponibilizamos a oportunidade de marcação de mais de uma opção para termos uma visão mais próxima da realidade.Então... o que estão esperando?Contem como está a sua escola!

      sábado, 11 de setembro de 2010

      Falta de divulgação é obstáculo na inclusão de estudantes com deficiência nos esportes

       

      Ana Okada

      Em São Paulo

      • Fernando Pilatos/UOL

        Matheus Rheine Corrêa de Souza, 17, e sua mãe, Roseli Maria Corrêa, 48, nas Paraolimpíadas Escolares

      A falta de divulgação dos esportes paraolímpicos ainda é um dos principais obstáculos que os estudantes com deficiência enfrentam para a prática esportiva. Segundo Andrew Parsons, presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro, não há tanta divulgação desses esportes nas escolas: "É uma coisa que tentamos no passado, mas temos dificuldade para fazer devido à grande quantidade de instituições", diz.

      Outra dificuldade é a falta de capacitação dos professores de educação física da rede pública. "O que acontece muito é que esse aluno acaba fazendo trabalho teórico ou fica sentado, sem fazer nada. Isso faz com que ele se distancie do esporte", diz. Parsons salienta, no entanto, que a grande maioria das cidades do país já têm entidades que oferecem esportes para esse público. Um modo de encontrar os locais que têm esportes paraolímpicos é o site do comitê.

      Segundo o presidente, a transmissão televisiva dos "Jogos Olímpicos" de Atenas, em 2004, foram importantes para a difusão desses esportes. Ele conta que, antes, as pessoas não sabiam que tratava-se de uma competição com atletas de alto rendimento, assim como as olimpíadas. "Essa questão do ídolo é muito importante: as pessoas se espelham no Zico, no Pelé; é importante as crianças terem um ídolo que nem elas. Quando você investe na categoria escolar, você garante a continuidade do esporte."

      Desenvolvimento

      Marcos Vieira da Silva Santos, 19, é deficiente e, quando pequeno, precisaria tomar hormônios: após começar a praticar natação, aos oito anos, ele não precisou mais. Segundo sua mãe, Maria do Carmo Vieira, 51, o esporte, além de desenvolver fisicamente o filho, deu-lhe calma e facilitou sua alfabetização.

      Apesar de ele ter feito esportes sempre em associações gratuitas, a mãe conta que não foi fácil conseguir uma vaga para Santos. "Você só conseguia se conhecesse alguém de lá. Acho que hoje as coisas estão mais fáceis, mas sempre tem lista de espera", diz.

      Olimpíadas

      Matheus Rheine Corrêa de Souza, 17, nada desde os três anos, incentivado pelo pai. Ele, que está na seleção Brasileira permanente jovem, é cego de nascença e, nas Olimpíadas Escolares, conquistou cinco medalhas de ouro. "A expectativa dos treinadores é que eu vá para as Olimpíadas de 2016, mas meu sonho mesmo é ir já para 2012, nem que eu só consiga só um bronze", diz. O atleta se divide entre os treinos de natação, a musculação e o terceiro ano do ensino médio.

      A mãe de Souza, Roseli Maria Corrêa, 48, também acha que falta divulgação e incentivo para os deficientes praticarem esportes: "A vida de um deficiente que começa no esporte é um antes e um depois. Eles se animam mais, ficam mais independentes. Devia ter gente buscando mais isso, é fantástico", diz.

      terça-feira, 7 de setembro de 2010

      Educação Física escolar nas décadas de 1980 e 1990

      Esta leitura me parece interessante, principalmente aos professores recém formados.Para os professores que se formaram nesta época vale a reflexão pelas leituras atuais que temos da Educação Física.No link encontra-se o resumo do trabalho que também está disponível para download completo.Confiram!



      Educação Física escolar nas décadas de 1980 e 1990

      sexta-feira, 3 de setembro de 2010

      Autismo pode retardar habilidade do cérebro de integrar informações - Scientific American Brasil

      Autismo pode retardar habilidade do cérebro de integrar informações
      Estudo descobre que crianças autistas eram mais lentas para integrar estímulos de sentidos diferentes, o que pode explicar diferenças comportamentais
      por Katherine Harmon


      Crianças com autismo frequentemente se concentram completamente em uma única atividade ou elemento de seu ambiente. Nova pesquisa pode ajudar a explicar esse traço comportamental, fornecendo evidências de que o cérebro de jovens com autismo é mais lento para integrar as informações vindas de mais de um sentido ao mesmo tempo.

