domingo, 20 de março de 2011

Um laptop para cada aluno:inciativa do Governo Federal comentada por professora da UFRJ

Em entrevista ao Canal Futura, Cristina Haguenauer, Professora da Escola de Comunicação da UFRJ e Coordenadora do LATEC(Laboratório de Pesquisa em Tecnologias da Informação e Comunicação da UFRJ), comenta a iniciativa do Governo em oferecer um laptop para cada aluno.

terça-feira, 15 de março de 2011

OPINIÃO: EDUCAÇÃO, CIDADANIA E CONSUMO

''As crianças saem da escola sabendo resolver equações álgebras, porém, não sabem comparar e entender taxas de juros de interesse das empresas'', afirma Maria de Lourdes Coelho

* Maria de Lourdes Coelho
A ideia de desenvolver um Projeto de Educação Consumerista tem origem no surgimento do “analfabetismo do consumidor”, que mostra a falha de muitos sistemas de Educação na preparação dos estudantes para o mundo real.
As crianças saem da Escola com habilidade para escrever um ensaio sobre Napoleão, mas não sabem escrever uma simples carta a um fabricante de bicicletas que apresentam defeitos; sabem resolver equações álgebras, porém, não comparam e entendem taxas de juros de interesse das empresas.
Esta Educação inapropriada causa danos entre as pessoas nos países em desenvolvimento. A grande maioria ignora o que são direitos e responsabilidades, também desconhecem como se exerce o controle social e sua inserção no sistema. Esta Educação desligada da realidade do cidadão dá vazão ao analfabetismo do consumidor, representando uma transgressão da dignidade humana e a destruição dos direitos sociais e econômicos.
Reconhecendo esta Educação errônea, organizações mundiais de consumidores promovem aEducação consumerista como uma resposta essencial às necessidades reais dos consumidores numa sociedade global tecnicamente avançada.
Mas não só as entidades de defesa do consumidor devem desenvolver e estimular Programas de Educação para o Consumo.
Os governos que se consideram democráticos têm o dever legal e ético de oportunizar um projeto educativo que possa encorajar as pessoas a agirem como consumidores capazes de fazerem escolhas adequadas, conscientes de seus direitos e responsabilidades.
Observando-se que em tais projetos deve ser dada uma especial atenção às reais carências de consumidores nas áreas urbanas e rurais, incluindo consumidores de baixa renda e aqueles de níveis baixos ou inexistentes. Projetos específicos de área rural devem ser capazes de mobilizar o consumidor no sentido de fazê-lo pensar a questão do meio ambiente, turismo rural agregado e outros.
Da mesma forma, observamos que a preservação ambiental é responsabilidade também urbana. Não se trata simplesmente de criar uma nova disciplina, mas fazer com que temas como escolhas do consumidor, propaganda, dinheiro, poder de compra, saúde e hábitos de consumo sejam inseridos nas disciplinas já existentes.
Estaremos assim indo ao encontro de Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN-MEC), oportunizando ao  aluno /consumidor compreender a cidadania como participação social e política e perceber-se integrante e agente transformador da realidade social de nosso país.
Somente dessa forma poderemos realmente celebrar o Dia Mundial do Consumidor. Entretanto, é necessário um novo olhar para as relações de consumo, ou seja, o cumprimento de nossos deveres e direitos, principalmente o Direito de Educação e de Informação.
Sabemos que o consumidor que não tem acesso ao conhecimento está realmente excluído do processo social. Citando Gabriel Marcel, “vivemos num mundo que parece construído sobre a recusa de pensar, do refletir”.
O homem esqueceu do seu ser para se concentrar no ter. Nessa relação com o mundo, o homem passa a consumir e a ser um objeto do consumo, e não um sujeito de ação. Sentimos, então, cada vez mais a necessidade de uma Educação para a relação de consumo.
Com certeza, a vida Escolar se enriquece com a introdução de conteúdos contemporâneos. O aluno passa a se interessar pelo assunto; o professor se renova.
Contudo, não se trata de criar nova disciplina, mas de buscar recursos (fundamentação teórica e experiências concretas) no cotidiano para que o professor possa construir com seus alunos critérios para formar um cidadão mais crítico, mais atuante, que lute por seus direitos e tenha consciência de seus deveres, buscando assim encontrar respostas para sua própria satisfação.
*Diretora do Centro de Educação do Consumidor

Fonte: Zero Hora (RS)

sexta-feira, 11 de março de 2011

MEC amplia benefícios para estimular professor de escola pública a fazer curso superior


 

 

Cerca de 381 mil professores da educação básica – 16% dos que atuam em sala de aula – estão matriculados em cursos superiores, seja para conseguir o primeiro diploma ou complementar a formação. O Ministério da Educação (MEC) quer incrementar esse número e decidiu ampliar benefícios do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para profissionais que já atuam na rede pública.

