terça-feira, 18 de maio de 2010

Só 17,5% das escolas têm acesso adequado para deficientes

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O índice de acessibilidade na rede pública é de 14,6%, e na particular é de 29,7%
O índice de acessibilidade na rede pública é de 14,6%, e na particular é de 29,7%

De acordo com o Ministério da Educação, apenas 17,5% das escolas brasileiras têm acesso adequado para deficientes. São banheiros adequados e dependências com corredor e auditórios acomodados a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Desde 2007 todas as escolas brasileiras deveriam ter esse acesso a portadores de necessidade especial.

Segundo censo escolar de 2009, o índice de acessibilidade na rede pública é de 14,6%, e na particular é de 29,7%. No Estado de São Paulo, os números se revertem: a proporção de escolas acessíveis é maior na rede pública (21%) do que na privada (16%).

Na explicação da professora da Faculdade de Educação da USP, Shirley Silva, o baixo índice de acessibilidade nas escolas está ligado ao fato de ser recente o crescimento das matrículas de pessoas com deficiência. Como exemplo o ensino fundamental, em que mais do que dobrou em dez anos.

Denise Crispim, mãe de uma cadeirante de quatro anos, teve que procurar mais de 12 colégios particulares para conseguir matricular a filha. Em todos, diretores alegaram que o espaço não era adequado para a garota.

"Percebi que eles usavam a questão arquitetônica como desculpa para justificar que, na verdade, não sabiam lidar com a deficiência", diz. "Como mãe, eu lamento ter que escolher uma escola pela estrutura arquitetônica ou só pela boa vontade de funcionários. Eu não tenho o direito de escolher uma escola com a linha pedagógica que me parece mais adequada, ou que ofereça um trabalho diferenciado?", questiona.

A tutora do Portal Educação, Emileide da Costa, acredita no bom-senso das escolas em fornecer tratamento sem distinção a todas as pessoas com deficiência. “Após esse levantamento, acreditamos que os diretores devam se adequar ao decreto”, enfatiza a tutora.

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