      Durante o estudo da desordem, décadas atrás, pesquisas sobre essas tendências básicas eram comuns. Porém, nos anos seguintes a tendência científica foi se concentrar mais em assuntos complexos, desde problemas de comunicação até padrões genéticos subjacentes.

      Recentemente, no entanto, mais estudos voltaram a olhar para alguns processos simples que a maioria das pessoas acha natural – a recepção sensorial, por exemplo – para melhor entender manifestações de níveis mais altos, como problemas de interação social.

      Veja a reportagem na íntegra em:

      Autismo pode retardar habilidade do cérebro de integrar informações - Scientific American Brasil

      Crianças obesas tem elevado risco de desenvolver hipertensão

      De acordo com pesquisa publicada no periódico Ciência & Saúde Coletiva, a hipertensão pode ocorrer em adolescentes obesos com freqüências que vão de 15,8% para os rapazes a 26,4% para as meninas, com destaque para os indivíduos de 13 e 14 anos de idade. O trabalho é da autoria de Joel Saraiva Ferreira, do Instituto de Ensino Superior da Funlec, e Ricardo Dutra Aydos, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, e foi disponibilizado na edição de janeiro de 2010 do periódico.
      Segundo os autores, para colheita de dados, foi realizado estudo com "129 crianças e adolescentes obesos com idade de 7 a 14 anos de ambos os gêneros, no período de agosto de 2005 a julho de 2006". Os indivíduos estudados foram "pacientes que procuraram atendimento junto ao Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), localizado na cidade de Campo Grande (MS), onde é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) um programa de tratamento de obesidade infanto-juvenil, o qual atende exclusivamente crianças e adolescentes com diagnóstico clínico de obesidade e que tenham recebido encaminhamento médico para o atendimento especializado".
      Nos resultados do levantamento, os pesquisadores revelam que há um maior número de indivíduos do sexo feminino atingidos pela hipertensão. " Houve prevalência de hipertensão arterial em ambos os gêneros (masculino = 15,8% e feminino = 26,4%)", dizem. Além disso, a "doença também se manifestou com destaque para os indivíduos de 13 e 14 anos (52,4%), os quais diferiram estatisticamente dos demais grupos etários", concluem eles.
      Segundo Joel e Ricardo, "é necessário que estratégias de diagnóstico e tratamento das doenças cardiovasculares e, particularmente, da hipertensão arterial, também sejam direcionadas para a população infanto-juvenil. Para isso, o próprio diagnóstico de casos de obesidade em crianças e adolescentes já poderá apontar um grupo de indivíduos potencialmente aptos a serem acompanhados, visando à diminuição do índice de massa corporal e do percentual de gordura corporal".
      Fonte: Saúde em Movimento/ Notisa

      Publicado em: 29/08/2010

      quinta-feira, 2 de setembro de 2010

      Projeto da Câmara prevê política contra bullying em escolas infantis

       

      Da Agência Câmara

      Em Brasília

      Tramita na Câmara o Projeto de Lei 7457/10, da deputada Sueli Vidigal (PDT-ES), que prevê a adoção de política antibullying por escolas de educação infantil, públicas ou privadas. O bullying é o ato de violência praticado com o objetivo de constranger ou humilhar a vítima.

      A política antibullying terá, de acordo com a proposta, objetivos como disseminar conhecimento sobre essa prática nos meios de comunicação e nas instituições de ensino e capacitar professores e equipes pedagógicas para o diagnóstico do problema.

      O texto prevê também a orientação de vítimas e familiares com apoio técnico e psicológico para garantir a recuperação da autoestima de quem sofreu a violência.

      Evitar punição

      Pela política traçada no projeto, deve-se evitar a punição dos agressores, em favor de mecanismos alternativos que permitam a eles aprender a ter um convívio respeitoso com outros estudantes.

      De acordo com a deputada, a proposta quer atuar no "combate e erradicação desse mal, que aflige epidemicamente as comunidades e conscientizar a sociedade desse grave e atual problema".

      Sueli Vidigal destaca que muitas crianças, vítimas desse mal, desenvolvem medo, pânico, depressão, distúrbios psicossomáticos e geralmente evitam retornar à escola.

      O texto obriga as instituições de ensino infantil a manter histórico das ocorrências de bullying em suas dependências. Todos os casos e as medidas tomadas deverão ser enviados periodicamente à respectiva secretaria estadual de Educação.