Desde o ano passado, o programa permite a estudantes de cursos de licenciatura pagar o financiamento atuando em escolas da rede pública após a formatura. Cada mês trabalhado em regime de 20 horas semanais abate 1% da dívida – o que permite quitar o valor em oito anos e quatro meses sem custo financeiro.

A partir de uma portaria publicada no Diário Oficial da União, a medida será estendida a professores que já atuam na rede pública e querem cursar alguma licenciatura. Para aqueles que já estão na carreira, o tempo em que estiver fazendo o novo curso e trabalhando em escola pública passa a contar para o abatimento da dívida.

Levantamento feito pelo MEC em 2009 identificou que 600 mil professores que atuavam na educação básica não tinham a formação mínima adequada – ou não tinham diploma em nível superior ou eram formados em outra áreas que não as licenciaturas.

O cruzamento feito entre os dados dos censos da Educação Básica e Superior, que identificou 381 mil professores em busca do diploma, mostra que a maioria – 192 mil – está matriculada em cursos de pedagogia. Em seguida aparecem as licenciaturas em letras (44 mil), matemática (19 mil), história (14 mil), biologia (14 mil) e geografia (10 mil). Do total, 67% estão em instituições privadas.

De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, não é possível indicar se esses profissionais estão em busca de uma primeira ou de uma nova graduação. O MEC pretende depurar os dados para conhecer melhor esse público. “Mas os números nos surpreenderam positivamente. Nos dois casos [de o professor ter ou não nível superior], a busca pela formação é positiva”, disse.

Há ainda docentes matriculados em cursos que não são diretamente relacionados à prática pedagógica como direito (8 mil), administração (5 mil) e engenharia (3 mil).

Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 8 de março de 2011

INTERNET Como combater o vício na rede?

Educar

21/02/2011 12:13
Texto
Ligia Menezes

Foto: Claudia Marianno

Cada vez mais jovens se interessam pelo mundo virtual, deixando o real de escanteio. Internet em excesso, assim como álcool e drogas, pode viciar, causa abstinência, mas tem tratamento.

Seu filho chega da escola ao meio dia. A primeira coisa que faz é entrar no msn. Em seguida, almoça e se conecta a alguma rede social, que ele adora: manda recados para os amigos e joga os games oferecidos, até às três. Como se não bastasse todo o tempo que já passou online, decide pesquisar na rede o tema do trabalho que terá em classe na semana que vem (ou pelo menos é o que ele diz para você que fará). Às cinco, já com a vista cansada, ele liga o videogame na internet e joga com os amigos, conversando com eles por meio de um fone de ouvido - ele fala, inclusive, com gente que não conhece pessoalmente. Às oito vai jantar, faz rapidamente o dever de casa e volta para o msn, até a hora de dormir, depois de muita insistência sua...
Se a cena acima é comum em sua vida, você precisa entender mais sobre vício na rede, problema que tem se tornado mais comum do que imaginamos. "Estimamos que 10% dos usuários da internet já tenham se tornado dependentes", analisa o psicólogo Cristiano Nabuco de Abreu, coordenador do programa de Dependentes em Internet (www.dependenciadeinternet.com.br) do Hospital das Clínicas, em São Paulo. "Desses, 3% são jovens de até 16 anos", completa o psiquiatra infantil Fábio Barbirato, do Rio de Janeiro.
Afinal, qual é a linha entre o normal e o patológico quando o assunto é internet? Quais são os sintomas apresentados por essas crianças e adolescentes? Como tratar? Confira a seguir as dicas dos especialistas:
16 sintomas do vício:

1. Tem mais de cinco amigos virtuais, que não conhece pessoalmente;
2. Antes, vários amigos ligavam na sua casa para falar com ele, agora, isso é bem raro;
3. Fica irritado quando está há mais de uma hora sem internet;
4. Evita sair de casa quando é para ir a lugares sem computador;
5. Só fala dos jogos onlines, redes sociais e pessoas “virtuais”;
6. Mente a respeito do tempo que costuma passar conectado;
7. Vai mal na escola - as notas baixas começaram desde que ele passou a usar mais a internet;
8. Desobedece quando você o manda sair do computador - geralmente você precisa falar mais de 3 vezes e cada dia é preciso insistir mais;
9. Não tem motivação para fazer nada;
10. Está com a autoestima bem baixa;
11. Se tornou uma criança caseira e solitária;
12. Nega fazer as coisas que antes lhe davam muito prazer;
13. Se sente triste, ansioso ou deprimido na maior parte do tempo;
14. Adora frequentar lan houses e a conta fica bem cara! (Aliás, esse é o principal programa que ele faz);
15. Ele já chegou a passar mais de 10 horas online em um único dia.
16. Você já sentiu falta de alguns trocados quando seu filho vai para a lan house;

Fonte:http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/filho-viciado-em-internet-619457.shtml