      Tramitação

      O projeto terá análise conclusiva, rito de tramitação pelo qual o projeto não precisa ser votado pelo plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. O projeto perderá esse caráter em duas situações: - se houver parecer divergente entre as comissões (rejeição por uma, aprovação por outra); - se, depois de aprovado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total). Nos dois casos, o projeto precisará ser votado pelo Plenário. das comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; Educação e Cultura; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

      quarta-feira, 1 de setembro de 2010

      Conheça os sete principais benefícios da atividade física regular

       

      Exercícios podem melhorar sua saúde, humor e até mesmo a vida sexual

      Você já sabe que o exercício é bom para você. Mas sabe o quanto a atividade física é boa, sendo capaz de impulsionar o seu humor e até melhorar sua vida sexual? Para se sentir melhor, ter mais energia e talvez viver mais tempo e com mais qualidade, confira as 7 maneiras específicas de como os exercícios podem melhorar sua vida:
      Exercício melhora seu humor
      Depois de um dia estressante. Um treinopersonalizado, na academia ou uma caminhada rápida de 30 minutos pode ajudá-lo a se acalmar. A atividade física estimula várias reações químicas no cérebro que podem deixar você mais feliz e mais relaxado do que você estava antes, podendo até mesmo ajudar a prevenir a depressão. Fazendo com que se sinta melhor, aumentando sua confiança e auto-estima.  

      Exercício combate doenças crônicas
      Preocupado com doenças cardíacas ou tentando prevenir a osteoporose? A atividade física regular pode ajudar a prevenir ou gerenciar a pressão arterial elevada. Através dela, seu colesterol também vai ser beneficiado, pois aumenta a lipoproteína de alta densidade (HDL), ou bom colesterol, enquanto diminui os níveis de triglicérides e o colesterol ruim (LDL). Este golpe duplo deixa seu sangue fluir sem problemas, reduzindo o acúmulo de placas nas artérias, além de ajudar a prevenir diabetes tipo 2 , osteoporose e alguns tipos de câncer.
      Exercício ajuda a controlar seu peso
      Quando você faz atividade física, você queima calorias. Quanto mais intensa a atividade, mais calorias você queima e é mais fácil manter o peso sob controle. Alguns exemplos são fáceis de seguir: vá pelas escadas ao invés do elevador, leve seu cachorro para passear, caminhe durante a pausa de seu almoço, levante-se no intervalo da TV, ou melhor, movimente-se o máximo que puder, pois ao longo do dia, você verá que gastou mais calorias do que imagina. 

      Exercício aumenta o seu nível de energia
      A atividade física fornece oxigênio e nutrientes aos tecidos, ajudando todo o sistema cardiovascular, tornando mais eficiente a circulação do sangue pelo coração e através dos vasos sanguíneos. Quando o seu coração e pulmões trabalham mais, você tem muito mais energia para fazer as coisas que mais gosta.
      Exercício promove um sono melhor
      Você tem dificuldade para adormecer? Com o aumento de suas atividades físicas durante o dia isso poderá ser resolvido. Às vezes o exercício físico é a chave para a solução de uma noite bem dormida. Quando isso acontece, melhoramos a concentração, a produtividade e o humor. No entanto, se você se exercitar muito perto da hora de dormir, poderá ficar muito energizado para adormecer, portanto a melhor solução seria treinar mais cedo. 

      Exercício pode melhorar e estimular seu desempenho sexual
      A atividade física pode deixá-lo com maior disposição, energia e consequentemente proporcionar um efeito mais positivo na sua vida sexual. No caso dos homens, por exemplo, aqueles que se exercitam regularmente têm menos probabilidade de ter problemas com a disfunção erétil do que os que não o fazem, especialmente à medida que envelhecem.
      Exercício pode ser uma diversão

      O que fazer num sábado à tarde? Procure uma atividade para a família inteira. A atividade física não precisa ser penosa. Faça aulas de dança, caminhada em família, brinque em uma parede de escalada, empurre seus filhos no balanço ou vá a um parque respirar ar puro. Jogue bola, vôlei, queimada com eles. Encontre uma atividade física de que você goste e se cansar faça outra, experimente algo novo.
      O que importa é que você se mexa e gaste mais calorias do que você costuma ingerir com sua alimentação. E agora, se estiver convencido de que a atividade física regular é boa, comece hoje mesmo a ter mais saúde e disposição.